A série “Ciências e Artes” nasceu de um projeto da Editora Kapulana para divulgar a produção científica e artística das várias áreas do conhecimento. O intuito é publicar obras que representem o resultado de pesquisas, brasileiras ou estrangeiras, realizadas ou em processo, que possam ser de interesse do leitor da comunidade acadêmica.
Nesta série são publicadas obras de autores que se dedicam a estudar as relações entre literatura e sociedade; literatura moçambicana e outras literaturas; expressão literária na época colonial africana, e outros temas que de máxima relevância para o pesquisador da cultura da África, particularmente as literaturas africanas de língua portuguesa.
Império, mito e miopia: Moçambique como invenção literária
de Francisco Noa
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO |
1. Problemática |
2. Motivações |
a) de ordem histórico-literária |
b) de ordem ético-pedagógica |
I. LITERATURA COLONIAL: ENQUADRAMENTO TEÓRICO E PERIODOLÓGICO |
1. O conceito: uma dimensão problematológica |
2. O contexto: a alavanca histórica |
3. O corpus: um roteiro reconfigurativo |
3.1. A fase exótica |
3.2. A fase doutrinária |
3.3. A fase cosmopolita |
4. Epos e a totalidade: o apelo do romance |
5. A arquitetura do romance colonial |
II. LITERATURA E REPRESENTAÇÃO: FUNDAMENTOS E APORIAS |
1. Da irrepresentabilidade ou a resistência à representação |
2. O efeito do verossímil |
3. O múltiplo e o diverso |
III. A REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO |
1. Limites conceituais do espaço |
2. O espaço como lugar |
2.1 O espaço como lugar performativo |
2.2 O espaço como lugar geográfico |
2.3 De lugar idealizado a lugar real de chegada |
3. O espaço como efeito da experiência sensorial |
4. O espaço como lugar socioeconômico |
5. O espaço como lugar sociocultural |
5.1 O campo: entre o realismo e a mística ruralista |
5.2 A cidade colonial: labirinto de máscaras |
5.3 O subúrbio: a encruzilhada de imaginários |
6. O espaço-nação |
7. O lugar por vir: a dimensão utópica |
IV A REPRESENTAÇÃO DO TEMPO |
1. A articulação fabula/enredo e a temporalidade |
2. Tempo e exotismo |
3. Tempo e doutrina |
4. O tempo cosmopolita |
5. Para um modelo estrutural do romance colonial |
Quadro I: Modelo estrutural do romance colonial |
V. AS FIGURAS, OS PAPÉIS E AS VOZES |
1. A figuração dos seres e os papéis |
1.1 O preconceito: contornos e (in)fundamentos |
1.2 O ser do estereótipo: o negro, o mulato e o indiano |
1.3 As figuras femininas: os itinerários do desejo |
1.4 As imagens do colono: o convencional e o transgressivo |
2. As vozes |
VI. A LEGITIMAÇÃO: ESTRATÉGIAS E PERSPECTIVAS |
1. O romance colonial e as estratégias de (des)(re)legitimação |
2. Autolegitimação: texto e paratexto |
2.1 Os títulos e os subtítulos |
2.2 Os prefácios, os glossários e as ilustrações |
3. A legitimação exógena: estratégias meta-extra-textuais |
3.1 A crítica: dos limites da criação à crise do comentário |
3.2 Os concursos e os prêmios: a legitimação político-institucional |
Quadro II – Concursos e premiados da literatura colonial |
CONCLUSÃO |
BIBLIOGRAFIA |