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LANÇAMENTO! 16 de outubro! Roteiros Provinciais, de João Paulo Borges Coelho

A Kapulana lança no Brasil, em 16 de outubro de 2024, ROTEIROS PROVINCIAIS, novelas do moçambicano JOÃO PAULO BORGES COELHO. 

Roteiros provinciais, do moçambicano João Paulo Borges Coelho, é um conjunto de quatro novelas independentes localizadas na imensa periferia dos centros urbanos ou na zona rural mais profunda de Moçambique. São histórias que nos levam a conhecer espaços e personagens do período que vai desde a luta de libertação de Moçambique até o período pós-independência do país — que ocorreu em 1975. Une estas novelas a reflexão sobre o tempo e o espaço, sobre a relação entre o que aconteceu e o que é ficção.  Questões que provocam nossa reflexão surgem nas novelas como: O que é memória e o que é história?  O que é história e o que é criação? Quando sonho e realidade se encontram?  O que é real e o que é imaginário?

A edição brasileira tem capa de Mariana Fujisawa e projeto gráfico de Daniela Miwa Taira.  A obra é ilustrada com figuras, fotos, notas e mapas gentilmente cedidos pelo autor. Formatos: brochura e e-book.

Roteiros provinciais é uma obra de ficção composta por 4 novelas:

“9 Alexander Road”:  Sobre um moçambicano que trabalhou no Zimbábue (antiga Rodésia) antes da Independência de Moçambique, e agora volta ao seu antigo local de trabalho, na “9 Alexander Road, a fim de reconhecer lugares e pessoas.

“Figuras de papel”: Após fazer um mapa de aldeias extintas de Moçambique, o narrador parte em busca de dados reais para entender a história daqueles lugares e das pessoas que lá viveram antes da independência do país. Surpreende-se com o que encontra e passa a questionar o que é registro e o que é memória de fatos históricos.

“Cenas da vida na aldeia”: Um relato das atividades de uma brigada de reconstrução de aldeias na província do Niassa, norte de Moçambique, após a independência do país. Situações do dia a dia, como a construção de um forno para a fabricação de tijolos, questões sobre a organização de atividades culturais e administrativas, solução de conflitos e desastres e decisões políticas compõem um quadro dinâmico da época pós-independência em Moçambique.

“Viagem nas estrelas”: É parte da história de vida de Russel Parker, americano da Califórnia, que trabalhou em Moçambique como cinegrafista e pesquisador universitário em Maputo. Acompanhamos a trajetória de Parker a partir de um acidente de motocicleta que provoca uma série de episódios inusitados na vida do protagonista no período pós-independência do país.

TRECHOS:

“Nehanda era a voz dos limoeiros da terra, aqueles que levavam em ombros as laranjas de Mazoe, e a última mensagem que deixou dizia que os seus ossos voltariam a levantar-se do chão para prosseguir a luta. E era ao som dos insultos gritados por ela que os estudantes negros do campus viam despontar a alvorada.”

“No fundo, era como se quisesse manter o meu mapa de aldeias imaginárias a salvo da interferência das aldeias reais, deixando que o destino concedesse a estas últimas uma segunda oportunidade.”

“O estremecer da folhagem tanto podia ser da passagem de um bando de mabecos listados como do respirar de um enorme elefante cinzento entre as árvores, interrompendo o mastigar das folhas para assistir, imóvel e de muito perto, à passagem da coluna.”

“Segundo uma curiosa visão das coisas, uma história é um conjunto de várias possibilidades e à medida que vamos escolhendo umas somos forçados a descartar aquelas que as contradizem.”

O autor: JOÃO PAULO BORGES COELHO

O escritor moçambicano JOÃO PAULO BORGES COELHO é historiador e professor titular de História Contemporânea na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, Moçambique. Publica obras de ficção desde 2003, muitas delas premiadas. Sua vasta obra inclui bandas desenhadas, romances, contos e novelas, publicados em Moçambique, Portugal, Itália, Colômbia e, mais recentemente, no Brasil pela Kapulana.

O livro ROTEIROS PROVINCIAIS: NOVELAS

Roteiros provinciais é o 5º livro de João Paulo Borges Coelho que a Kapulana publica no Brasil. A Kapulana já publicou: As visitas do Dr. Valdez, Crônica da Rua 513.2, Quatro histórias e Museu da Revolução.

LINKS de interesse:

Apresentação (pptx/pdf): 1-Kapulana_ROTEIROS-PROVINCIAIS-Apresentacao-ppt-do-livro-KPLN

Instagram (vídeo): https://www.instagram.com/reel/DBJ6jLmtWp7/?igsh=NzU3ODAxcHZzOHl3

Facebook (vídeo)https://www.facebook.com/share/r/13mWzoE9Ab/?mibextid=WC7FNe

Youtube (vídeo): https://www.youtube.com/channel/UCdg9-g5GiahREhT6Vf6of9g

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Sobre a Editora Kapulana

Editora voltada para a publicação e divulgação de autores brasileiros e estrangeiros com foco na literatura africana com seleção de títulos marginais, ou seja, de pouca visibilidade na mídia. O catálogo da editora Kapulana preza pela diversidade e apresenta obras voltadas para literatura infantil, jovens e adultos, assim como memórias, biografias e obras científicas. Com o compromisso de ampliar e apresentar diversas linguagens literárias ao público brasileiro, os escritores, ilustradores e colaboradores da Kapulana são de países como Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Nigéria, Quênia e Zimbábue.

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[Atualizada em 14 de outubro de 2024.]

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EDITORA KAPULANA FAZ PROMOÇÃO DE LIVROS DE LITERATURA INFANTIL

A Kapulana faz promoção de livros de literatura infantil.

De 08 a 12 de outubro de 2024, a Kapulana oferece – com 50% de desconto – obras de literatura infantil.

São obras belamente ilustradas , de escritores do Brasil, de Angola e de Moçambique.

Conheça os 21 livros que estão em promoção durante esta semana: https://www.kapulana.com.br/infantis/

Conheça também nossa “Sala dos Professores”: https://www.kapulana.com.br/promocoes-e-material-de-apoio/

Boas leituras!

*Essa oferta é válida apenas para o site de vendas da editora. Promoção não cumulativa com outras promoções. Vendas somente para o território nacional. Frete grátis em compras acima de R$150,00.*

[Em 08 de outubro de 2024.]

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EDITORA KAPULANA FAZ PROMOÇÃO DE LIVROS DE LITERATURA NIGERIANA

A Kapulana faz promoção-relâmpago de livros de literatura nigeriana.

De 16 a 22 de setembro de 2024, a Kapulana oferece – com 60% de desconto – 6 obras de literatura da Nigéria.

São obras de ficção de diversos gêneros e estilos, escritas por  Akwaeke Emezi, Lesley N. Arimah, Wole Soyinka e Oyinkan Braithwaite.

Veja a seguir os 6 livros que estão em promoção durante esta semana:

AKÉ, OS ANOS DE INFÂNCIA, de Wole Soyinka: https://www.kapulana.com.br/produto/ake-os-anos-de-infancia/

ÁGUA DOCE, de Akwaeke Emezi: https://www.kapulana.com.br/produto/agua-doce/

PET, de Akwaeke Emezi: https://www.kapulana.com.br/produto/pet/

MINHA IRMÃ, A SERIAL KILLER, de Oyinkan Braithwaite: https://www.kapulana.com.br/produto/minha-irma-a-serial-killer/

O BEBÊ É MEU, de Oyinkan Braithwaite:  https://www.kapulana.com.br/produto/o-bebe-e-meu/

O QUE ACONTECE QUANDO UM HOMEM CAI DO CÉU, de Lesley Nneka Arimah: https://www.kapulana.com.br/produto/o-que-acontece-quando-um-homem-cai-do-ceu/

Somente esta semana!

Consulte nosso catálogo e boas leituras!
https://www.kapulana.com.br/catalogo/

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[Em 15 de setembro de 2024.]

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EDITORA KAPULANA FAZ PROMOÇÃO DE LIVROS TEÓRICOS SOBRE ÁFRICA

A Kapulana, em homenagem à volta às aulas universitárias, faz promoção de seus livros teóricos sobre África. 

De 13 de agosto a 15 de setembro de 2024, a Kapulana oferece seus livros do segmento científicos/ teóricos com 60% de desconto

São obras de escritores de Angola, Brasil, Moçambique, Portugal e Zimbábue, da série “Ciências & Artes”,  sobre cinema, literatura, cultura e sociedade de países africanos. 

Essa oferta é válida apenas para o site de vendas da editora: https://www.kapulana.com.br/cientificos-e-periodicos/

Veja os 9 livros que estão em promoção! 

PRETA E MULHER: https://www.kapulana.com.br/produto/preta-e-mulher/

A MAGIA DAS LETRAS AFRICANAS: https://www.kapulana.com.br/produto/a-magia-das-letras-africanas-angola-e-mocambique-ensaios/

CINEGRAFIAS MOÇAMBICANAS: https://www.kapulana.com.br/produto/cinegrafias-mocambicanas-memorias-cronicas-ensaios/

CINEGRAFIAS ANGOLANAS: https://www.kapulana.com.br/produto/cinegrafias-angolanas-memorias-reflexoes/

IMPÉRIO, MITO E MIOPIA: https://www.kapulana.com.br/produto/imperio-mito-e-o-miopia-mocambique/

O CAMPO LITERÁRIO MOÇAMBICANO: https://www.kapulana.com.br/produto/o-campo-literario-mocambicano/

PENSANDO O CINEMA MOÇAMBICANO: https://www.kapulana.com.br/produto/pensando-o-cinema-mocambicano/

PERTO DO FRAGMENTO, A TOTALIDADE: https://www.kapulana.com.br/produto/perto-do-fragmento-a-totalidade/

 

UNS E OUTROS NA LITERATURA MOÇAMBICANA: https://www.kapulana.com.br/produto/uns-e-outros-na-literatura-mocambicana/

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[Em 13 de agosto de 2024.]

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LANÇAMENTO! 19 de junho! A vida verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira

A Kapulana lança no Brasil, em 19 de junho de 2024, A VIDA VERDADEIRA DE DOMINGOS XAVIER, do angolano JOSÉ LUANDINO VIEIRA. 

A vida verdadeira de Domingos Xavier é a história de Domingos, Maria e muitos outros angolanos que sofreram nas mãos do invasor e opressor colonialista português. Luandino Vieira nos mostra, com grande sensibilidade e habilidade, o absurdo do abuso, da agressão e da brutalidade do dominador sobre um povo invadido.

Domingos Xavier é sequestrado em sua própria casa, em sua própria terra, e torturado pelas forças portuguesas, mas não se rende. Enquanto isso, sua mulher Maria, com o filho pequeno Bastião, o procura incessantemente, acreditando na justiça humana.

A luta pela independência de Angola é o cenário da história de Domingos e Maria, representantes de um povo oprimido que deseja viver plenamente sua existência, como seres de uma nação livre cultural e politicamente, berço de sua história e identidade.

A vida verdadeira de Domingos Xavier deu origem ao filme Sambizanga, realizado pela cineasta francesa Sarah Moldoror, falecida em 13 de abril de 2020.

É o segundo livro de Luandino Vieira que a Kapulana publica no Brasil. O primeiro foi Nós, os do Makulusu.

A edição brasileira conta com capa e ilustrações de Mariana Fujisawa e projeto gráfico de Daniela Miwa Taira.

 

TRECHOS de A vida verdadeira de Domingos Xavier

O preso era alto e magro, muito magro mesmo. E embora a cara estivesse inchada, tornando-lhe quase irreconhecível, toda gente via era ainda novo. Ao descer da carroceria, caiu de frente no areal, e as mães chegando mais os filhos, murmuraram só:

— Aiuê!…

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A tarde caía quieta, o vento xuaxalhava nas folhas das mulembas e mandioqueiras. Meninos brincavam na terra vermelha suas brincadeiras, os mais-velhos olhavam só, mães e filhas lavando ou engomando, papás nas conversas, encostados nas paredes, filosofando da vida. E essa calma de fim de tarde de sábado entrou mesmo em Maria, que foi falando para miúdo Bastião, antes de avistar os miúdos brincando, na frente dos muros da prisão.

-.-.-.-.-

Deslizando como as águas do rio, estas imagens carregam os pensamentos de Domingos Xavier, nascendo no cacimbo do cérebro cansado, dorido de botas de cipaio, quando o luar estendeu em cima do corpo caído na cela o seu lençol macio. A luz branca entrava no postigo defendido pela rede de aço, e o tratorista, mal erguendo a cabeça, pôde ver o céu azul, sem nuvens, por detrás das pálpebras inchadas e cheias de areia. Era o céu azul e a lua da sua terra que olhavam…

-.-.-.-.-

Maria ouvia com atenção as palavras do cipaio enquanto tentava adormecer miúdo Bastião no colo. Os olhos abertos, quietos, fixavam longe as mangueiras da estação. O que o cipaio estava contar já não doía, já não sentia, na sua cabeça só as palavras do seu homem saltavam, repetidas como eco, ampliadas no coração: “não digo, não digo”.

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SOBRE A OBRA:

PEPETELA (Angola)

 “A vida verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira, é o primeiro romance retratando a luta de libertação de Angola. É, portanto, um livro seminal na literatura angolana. Já não seria pouca coisa. […] O romance é a consagração do que apreendemos nos contos. Claro que não poderia ser publicado por nenhuma gráfica de Angola ou Portugal, e foi passando em cópias sucessivas e clandestinas por um grupo interessado de angolanos, como um estandarte que deveria ser empunhado na luta inevitável pela independência nacional. Inspirou para a acção os que o puderam ler e encorajou alguns que tinham a aspiração de escrever sobre o mesmo tema.
Como diria alguma personagem de Jorge Amado: Saravá, Luandino.”

RITA CHAVES (Brasil)

“Assim, a estória de um herói popular combina-se exemplarmente com o percurso de sua companheira. Sem recorrer aos jargões, ele nos coloca diante de uma obra aberta à  perspectiva feminina, característica muito bem trabalhada em Sambizanga por Sarah Maldoror, a excelente diretora da adaptação para o cinema.
Só podemos celebrar a reedição dessa obra que salta no tempo e faz perdurar o impacto que nos levou, a tantos de nós, a ‘descobrir’ Angola naqueles complicados anos que envolveram as lutas de libertação.”

CARMEN TINDÓ SECCO (Brasil)

A vida verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira (1961) é um clássico da literatura angolana. Essa obra me atrai por seu questionamento aos regimes opressores e pela intertextualidade com a poesia de Agostinho Neto e o cinema de Sarah Maldoror, particularmente com o filme Sambizanga (1972), adaptação do referido romance. Tanto na narrativa cinematográfica, como na romanesca, o protagonista Domingos Xavier, revolucionário preso pela polícia portuguesa, é, arbitrariamente, levado para o calabouço. Como no poema “Mussunda Amigo”, de Agostinho Neto, dá sua vida pela liberdade de Angola. Mussunda é o alfaiate que politiza a consciência dos demais.

O autor: JOSÉ  LUANDINO VIEIRA

https://www.kapulana.com.br/jose-luandino-vieira/

 

JOSÉ LUANDINO VIEIRA é cidadão angolano por sua militância pela independência de Angola. Nasceu em Portugal  e fez os estudos primários e secundários em Luanda.  Em 4 de maio de 2024, completou 89 anos.

Por sua militância contra a opressão de Portugal contra o povo de Angola, foi preso várias vezes pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), a polícia portuguesa, e condenado a 14 anos de prisão.

Em 1964, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago, arquipélago de Cabo Verde, onde passou 8 anos. Lá escreveu muitos de seus livros. Em 1972, foi libertado e regressou a Angola em 1975. Atualmente, vive em Portugal, para onde retornou em 1992.

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O livro: A vida verdadeira de Domingos Xavier

https://www.kapulana.com.br/produto/a-vida-verdadeira-de-domingos-xavier/

Sobre a Editora Kapulana

Editora voltada para a publicação e divulgação de autores brasileiros e estrangeiros com foco na literatura africana com seleção de títulos marginais, ou seja, de pouca visibilidade na mídia. O catálogo da editora Kapulana preza pela diversidade e apresenta obras voltadas para literatura infantil, jovens e adultos, assim como memórias, biografias e obras científicas. Com o compromisso de ampliar e apresentar diversas linguagens literárias ao público brasileiro, os escritores, ilustradores e colaboradores da Kapulana são de países como Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Nigéria, Quênia e Zimbábue.

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[Em 15 de maio de 2024.]

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A vida verdadeira de Domingos Xavier: lembranças e homenagens.

Os seguintes textos sobre o romance A vida verdadeira de Domingos Xavier, de José Luandino Vieira, que compõem a edição brasileira da Kapulana, com lançamento em 19 de junho de 2024,  representam os sentimentos e pensamentos de amigos e estudiosos da obra do renomado escritor angolano.

PEPETELA [Angola]

            A vida verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira, é o primeiro romance retratando a luta de libertação de Angola. É, portanto, um livro seminal na literatura angolana. Já não seria pouca coisa. Além do mais, baseia-se numa sequência lógica de anteriores contos de Luandino que, em passinhos aparentemente mais mansos, vão colocando os grãos de areia necessários para o surgimento do livro, sobretudo com a descrição das vidas de sofrimento dos colonizados perante a brutalidade do regime proto-fascista de Salazar, do racismo, das injustiças perpetradas pelos auto-proclamados civilizados e civilizadores. O romance é a consagração do que apreendemos nos contos. Claro que não poderia ser publicado por nenhuma gráfica de Angola ou Portugal, e foi passando em cópias sucessivas e clandestinas por um grupo interessado de angolanos, como um estandarte que deveria ser empunhado na luta inevitável pela independência nacional. Inspirou para a acção os que o puderam ler e encorajou alguns que tinham a aspiração de escrever sobre o mesmo tema.

            Como diria alguma personagem de Jorge Amado: Saravá, Luandino.

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CARMEN TINDÓ SECCO [Brasil]

A vida verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira (1961) é um clássico da literatura angolana. Essa obra me atrai por seu questionamento aos regimes opressores e pela intertextualidade com a poesia de Agostinho Neto e o cinema de Sarah Maldoror, particularmente com o filme Sambizanga (1972), adaptação do referido romance. Tanto na narrativa cinematográfica, como na romanesca, o protagonista Domingos Xavier, revolucionário preso pela polícia portuguesa, é, arbitrariamente, levado para o calabouço. Como no poema “Mussunda Amigo”, de Agostinho Neto, dá sua vida pela liberdade de Angola. Mussunda é o alfaiate que politiza a consciência dos demais.

Em Sambizanga e no romance, há a utopia da libertação de Angola e a crítica ao colonialismo português. Contudo, os enredos tomam perspectivas diversas. No romance, o narrador, a cada capítulo, dá voz a um personagem. No filme, imagens-ações, direcionadas pelo olhar de Maria, esposa de Domingos, vão escoltando seu deambular à cata do marido. A canção “Caminho do Mato”, cuja letra é um poema de Agostinho Neto, traz poesia ao filme, seguindo a busca angustiada de Maria, à medida que denuncia o trabalho forçado imposto pelo regime colonial.

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 RITA CHAVES [Brasil]

Um dos primeiros livros publicados no Brasil na célebre coleção Autores Africanos, A vida verdadeira de Domingos Xavier trouxe-nos o sobressalto gerado pelas grandes revelações. O encontro com Luandino Vieira trazia-nos o impacto de uma literatura que, sem descuidar do compromisso com a transformação que a realidade colonial exigia, avança no desejo de ir além do essencial programa daquele tempo naquele espaço: libertar Angola, fundar um país.

Situando-se dialeticamente no encontro entre a lealdade a valores éticos e a aposta em um poderoso senso estético, a força da obra está em uma linguagem apta a refletir os complexos movimentos de tantas vidas. Ao escrever sobre a vida de um homem, o Domingos do título, Luandino traz-nos o itinerário de uma mulher em confronto direto com a opressão colonial em todas as suas dimensões. Assim, a estória de um herói popular combina-se exemplarmente com o percurso de sua companheira. Sem recorrer aos jargões, ele nos coloca diante de uma obra aberta à  perspectiva feminina, característica muito bem trabalhada em Sambizanga por Sarah Maldoror, a excelente diretora da adaptação para o cinema.

Só podemos celebrar a reedição dessa obra que salta no tempo e faz perdurar o impacto que nos levou, a tantos de nós, a “descobrir” Angola naqueles complicados anos que envolveram as lutas de libertação. Mais que um documento, ela permanece fundando Angola e multiplicando a força do imaginário que, entre verdades tão diversas, cerca sua geografia e sua história.

Citar como: VIEIRA, José Luandino. A vida verdadeira de Domingos Xavier. “Sobre a obra”. São Paulo: Kapulana, 2024. [Série Vozes da África]

Publicado em

Nós, os do Makulusu: do fundo humano em cada caco, por Jacqueline Kaczorowski

 

Tantos pisam este chão que ele talvez
um dia se humanize. E malaxado,
embebido da fluida substância de nossos segredos,
quem sabe a flor que aí se elabora, calcária, sangüínea?
(“Contemplação no banco”, Carlos Drummond de Andrade)

Após anos de ausência das livrarias brasileiras, somos finalmente agraciados com uma nova publicação desta obra-prima: Nós, os do Makulusu, de José Luandino Vieira. O magro e denso romance angolano impacta desde a primeira frase e, como pode gerar certo estranhamento, nesta edição [1] são apresentados brevemente alguns elementos da narrativa com o objetivo de incentivar o leitor a caminhar por este labirinto refinado. Aquele que o percorrer perceberá seu esforço recompensado por uma obra que, não se rendendo a qualquer didatismo, aposta numa composição cuja elaboração ao mesmo tempo requer e oferece ferramentas para a sofisticação do olhar.

Nestes tempos em que presenciamos atônitos o ressurgimento de uma tendência global à intolerância e aos totalitarismos, dados a maniqueísmos de toda sorte, urge combater o afluxo e recorrer a exercícios de humanização. As redes sociais têm sido um bom exemplo de arena onde algoritmos ensinam a reduzir o outro: ali, via de regra, somos induzidos por certo sentido de urgência a não lhe reservar o direito ao erro, ao diálogo, ou mesmo ao processo de aprendizado, percurso que cada um trilha a seu tempo e que exige paciência. Sob aparente fugacidade, fixamos um momento do outro como dado acabado, interditando, assim, possibilidades de transformação. 

Diante de tal cenário, parece senso comum recorrer à sugestão do mergulho na literatura como remédio. A sensibilidade que aciona, o tempo que exige para contemplação, absorção e amadurecimento da apreciação, a identificação com o diferente que demanda e proporciona, a transformação de personagens diante de nossos olhos são algumas das faculdades que caminham na contramão do simplismo que facilmente se transveste em algoz. Recuperando a voz de Antonio Candido, o texto literário “não corrompe nem edifica (…); mas, trazendo livremente em si o que chamamos o bem e o que chamamos o mal, humaniza em sentido profundo, porque faz viver”.

Importa salientar, entretanto, que, apesar de todo o potencial de humanização que a literatura efetivamente comporta, nem sempre é esta a vocação que privilegia. Um exemplo pode ser encontrado na pena de outro grande escritor, o nigeriano Chinua Achebe, quando ensina que o “vasto arsenal de imagens depreciativas da África que foram coletadas para defender o tráfico de escravos e, mais tarde, a colonização, deu ao mundo uma tradição literária que agora, felizmente, está extinta; mas deu também uma maneira particular de olhar (ou melhor, de não olhar) a África e os africanos que, infelizmente, perdura até os dias de hoje”.

Vale recordar que, no final do século XIX, após a famigerada Conferência de Berlim, o acirramento das disputas territoriais exigia maior firmeza na ocupação das colônias, levando as metrópoles à criação de uma série de órgãos e mecanismos de controle dos territórios e de suas populações. O contexto angolano não foi exceção. Colonizado por Portugal, cujo império precário não teve a brandura que ainda defendem alguns, foi alvo de uma violência que também se expressou na constituição de um vasto repertório discursivo a serviço da dominação. Os “Concursos de Literatura Colonial” promovidos a partir de 1926 pela Agência Geral das Colônias, com alto investimento financeiro e o objetivo de “intensificar por todos os meios a propaganda das nossas colónias e da obra colonial portuguesa”, ilustram bem como a escrita literária passou a exercer função importante nesse quadro.

Ainda que tenha se prestado ao papel de instrumento a serviço da sujeição, a literatura também pôde ser tomada pelo avesso em seu potencial criativo e transformada em “arma que eu conquistei ao outro”, como define Manuel Rui, outro escritor angolano. Desde o século XIX é possível identificar, em Angola, manifestações literárias que desafiam o padrão proposto pelo opressor. No século XX já se verifica o desenvolvimento de um projeto literário autônomo, resultado do empenho de uma geração de escritores e intelectuais entre os quais podemos situar José Luandino Vieira.

Nascido em Portugal em 1935, muda-se cedo para Luanda, onde vive sua infância. É por seu compromisso radical com a luta pela libertação nacional que se torna cidadão angolano e adota o nome “Luandino”. Em decorrência de sua atuação é preso duas vezes e tem sua vida “hipotecada por muitos anos”, desde muito jovem. Conforme conta em seus Papéis da prisão, “do Aljube, em Lisboa, ao Campo de Trabalho no Tarrafal, passando por todas as cadeias disponíveis na nossa terra de Luanda, palmilhei doze anos da estrada da minha vida”. É nesta condição de exceção, portanto, que o autor desenvolve seu primoroso trabalho literário.

Suas memórias do cárcere, ao contrário do que seria esperado, sugerem um pacto com a liberdade capaz de extrapolar o espaço da cela e inscrever as ruas de Luanda e sua cultura popular em textos que, por meio da memória e da imaginação, ajudavam a substituir a vida, para tomar de empréstimo uma expressão do escritor. Confinado em espaços que impossibilitavam outras intervenções diretas, Luandino Vieira atuou dentro de seu “particular campo de acção – o estético”. Os resultados excepcionais demonstram a eficácia da apropriação da língua portuguesa como “despojo de guerra” e o empenho em construir uma voz narrativa que, desestabilizando a lógica da opressão, engendra novos modos de dizer a realidade.

Um dos frutos deste projeto literário é a escrita, em 1967, “de um só jacto”, deste romance singular, composto no Campo de Concentração do Tarrafal, onde Luandino Vieira passou oito anos. Imerso na severidade do “campo da morte lenta”, surpreende a trilha potente e lúcida que desenha para mostrar que “não há outros homens para com eles construir o mundo. É com esses mesmos que se fará – ou nunca se fará”. A capacidade de aderir radicalmente a um projeto ético e também se colocar habilmente na pele do outro, mesmo do mais antagônico, revela como a literatura pode, sim, vestir o manto diáfano da fantasia para combater a violência objetiva do real sem prescindir da “cortesia de dar a cada um o que lhe é devido”, lembrando novamente Achebe.

O início da leitura pode provocar um choque: que língua é essa que, ao mesmo tempo, sinto que conheço e desconheço? O que ela está me contando? Quem fala e de quem fala? Na primeira sentença somos lançados no meio de uma guerra, mas, logo em seguida, adentramos uma brincadeira em um dia de sol. O que aconteceu?

O leitor que aprender a ouvir o movimento do texto notará que um dos recursos utilizados pelo escritor é a justaposição de ideias, cenas e imagens que podem parecer desconexas. Ao longo da obra, no entanto, muitas delas são retomadas, desvelando aos poucos algumas associações complexas e sempre aprofundando sentidos. Com paciência é possível construir familiaridade com os procedimentos e perceber que alguns se assemelham àqueles do funcionamento da memória, que muitas vezes irrompe de maneiras imprevistas, nem sempre lineares.

Seguindo o movimento da memória de Mais-Velho, acionada pela dor, passamos a reconhecer sua voz e outras tantas que incorpora à sua, num emaranhado cada vez mais complexo, mas também mais nítido. Lembranças, projeções e muitas indagações são misturadas ao momento real que este narrador-personagem vivencia: sua caminhada em direção ao irremediável reconhecimento da morte de Maninho e do “viver de morte” que agarrou Paizinho. Nesta deambulação conhecemos os outros três protagonistas: Maninho, Paizinho e Kibiaka. A realidade asfixiante do colonialismo obriga os companheiros inseparáveis de aventuras infantis pelos capins do Makulusu a carregarem “o alegre caixão da nossa infância” na escolha de rumos inconciliáveis: Maninho, branco nascido na metrópole (assim como seu irmão Mais-Velho) integra o exército colonial português, escolha forçosa que defende com a ideia de que “só há uma maneira de a acabar, esta guerra que não queres e eu não quero: é fazer-lhe depressa, com depressa, até no fim, gastá-la toda, matar-lhe”. Paizinho, meio-irmão mestiço dos dois, participa de ações clandestinas e acaba preso pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado). Kibiaka, amigo negro morador do Bairro Operário, junta-se à guerrilha. Mais-Velho é aquele que segue imerso em dúvidas; o “escrupuloso” que, segundo o olhar de Maninho, não teve certeza suficiente para tomar uma decisão radical como as de seus companheiros e “limitou-se” ao trabalho clandestino. São “quatro ritmos e saberes e vidas diferentes” atravessados pela violência, inexorável.

No trajeto descobrimos pela voz de Mais-Velho que Maninho, “o melhor de todos nós”, era integrado à terra e aos seus, “ele é quem (…) bebia e comia, falava e ria sempre lá entre os que eu amava vagamundeando nas ruas solitárias e velhas da nossa terra de Luanda. E a ele a carabina escolhera. Simples buraco, fino e furo, toda a vida por ele saiu…”, “para ficar da cor da farda que lhe embrulha, tapado nas moscas, antes que a salva do estilo vai-lhe acordar no sonho de amor que, no ódio do próprio ódio, queria construir”. Descobrimos também que, se Kibiaka “segue na mata seu caminho de dignidade”, também pode ter saído de suas mãos, “que são as culpadas de ter homens com ideias e dignidade”, o balázio que roubou a vida de Maninho. E que Mais-Velho, em um gesto de solidariedade à luta, no Natal colocara “no sapatinho o único brinquedo que merece um homem digno como o meu amigo Kibiaka: Parabellum, de 9 milímetros”.

Paizinho, cuja cabeça “era uma peça de alta precisão, um instrumento afinadíssimo que ele cuidava diariamente com pensamento e acção”, que “nunca trai, porque é sério em tudo que em sua vida faz”, de “sangrenta presença” nos presságios do meio-irmão, é apresentado ao Mais-Velho de seis anos de idade ao mesmo tempo que a dor da mãe “Estrudes”: “cara desfeita e enrugada, alguma coisa lhe dói no dentro da alma é o que pode ser, pois não tira os olhos do miúdo encardido, seguro na mão da mulher negra, está quieto como se fosse de pau”. Dela conhecemos ainda a funda dor da perda do filho, as “mãos grossas de unhas curtas e negras do trabalho, aquelas pernas de varizes que não se equilibravam nos sapatos de salto alto”, de “apanhar azeitona dentro de Invernos frios e descalços da tua infância”, a “coragem de sempre perder” – quando pai Paulo afirma que Paizinho é seu afilhado com o “tranquilo riso de quem que sabe verdade ou mentira ele é que fala verdade sempre”.

Pai Paulo, colono pobre e racista, é exemplar tão verossímil da colonização lusa quanto o operário Brito, com sua consciência de classe que permite linchar publicamente um trabalhador negro. O lamento materno desta morte evoca o peso da violência colonial sobre toda uma coletividade: “este o grito só que oiço ou é coro de milhões de gritos iguais?”. A narrativa dialeticamente evidencia as contradições de um sistema extremamente embrutecedor e não interdita a complexidade a nenhuma das personagens, recuperando traços que marcam também a constituição subjetiva de todo um grupo.

O vigor da premissa, que é possível vislumbrar mesmo com a apresentação de poucos elementos, somado à extraordinária habilidade com que o escritor humaniza todas as personagens sem jamais elidir as relações de força entre elas, entregam ao leitor um texto pelo qual é impossível passar incólume. “Amar os homens é sempre uma alegria dolorosa”, afinal.

São Paulo, abril de 2019.

Jacqueline Kaczorowski

Doutora em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa (FFLCH/USP), com pesquisa sobre a obra Nós, os do Makulusu, de José Luandino Vieira. Membro dos grupos de pesquisa PIELAFRICA – Pactos e impactos do espaço nas literaturas africanas de língua portuguesa (Angola e Moçambique), vinculado à UFRJ, e GEHISLIT, vinculado ao Depto. de História da PUC-Minas.

Citar como:

O ARTIGO:
KACZOROWSKI, Jacqueline .“Nós, os do Makulusu: do fundo humano em cada caco”. Prefácio. In: VIEIRA, José Luandino. Nós, os do Makulusu. São Paulo: Kapulana, 2019. [Vozes da África] Disponível em: <https://www.kapulana.com.br/nos-os-do-makulusu-do-fundo-humano-em-cada-caco-por-jacqueline-kaczorowski/>

O LIVRO:
VIEIRA, José Luandino. Nós, os do Makulusu. São Paulo: Kapulana, 2019. [Vozes da África]. Disponível em: https://www.kapulana.com.br/produto/nos-os-do-makulusu/<>

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NÓS MATAMOS O CÃO TINHOSO!, de Luís Bernardo Honwana, leitura para o vestibular da FUVEST

Nós matamos o Cão Tinhoso!, do moçambicano Luís Bernardo Honwana, publicado pela Kapulana, está indicado como leitura obrigatória para o vestibular da FUVEST

O livro de contos Nós matamos o Cão Tinhoso!, de autoria do moçambicano Luís Bernardo Honwana, faz parte da lista das obras literárias indicadas para leitura pela FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular).

O livro foi classificado entre os “100 melhores livros africanos do século XX” (Creative Writing), 2002, uma iniciativa da “Zimbabwe International Book Fair”, com a colaboração de African Publishers Network (APNET), Pan-African Booksellers Association (PABA).

A edição moçambicana original do livro é de 1964. Em 2017, a Editora Kapulana lançou  no Brasil a atual edição, recomendada pela Fuvest.

Nós matamos o Cão Tinhoso!, de Luís Bernardo Honwana, da série “Vozes da África”, é um livro clássico, já adotado em várias instituições de ensino brasileiras.  Como foi indicado para os vestibulares de 2024 e 2029, escolas passaram a adotá-lo já em 2022, para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio.

O livro é composto por sete contos emocionantes que denunciam a realidade sufocante vivida pelos trabalhadores colonizados e suas famílias durante a opressão colonial portuguesa em Moçambique, sendo a maior parte das narrativas do ponto de vista das crianças. A edição da Kapulana também traz o conto “Rosita, até morrer”, nunca antes publicado em livro.

É uma leitura cada dia mais necessária para que esteja sempre vivo o debate sobre racismo, discriminação, autoritarismo e opressão, práticas a serem permanentemente combatidas.

ALGUNS TRECHOS DO LIVRO:

“O Cão Tinhoso tinha a pele velha, cheia de pelos brancos, cicatrizes e muitas feridas, e em muitos sítios não tinha pelos nenhuns, nem brancos nem pretos e a pele era preta e cheia de rugas como a pele de um gala-gala. Ninguém gostava de lhe passar a mão pelas costas como aos outros cães.” (Conto: “Nós matamos o Cão Tinhoso!”)

“– Meu filho, tem de haver uma esperança! Quando um dia acaba e sabemos que amanhã teremos um dia igual, que sempre seremos a mesma coisa, temos de ir arranjar forças para continuar a sorrir e continuar a dizer “isso não tem importância”. Temos de marcar a nós mesmos um prêmio para todo o heroísmo do dia a dia. Temos de estabelecer uma data para esse prêmio, ainda que seja o dia da nossa morte!” (Conto: “Papá, cobra e eu”)

“Já não sei a que propósito é que isso vinha, mas o Senhor Professor disse um dia que as palmas das mãos dos pretos são mais claras do que o resto do corpo porque ainda há poucos séculos os avós deles andavam com elas apoiadas ao chão, como os bichos do mato, sem as exporem ao sol, que lhes ia escurecendo o resto do corpo.” (Conto: “As mãos dos pretos”)

ALGUNS LINKS DE INTERESSE:

SOBRE MATERIAL DE APOIO GRATUITO:

FUVEST RENOVA LISTA DE LEITURAS OBRIGATÓRIAS PARA O VESTIBULAR 2026-2029:

https://www.fuvest.br/fuvest-renova-sua-lista-de-leituras-obrigatorias-para-o-vestibular-2026-2029/

[Atualizada em: 24 de novembro de 2023.]

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KAPULANA NA FLIP 2023!

A Kapulana estará presente na FLIP-2023 com seus escritores Akwaeke Emezi e Mário Medeiros

A Kapulana estará representada na programação principal da edição de 2023 da FLIP (Festa Literária de Paraty) com a presença de dois de seus escritores: AKWAEKE EMEZI (da Nigéria) e MÁRIO MEDEIROS (do Brasil).

CONHEÇA MAIS SOBRE OS ESCRITORES:

AKWAEKE EMEZI

Nasceu em 1987, na Nigéria, em Umuahia, e cresceu em Aba. Atualmente vive nos Estados Unidos. Identifica-se como ọgbanje, palavra da cultura Igbo que significa um espírito intruso que nasce em uma forma humana, e que resultaria em uma criança com um terceiro gênero. Traduzindo isto para sua realidade terrena, Akwaeke nasceu em um corpo designado feminino, mas não é mulher, identificando-se como trans/não-binárie. Fez algumas cirurgias para adequar seu corpo – seu receptáculo – para que reflita sua natureza. Em Inglês, usa pronomes neutros para se referir a si mesme.

OBRAS DE AKWAEKE EMEZI PUBLICADAS PELA KAPULANA:

ÁGUA DOCE : https://www.kapulana.com.br/produto/agua-doce/

“Perguntamo-nos nos anos que se seguiram o que ela teria sido sem nós, se ela ainda teria enlouquecido. E se nós tivéssemos permanecido adormecidos? E se ela tivesse ficado para sempre naqueles anos em que pertencia a si? Olhe para ela, rodopiando pelo condomínio vestindo shorts pretos de batik e uma camiseta de algodão, o longo cabelo preto trançado em dois arcos amarrados com fitas coloridas, os dentes brilhando e um chinelo quebrado. Como um sol ofegante.
A primeira loucura foi que nascemos, que enfiaram um deus em um saco de pele.”

PET: https://www.kapulana.com.br/produto/pet/

“Porque se não existem mais monstros em Lucille, então por que Pet – um… monstro? Anjo? Monstranjo? – saiu de um quadro pintado pela mãe de Chimia, dizendo que estava ali para caçar um monstro na casa de Redenção? Agora, Chimia e o amigo enfrentam um dilema: como combater monstros se as pessoas não admitem que eles existem? Com seu habitual jeito sensível e direto de olhar para as coisas, Akwaeke Emezi e suas personagens perguntam: quem são os monstros, afinal? E como podemos caçá-los?”

MÁRIO MEDEIROS

Nasceu em São Paulo. É sociólogo e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desde 2014. Sua área de pesquisa e publicação em Sociologia envolve temas dos intelectuais negros, o associativismo, o pensamento social brasileiro e a circulação internacional de ideias e pessoas. É autor de obras teóricas e obras literárias. Publicou dois livros de contos: Gosto de amora, da Editora Malê (2019, finalista do Prêmio Jabuti) e  Numa esquina do mundo: contos,  da Editora Kapulana (2020, semifinalista do Prêmio Oceanos).

NUMA ESQUINA DO MUNDO – CONTOS
https://www.kapulana.com.br/produto/numa-esquina-do-mundo/

“Depois, calmaria. Volta ao asfalto, olhos nos céus. Dez, doze papagaios, maranhão. Latinha de linha parado na calçada. Dando um tempo… Moleques em pose, em pé. Postura ereta, linha reta, espinha dura, pose de quebrada, pé na frente, pé atrás. Lata numa mão, a outra no dedo indicador e polegar trabalhando para manejar o pássaro no ar.
Devia ser esporte olímpico. Devia passar na TV.  
Eles deviam ter ganho algum dinheiro com isso. Heróis da minha Vila. (Conto: “O pó da rabiola”)

*Acompanhe nossos escritores na Flip 2023:

AKWAEKE EMEZI, com Carla Akotirene. Mediação: Maria Carolina Casati
24/11 – 6a. f. – 17h
Programa Principal: Mesa 11 “Contra a mentalidade decadente”
https://www.flip.org.br/evento/mesa-11-contra-a-mentalidade-decadente/

MÁRIO MEDEIROS, com Luciany Aparecida. Mediação: Schneider Carpeggiani
24/11 – 6a. f. – 15h
Flip+ Casa da Cultura: Mesa 8 “Inventando a nossa língua”
https://www.flip.org.br/evento/casa-da-cultura-mesa-8-inventando-a-nossa-lingua/

*Sessões de autógrafos na Livraria da Travessa, na Flip.

São Paulo, 16 de novembro de 2023.

 

 

 

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LANÇAMENTO! Editora Kapulana lança em novembro no Brasil SOB AS ÁRVORES DE UDALAS, de Chinelo Okparanta

A Kapulana lançará no Brasil, no Mês da Consciência Negra, em 9 de novembro, Sob as árvores de udalas, de autoria de CHINELO OKPARANTA. 

Sob as árvores de udalas (Under the udala trees), da nigeriana Chinelo Okparanta, é uma história de amor e luta, narrada por Ijeoma, a protagonista, que é ainda menina quando acontece a Guerra Nigéria-Biafra (1967-1970), conhecida como a Guerra de Biafra.

Deslocada de sua vila natal, Ojoto, Ijeoma conhece Amina, em Nnewi, e se apaixonam. São elas de etnias diferentes — uma é Igbo e outra, Hauçá. O relacionamento entre elas não é aceito socialmente, gerando censura e repressão da família e da sociedade.

Em um cenário social conservador e religioso, sob os efeitos devastadores de uma guerra, Ijeoma convive com outras personagens marcantes, além de Amina, como seu pai Uzo, sua mãe Adaora, Chibundo, Ndidi, Chidinma e o professor e sua esposa.

Chinelo Okparanta escreve um romance ao mesmo tempo lírico e trágico, em defesa do amor e no combate contra a opressão e qualquer tipo de discriminação.

A edição brasileira conta com tradução de Carolina Kuhn Facchin, capa de Mariana Fujisawa e projeto gráfico de Daniela Miwa Taira.

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Trechos de SOB AS ÁRVORES DE UDALAS

[NOTA DA AUTORA] “Em 7 de janeiro de 2014, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, sancionou uma lei que criminaliza as relações entre pessoas do mesmo sexo e o apoio a tais relações, tornando esses crimes puníveis com até catorze anos de prisão. Nos estados do Norte, a punição é a morte por apedrejamento. Este romance tenta dar aos cidadãos LGBTQIAP+ marginalizados da Nigéria uma voz mais poderosa e um lugar na história de nossa nação.”

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“Quanto a nós, andávamos naquele jeito sem pressa das borboletas, como se a brisa fosse delicada, como se o sol na pele fosse uma carícia. Como se passos lentos permitissem saborear os dois. Era assim que as coisas eram antes da guerra: nossas vidas, caminhando mansamente.”

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“Não há como contar a história do que aconteceu com Amina sem primeiro contar a história de como mamãe me mandou embora.
Igualmente, não há como contar a história de como mamãe me mandou embora sem contar também sobre a recusa de papai em refugiar-se no bunker. Sem sua recusa, a expulsão poderia nunca ter ocorrido, e se não tivesse ocorrido, então eu poderia nunca ter conhecido Amina.
Se eu não tivesse conhecido Amina, talvez não houvesse história para contar.”

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“A resposta era simples: claro que eu ainda pensava em Amina. E, sim, daquele jeito. Como poderia afastar as lembranças de uma pessoa com quem compartilhei todo aquele tempo? Havia noites em que sonhava com ela, sonhos tão vívidos que quando acordava parecia que o despertar era o sonho, e o sonho, a realidade: Amina e eu resolvendo coisas na rua, lavando roupas e pendurando-as para secar, cortando lenha, buscando querosene.”

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“Então, a história começa antes mesmo da história, em 23 de junho de 1968. Ubosi chi ji ehihe jie: o dia em que a noite caiu à tarde, como diz o ditado. Ou, como mamãe às vezes diz, o dia em que a noite tomou o dia: o dia em que papai se despediu de nós.”

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O nome do meu pai, Uzo, significa “porta” ou “caminho”. Era um nome sólido, forte e confiante, ao contrário do meu, Ijeoma (que era apenas um desejo: “boa viagem”), ou de mamãe, Adaora (que dizia apenas que ela era a filha de todos, filha da comunidade, que era o que todas as filhas eram, pensando bem).
Uzo. Era o tipo de nome que eu gostaria de dobrar e segurar na minha mão, se nomes pudessem ser dobrados e guardados dessa forma. De modo que, se algum dia eu me perdesse, tudo o que teria de fazer seria abrir a palma da mão e permitir que o nome, como a luz de uma tocha, me mostrasse o caminho.

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Pensei: então é isso que significa ser casada: ficar na igreja, tensa, observando a luz do sol se espalhar ao meu redor, com esse medo constante de uma punição. Isso deve ser a vida de casada: uma tentativa diária de se livrar de uma bacia cheia de desejos, mas sem esperança. E, no entanto, a bacia se recusa a ser esvaziada, como se os desejos fossem cimento molhado que já está se transformando em concreto.

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A autora CHINELO OKPARANTA

https://www.kapulana.com.br/chinelo-okparanta/

CHINELO OKPARANTA nasceu na Nigéria. É escritora e professora universitária no ensino de Inglês e Escrita Criativa. É autora de contos e romances. Seu primeiro romance, Sob as árvores de udalas (Under the udala trees), teve o reconhecimento da crítica e recebeu prêmios por sua qualidade literária e tratamento temático.

Recebeu vários prêmios, com destaque para:

  • 2014: O. Henry Prize (contos).
  • 2014: Lambda Literary Award – Lesbian Fiction: Happiness like a water (contos).
  • 2016: Lambda Literary Award – Lesbian Fiction: Under the udala trees (romance).
  • 2016: Jessie Redmon Fauset Book Award in Fiction: Under the udala trees (romance).
  • 2016: Inaugural Betty Berzon Emerging Writer Award, do the Publishing Triangle.

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O livro: https://www.kapulana.com.br/produto/sob-as-arvores-de-udalas/

Sobre a Editora Kapulana

Editora voltada para a publicação e divulgação de autores brasileiros e estrangeiros com foco na literatura africana com seleção de títulos marginais, ou seja, de pouca visibilidade na mídia. O catálogo da editora Kapulana preza pela diversidade e apresenta obras voltadas para literatura infantil, jovens e adultos, assim como memórias, biografias e obras científicas. Com o compromisso de ampliar e apresentar diversas linguagens literárias ao público brasileiro, os escritores, ilustradores e colaboradores da Kapulana são de países como Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Nigéria, Quênia e Zimbábue.

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[Atualizada em 17 de outubro de 2023.]

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Editora Kapulana anuncia lançamento no Brasil de mais um livro de PEPETELA: AS AVENTURAS DE NGUNGA

A Editora Kapulana lança no Brasil, em agosto, edição de aniversário de AS AVENTURAS DE NGUNGA, de Pepetela

A Editora Kapulana lança no Brasil, em 31 de agosto de 2023, mais um livro de Pepetela, As aventuras de Ngunga, clássico da literatura africana. Trata-se de uma edição especial comemorativa dos 50 anos dessa obra, que teve sua primeira publicação em 1973.

As aventuras de Ngunga foi o primeiro livro publicado do angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, que adotou o nome PEPETELA, como era conhecido no MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola).  Foi escrito em 1972, durante a guerrilha na luta de libertação de Angola contra Portugal, e publicado pela primeira vez em 1973.

A obra é resultado da experiência do autor como guerrilheiro que atuava na educação dos meninos (pioneiros). A partir de sua vivência na selva, como guerrilheiro e como educador, e da criação de textos de leitura para as crianças, surge essa sensível obra, em que a história de um menino de 13 anos, Ngunga, representa também a história de uma nação.

Em seu percurso por rios e terras, Ngunga conhece personagens inesquecíveis que despertam fortes emoções nos leitores, como o Comandante Nossa Luta, o Comandante Mavinga, o Comandante Avança, o Presidente Kafuxi, o professor União, a bela Uassamba, a menina Imba, o jovem Chivuala e o velho Livingue.

As aventuras de Ngunga é o 6o. livro de Pepetela  que a Kapulana lança no Brasil. A editora já publicou O cão e os caluandas (2019), O quase fim do mundo (2019), Sua Excelência, de corpo presente (2020), O desejo de Kianda (2021) e Jaime Bunda, Agente Secreto (2022).

Na edição brasileira, a capa e as ilustrações são de Mariana Fujisawa, e o projeto gráfico é de Daniela Miwa Taira.

TRECHOS:

“Ngunga é um órfão de treze anos. Os pais foram surpreendidos pelo inimigo, um dia, nas lavras. Os colonialistas abriram fogo. O pai, que era já velho, foi morto imediatamente. A mãe tentou fugir, mas uma bala atravessou-lhe o peito. Só ficou Mussango, que foi apanhada e levada para o posto.”

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“A verdade ele não dizia. Que procurava então o Ngunga? É simples: queria saber se em toda a parte os homens são iguais, só pensando neles. As pessoas da zona do Kembo pareciam melhores, davam comida mais facilmente. No entanto, ele pensava que era só aparência. Todos perseguiam um fim escondido.”

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“Mais tarde, as mulheres reuniram-se no terreiro de chinjanguila, e a dança começou. Os guerrilheiros e o povo imitaram as mulheres. Também Ngunga e Imba, e as outras raparigas.”

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“O povo veio com as crianças. O Comandante falou-lhes. A escola já estava pronta, podiam começar as aulas. O professor União tinha sido enviado de longe pelo Movimento, para ensinar. No tempo do colonialismo, ali nunca tinha havido escola, raros eram os homens que sabiam ler e escrever. Mas, agora o povo começava a ser livre.”

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RIOS e algum VOCABULÁRIO em As aventuras de Ngunga:

  • Rios Kwanza, Kuíto, Kwando, Kuembo, Kontuba.
  • alambamento (ou alembamento): espécie de dote que a família do noivo oferece à família da noiva, por ocasião do pedido de casamento; pode ser em moeda ou em bens.
  • chinjanguila:  dança de roda tradicional e particular da região sudeste de Angola; durante a luta armada de libertação, também nome dado a arma artesanal.
  • fuba: farinha de mandioca, ou de milho.
  • kimbo (umbundo): povoado, aldeia.
  • matabicho (mata-bicho): primeira refeição do dia; pequeno almoço; café da manhã.
  • pioneiros: jovens que participaram da Luta de Libertação de Angola.
  • quinda: espécie de cesto de palha.

O LIVRO: https://www.kapulana.com.br/produto/as-aventuras-de-ngunga/

O AUTOR: https://www.kapulana.com.br/pepetela/

SOBRE A OBRA:

Jofre Rocha (Angola): “Tenho a agradecer ao talento de Pepetela em As aventuras de Ngunga, a perícia com que nos transporta para o universo dos homens que fazem a História, de que ele próprio faz parte, num plano de realidade crua mas humanizante, onde se entrechocam culturas, reminiscências do passado, avanços e recuos, crendices, afectos desencontrados.”

Mia Couto (Moçambique): “A escrita de Pepetela transporta-nos para as histórias da nossa História com a proximidade de quem vive por dentro a realidade angolana e a distância de quem sonhou um outro mundo.”

Rita Chaves (Brasil): “Mais que de um só escritor, em As aventuras de Ngunga temos um livro de um tempo e de um lugar. É a expressão de uma utopia que tomou conta de muitas gerações, de uma gente capaz de suspender o medo e, em seu lugar, erguer a esperança.”

Luís Bernardo Honwana (Moçambique): “E porque já tinha lido As aventuras de Ngunga e sabia de tudo quanto na altura já se tinha difundido sobre a génese desse livro, senti-me imediatamente amigo de Pepetela, sem embargo do seu trato meio sacudido a que a hirsutez de aspecto não fazia senão acentuar. “

Francisco Noa (Moçambique): “Trata-se de uma das obras que, ao lado de Luuanda de Luandino Vieira, Nós matámos o Cão Tinhoso! de Luís Bernardo Honwana, Quem me dera ser onda de Manuel Rui, preencheu, de forma prodigiosa, a nossa imaginação de adolescentes, em plena ebulição revolucionária e que envolveu as nossas independências na década de 70.”

Carmen Tindó Secco (Brasil): “As aventuras de Ngunga é um livro encantador. […] A narrativa, assemelhando-se a uma singela epopeia do MPLA, erige o protagonista, Ngunga, como “pioneiro sem mácula”, “herói mítico”, amante dos pássaros, dos rios, da natureza.”

José Luís Cabaço (Moçambique): “Antes de ser amigo do Pepe eu já me sentia seu companheiro de jornada, juntos na mesma picada, sonhando sonhos paralelos. […] Neste caleidoscópio de entusiasmos, certezas e angústias me veio parar às mãos outro livro de Pepetela escrito nos anos da luta de libertação: As aventuras de Ngunga.”

Inocência Mata (São Tomé e Príncipe): “Gosto da simplicidade da escrita de As Aventuras de Ngunga, gerada na efervescência da luta de libertação nacional. Uma narrativa que me faz lembrar essoutra, anos depois, A Montanha da Água Lilás (2000): a diferença entre as duas não é de natureza, é de tempo – tal como esta novela, também As Aventuras de Ngunga é uma “Fábula para Todas as Idades”.

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[Atualizada em 16 de agosto de 2023.]

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LANÇAMENTO! Em 13 de junho, Editora Kapulana lança no Brasil MARGENS E TRAVESSIAS, do escritor angolano Boaventura Cardoso

Romance de Boaventura Cardoso mostra a história de vida de pessoas e de um país, a partir de relatos, depoimentos, cartas e cantos do povo angolano.

A Kapulana lança no Brasil, em 13 de junho, MARGENS E TRAVESSIAS, de autoria do escritor angolano BOAVENTURA CARDOSO. Margens e travessias é um romance cujo protagonista é o povo de Angola. Nesta história ficcional, a história da formação de Angola e da identidade de seu povo é contada por meio das lembranças de dois “mais-velhos”: Kitekulu, um soba (chefe tradicional) e Manimaza, filho das águas. As conversas entre eles acontecem enquanto percorrem os rios de Angola e suas aldeias ribeirinhas. Desse modo, fatos e mitos do país, desde os tempos pré-coloniais e da luta de libertação, até o período pós-independência, chegam ao leitor pelas vozes das personagens do romance.

Os rios e suas margens não são apenas acidentes geográficos. São personagens que são fios condutores das vivências e narrativas do povo angolano numa viagem no tempo e no espaço.

O romance conta com vários narradores que se expressam de maneiras diversas: troca de mensagens e cartas entre o soba, chefe de uma Zona de Acção, e o Comissário Distrital; relatos de uma mãe à procura e à espera de seu filho; e  lembranças e conversas entre Kitekulu e Manimaza. As narrativas em conjunto compõem o panorama da história de Angola, na forma de ficção. Presente e passado conversam nesse fluxo narrativo.

Margens e travessias, de Boaventura Cardoso, série Vozes da África
capa de Mariana Fujisawa e projeto gráfico de Daniela Miwa Taira

[TAMBÉM EM E-BOOK!]

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Trechos de MARGENS E TRAVESSIAS:

“E os rios arrepiaram seus leitos de andanças. Primeiro foi o Chiloango, depois o Kwilu; Kambo, Lukala, Kwangu, Lwacimo, Dange, Keve e Kunhinga; mais o Zambeze, o Lwiana, o Kunene, o Kubangu, o Balombo, o Kuroka, o Mukope e o M’bridge; e finalmente o Kwanza. Todos kwanzando em seus kwanzas. Todos foram vindo em direção ao Ngola.”

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“Fora levado para uma feira de escravos. Viu escravos acorrentados a serem vergastados e a sangrar; ouvia-se, por isso, uma gritaria que só lembrava as almas a arderem no Inferno. Estava assustado com o ambiente de terror que predominava na feira. Pensou em fugir, voltar para junto dos pais, mas reconheceu que seria muito arriscado. Kileba temia pelo seu futuro, chorava de muito medo.”

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“E canoando, canoando foram desaguar no rio Kunene, lá. Soba Kitekulu e Manimaza continuavam desbraguando rios e revisitando memórias, o que faziam viajando no tempo que eles traziam dentro de si. Eram relembramentos de vivências vividas ou transmitidas, contadas ou intuídas dos seus antepassados.”

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Bertine… ele desapareceu, estão à procura dele… o meu filho…

Meu filho… eu quero o meu filho…

Não haverá perdão… a sentença…

Vamos orar juntas, Bertine

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“O Lukala se engravidara de muitas mortes; de muitos corpos que lhe tinham sido atirados para dentro de si; de muitas almas que se tinham adubado nas suas sempre renovadas águas.”

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“Mais-velho Mwata Cinyama tinha sua arte de caminhar sobre andas, apesar da idade. Quando jovem, era-lhe frequente participar em festas tradicionais como a da mukanda, na companhia de outros rapazes, andando sobre andas. Aliás, ele, em jovem, tinha passado não só pelo ritual da mukanda como também do mungonge.”

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Boaventura Cardoso

BOAVENTURA CARDOSO, escritor angolano, é licenciado em Ciências Sociais  e diplomata de carreira. Foi Governador da Província de Malanje e exerceu vários cargos em instituições de cultura em Angola, tendo sido Ministro da Cultura e da Informação do país.

Foi membro fundador da União dos Escritores Angolanos e o primeiro presidente da Academia Angolana de Letras. Atualmente, é Deputado da Assembleia Nacional onde exerce o cargo de Presidente da Comissão para a Cultura, Assuntos Religiosos, Comunicação Social, Juventude e Desportos. 

É autor de contos e romances, com destaque para Margens e travessias, que recebeu o Prémio de Literatura dstAngola/Camões, 2022. 

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Saiba mais:

Sobre o Autor e sua obra: https://www.kapulana.com.br/boaventura-cardoso/

Sobre Margens e travessias: https://www.kapulana.com.br/produto/margens-e-travessias/

Sobre a Kapulana: 

Editora voltada para a publicação e divulgação de autores brasileiros e estrangeiros com foco na literatura africana com seleção de títulos marginais ou de pouca visibilidade na mídia. O catálogo da editora Kapulana preza pela diversidade e apresenta obras voltadas para literatura infantil, jovens e adultos, assim como memórias, biografias e obras científicas. Com o compromisso de ampliar e apresentar diversas linguagens literárias ao público brasileiro, os escritores, ilustradores e colaboradores da Kapulana são de países como Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Nigéria, Quênia e Zimbábue.

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[Atualizada em 13 de junho de 2023.]

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JOSÉ LUANDINO VIEIRA, autor de Nós, os do Makulusu, faz 88 anos de idade

José Luandino Vieira, autor do clássico da literatura angolana e mundial, NÓS, OS DO MAKULUSU, completa em 4 de maio de 2023, 88 anos de idade.

JOSÉ LUANDINO VIEIRA, nome literário de José Vieira Mateus da Graça, nasceu em 4 de maio de 1935, em Ourém, Portugal. Passou a infância e a juventude em Luanda, Angola, onde fez os estudos primários e secundários. É cidadão angolano por sua militância pela independência de Angola.

Participou da luta armada de libertação em Angola contra Portugal, como membro do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). Em função de sua militância,  foi preso várias vezes pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), a polícia portuguesa, e condenado à prisão.

Em 1964, José Luandino Vieira é preso pela polícia política portuguesa, a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), permanecendo oito anos no campo de concentração do Tarrafal, onde escreveu muitos de seus livros, dentre eles o Nós, os do Makusulu, publicado só em 1974.

Em 1972, foi libertado em regime de residência vigiada em Lisboa. Iniciou, então, a publicação da sua obra, grande parte escrita na prisão.

Em 1975, regressou a Angola, após a Independência do país, agora denominado República Popular de Angola. De 1975 a 1979, foi Diretor do Departamento de Orientação Revolucionária do MPLA. Foi responsável pelo Instituto Angolano de Cinema (1979-1984) e cofundador da União dos Escritores Angolanos, de que foi secretário-geral (1975-1980 e 1985-1992). Foi secretário-geral adjunto da Associação dos Escritores Afro-Asiáticos (1979-1984) e é membro da Academia Angolana de Letras. Atualmente, vive em Portugal, para onde retornou em 1992.

José Luandino Vieira escreveu muitos livros que marcaram e marcam a história da literatura africana e mundial, dentre eles A vida verdadeira de Domingos Xavier (1961),  Luuanda (1963), Nós, os do Makulusu (1974) e Papeis da prisão (2015).

A Kapulana teve a honra de publicar no Brasil, em 2019, Nós, os do Makulusu, e irá lançar em breve A vida verdadeira de Domingos Xavier!

Conheça um pouco mais sobre José Luandino Vieira e sua obra:

Nós, os do Makulusu, de José Luandino Vieira

Nós, os do Makulusu, a palavra e o outro”, por Rita Chaves.

Nós, os do Makulusu: do fundo humano, em cada caso”, por Jacqueline Kaczorowski

EM BREVE:

A vida verdadeira de Domingos Xavier, de José Luandino Vieira (em edição pela Kapulana).

[São Paulo, 4 de maio de 2023.]

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Sobre a Editora Kapulana

Editora voltada para a publicação e divulgação de autores brasileiros e estrangeiros com foco na literatura africana com seleção de títulos marginais, ou seja, de pouca visibilidade na mídia. O catálogo da editora Kapulana preza pela diversidade e apresenta obras voltadas para literatura infantil, jovens e adultos, assim como memórias, biografias e obras científicas. Com o compromisso de ampliar e apresentar diversas linguagens literárias ao público brasileiro, os escritores, ilustradores e colaboradores da Kapulana são de países como Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Nigéria, Quênia e Zimbábue.

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LANÇAMENTO! Em 18 de abril, Editora Kapulana lança no Brasil PRETA E MULHER, da escritora e ativista do Zimbábue – Tsitsi Dangarembga

Livro da escritora zimbabuana é um conjunto de ensaios sobre a colonização inglesa no Zimbábue e os efeitos devastadores do império britânico sobre os povos africanos.

A Kapulana lançará no Brasil, em 18 de abril, PRETA E MULHER (Black and female), ensaios de autoria da escritora e ativista TSITSI DANGAREMBGA, do país africano Zimbábue.

Em Preta e mulher, Tsitsi Dangarembga mergulha profundamente em questões como racismo, misoginia e patriarcado, que marcaram e marcam a vida das mulheres no Zimbábue, país com histórico colonial violento.

Na “Introdução”, o leitor tem a oportunidade de conhecer parte da história pessoal de Tsitsi, no contexto da história de seu país.

O primeiro ensaio, “Escrever como preta e mulher”,  é dedicado a revelar como a escrita tornou-se um instrumento de análise de sua condição de preta e mulher escritora.

O segundo ensaio, “Preta, mulher e a supermulher feminista preta”, é sobre como a trajetória da sociedade zimbabuana durante o colonialismo determinou o comportamento das mulheres nos espaços públicos e privados.

No último ensaio, “Descolonização como imaginação revolucionária”, a autora defende a necessidade da descolonização mental africana para se alcançar a igualdade discursiva, por um futuro mais justo e sem medo.

Como parte final da obra,  são apresentadas notas bibliográficas de alto valor teórico para os leitores que queiram se aprofundar mais nas questões discutidas nos ensaios.

Preta e mulher, de Tsitsi Dangarembga, com tradução de Carolina Kuhn Facchin, capa de Mariana Fujisawa e projeto gráfico de Daniela Miwa Taira.

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Trechos de PRETA E MULHER:

“Eu nasci, então, em uma sociedade perversa que me enxergava como essencialmente carente de humanidade plena, necessitada, mas nunca capaz, como resultado de ser um corpo preto, de atingir o status completo de humanidade. Este é o ambiente em que cresci. São essas malignidades, seus fundamentos e seus efeitos em minha vida e na vida de outros seres humanos de corpos pretos que traço nesses ensaios.”

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“Aqueles que, como eu, foram feridos pela arrogância da branquitude não mais dizem “Estou machucado” e se automedicam de maneira autodestrutiva, ou agem dentro de nossas comunidades de acordo com uma dor ruinosa, enraivecida e amarga, como essa arrogância exigia. Agora dizemos: “Você me machucou”, palavras que apontam não para a abjeção e a morte que seguem a automutilação implacável, mas para a possibilidade de se afastar daquele que fere e, a partir daí, transformar-se em alguém que aquele que fere não consegue mais desmembrar.”

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“Muito antes de as super-heroínas entrarem na moda, eu já tinha criado a minha. Ela tinha vinte metros de altura. Sua pele era cor de cobre. Ela usava extensões trançadas no cabelo, em um longo rabo de cavalo que descia por suas costas. Minha super-heroína caminhava sobre cabanas e casas. Ela chutava cobras que estavam prestes a morder crianças, puxava gado para fora de ravinas e segurava entre o indicador e o polegar homens cometendo violência contra corpos de mulheres; após o que ela os arremessava para o horizonte. Quem não teria medo dela?”

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“Tinha a sensação de viver fora de mim, não em integração comigo. O trauma causado por essa falha de integração foi tão intenso e tão forte que não consegui me identificar com ele, resultando em um maior distanciamento de mim, de modo que não conseguia me identificar comigo mesma. Eu me sentia como uma sombra que na verdade não existia.”

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“Pessoas melanizadas ainda vagam por pântanos de negatividade, ainda tentam alcançar o princípio que foi removido quando nosso ser foi sugado de nossos corpos pelas forças da colonização. Nosso sofrimento é o equivalente metafísico de um membro fantasma.”

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A autora TSITSI DANGAREMBGAhttps://www.kapulana.com.br/tsitsi-dangarembga/

TSITSI DANGAREMBGA é escritora e cineasta nascida na Rodésia, hoje Zimbábue. Iniciou sua educação na Inglaterra, onde viveu parte da infância, e concluiu o ensino básico em uma escola missionária na cidade de Mutare, Zimbábue. Estudou direção de cinema em Berlim, na Alemanha, onde produziu diversos filmes. Atualmente, Tsitsi Dangarembga vive com a família em Harare, capital do Zimbábue, onde fundou uma produtora de filmes, a Nuyerai Films. Feminista e ativista, é idealizadora e diretora de diversos projetos e programas que dão suporte financeiro e técnico para mulheres que atuam como artistas e cineastas no Zimbábue e na África como um todo. É autora de livros de ficção, para teatro e cinema e de ensaios.

A autora recebeu vários prêmios, com destaque para:

  • 2018 – Nervous conditions (Condições nervosas): Um dos 100 livros que moldaram o mundo (BBC).
  • 2020 – This mournable body (Esse corpo lamentado): 2020 Booker Prize for Fiction (finalista).
  • 2021: Pen Pinter Prize e “Prêmio da Paz na Feira do Livro de Frankfurt” (Peace Prize of the German Book Trade).
  • 2021: Honorary Fellowship of Sidney Sussex College, Cambridge.
  • 2022: Windham-Campbell Literature Prize (fiction).

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A Kapulana também lançou no Brasil a trilogia de ficção de Tsitsi Dangarembga, composta por Condições nervosas, O livro do Não e Esse corpo lamentado.

 

Sobre os livros de Tsitsi Dangarembga publicados pela Kapulana:

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Sobre a Editora Kapulana

Editora voltada para a publicação e divulgação de autores brasileiros e estrangeiros com foco na literatura africana com seleção de títulos marginais, ou seja, de pouca visibilidade na mídia. O catálogo da editora Kapulana preza pela diversidade e apresenta obras voltadas para literatura infantil, jovens e adultos, assim como memórias, biografias e obras científicas. Com o compromisso de ampliar e apresentar diversas linguagens literárias ao público brasileiro, os escritores, ilustradores e colaboradores da Kapulana são de países como Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Nigéria, Quênia e Zimbábue.

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[3 de abril de 2023.]

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MUSEU DA REVOLUÇÃO, de João Paulo Borges Coelho, fica em 2º lugar no Prêmio Oceanos 2022

MUSEU DA REVOLUÇÃO, de João Paulo Borges Coelho, ficou em 2º lugar na  classificação final de 2022 do “Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa”.

O livro Museu da Revolução, do moçambicano João Paulo Borges Coelho, foi classificado entre os três primeiros livros na edição de 2022 do Prêmio Oceanos, sendo o segundo colocado. A cerimônia de premiação teve lugar em Maputo, capital de Moçambique com transmissão simultânea para Brasil e Portugal.

Museu da Revolução é a mais recente obra de João Paulo Borges Coelho, tendo sido publicado no Brasil, no primeiro semestre de 2022, pela Editora Kapulana.

A Kapulana orgulha-se de ter sido a primeira e única editora que trouxe os livros de João Paulo para o Brasil, oferecendo aos leitores brasileiros o acesso à magnífica e importante obra do autor.

Museu da Revolução é o 4º livro de João Paulo Borges Coelho que a Kapulana lança no Brasil. A editora já publicou As visitas do Dr. Valdez (2019), Crônica da Rua 513.2 (2020) e Quatro histórias (2021).

A edição brasileira de Museu da Revolução tem capa de Mariana Fujisawa, e projeto gráfico de Daniela Miwa Taira.

O protagonista de Museu da Revolução, é um país: Moçambique. Nessa obra de ficção, João Paulo Borges Coelho nos mostra personagens diversas que participam da história de Moçambique. Em uma viagem em uma van – um Hiace antigo – várias pessoas se conhecem e percorrem caminhos em Moçambique à procura de sua história e de sua identidade. Nesse retrato contemporâneo do país africano da África Austral, o leitor não só é convidado a participar de uma viagem no tempo desde os tempos da luta de libertação, mas também a fazer um percurso geográfico por vários outros países que se relacionam com Moçambique de diversas formas.

Trecho:
“Por vezes o futuro parece estar mesmo ao alcance da mão, mas eis que um vento inesperado o sopra para diante. Reúnem-se então as forças que descobrimos ainda ter, com o fito de reiniciar a perseguição.”

A obra: MUSEU DA REVOLUÇÃO, do moçambicano JOÃO PAULO BORGES COELHO: https://www.kapulana.com.br/produto/museu-da-revolucao/

O autor JOÃO PAULO BORGES COELHO: https://www.kapulana.com.br/joao-paulo-borges-coelho/

Sobre os vencedores do Prêmio Oceanos de 2022:
https://associacaooceanos.pt/premio-oceanos-2022/

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A Kapulana parabeniza o escritor João Paulo Borges Coelho e agradece por sua gentileza e confiança no trabalho da Kapulana.

A editora agradece a todos que apoiaram e tornaram possível a publicação e a divulgação de MUSEU DA REVOLUÇÃO no Brasil: equipe da Kapulana, equipe do Prêmio Oceanos, DGLAB/Portugal, professores, estudantes, pesquisadores, clubes de leitura, jornalistas e, principalmente, agradece aos  leitores brasileiros que nos acompanham e nos fortalecem com suas leituras e comentários sobre as obras que publica.  

Acompanhe a Kapulana e saiba mais sobre nosso catálogo:

 [São Paulo, 09 de dezembro de 2022.]

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Luís Bernardo Honwana, autor de Nós matamos o Cão Tinhoso!, faz 80 anos de idade

Luís Bernardo Honwana, autor do clássico da literatura moçambicana e mundial, Nós matamos o Cão Tinhoso!, completa em 12 de novembro de 2022, 80 anos de idade.

Luís Bernardo Honwana nasceu em 12 de novembro de 1942, em Chamanculo, subúrbio da cidade de Maputo (Lourenço Marques, no período colonial).

A história da criação e da trajetória de sua obra prima Nós matamos o Cão Tinhoso! faz parte da história de vida de Luís Bernardo Honwana. A coleção de sete contos estreou no jornal A Tribuna, quando autor tinha 22 anos de idade, em momento em que Moçambique estava sob o domínio colonial de Portugal. Teve grande repercussão por serem histórias que ecoavam as vozes das crianças como representantes de todos os oprimidos. Por meio da ficção, vem à tona todo o processo de opressão e autoritarismo do invasor português sobre o povo moçambicano.

Em 1964, Luís Bernardo Honwana é preso pela polícia política portuguesa, a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), permanecendo na prisão por quatro anos, junto com outras personalidades do meio artístico. Nesse mesmo ano, é publicado em forma de livro Nós matamos o Cão Tinhoso!, que é imediatamente recolhido pelo regime, e poucos moçambicanos tiveram a chance de ler essa primeira edição.

Com a independência de Moçambique, em 1975, o livro é finalmente libertado e teve o reconhecimento que merecia. Foram feitas várias edições em Moçambique, em Portugal e em outras partes do mundo. Foram publicadas traduções em países como Alemanha, Costa do Marfim, Cuba, Espanha, França, Inglaterra, Senegal, Suécia, Togo e Zimbábue.

No Brasil, a obra foi publicada pela Editora Ática (1980) e pela Editora Kapulana (2017). A edição da Kapulana faz parte da série “Vozes da África” e inclui o conto do autor “Rosita, até morrer”, de 1971, nunca antes publicado em livro.

Em 2002, Nós matamos o Cão Tinhoso! foi classificado entre os “100 melhores livros africanos do século XX” (Creative Writing), em iniciativa da “Zimbabwe International Book Fair”, com a colaboração de African Publishers Network (APNET), Pan-African Booksellers Association (PABA), associações de escritores africanos, conselhos para o desenvolvimento do livro e associações de bibliotecas.

Ao sair da prisão, Luís Bernardo Honwana continua seus estudos em Portugal e, no retorno à terra natal, participa da vida cultural e política de Moçambique como Diretor do Gabinete da Presidência, Secretário do Estado da Cultura e Ministro da Cultura de Moçambique. Colaborou firmemente para a fundação da AEMO (Associação dos Escritores Moçambicanos). Marcou também sua presença no meio internacional, quando foi Secretário da UNESCO.

Muitas homenagens são dedicadas ao querido escritor. Destacamos aqui um conjunto delas para que nossos leitores possam conhecer um pouco mais da vida e da obra de Luís Bernardo Honwana. Foram organizadas pelo jornalista moçambicano José dos Remédios, e divulgadas na forma de artigos, depoimentos e entrevistas no jornal O País, e no canal televisivo Stv. São textos marcantes sobre a vivência de Luís Bernardo como pessoa, estudante, militante político e escritor; revelam-nos sua infância, juventude, atuação política, experiência linguística e processo de criação literária.

A Kapulana agradece a Luís Bernardo Honwana por nos ter presenteado com livro tão belo, tão sensível e, ao mesmo tempo, tão forte e corajoso. Agradece a generosidade do autor em ceder essa obra prima para publicação no Brasil por nossa casa editorial, possibilitando que mais brasileiros conheçam esses maravilhosos contos.

Conheça um pouco mais sobre a história de vida de Luís Bernardo Honwana:

Saiba mais sobre:

[São Paulo, 11 de novembro de 2022.]

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Sobre a Editora Kapulana

Editora voltada para a publicação e divulgação de autores brasileiros e estrangeiros com foco na literatura africana com seleção de títulos marginais, ou seja, de pouca visibilidade na mídia. O catálogo da editora Kapulana preza pela diversidade e apresenta obras voltadas para literatura infantil, jovens e adultos, assim como memórias, biografias e obras científicas. Com o compromisso de ampliar e apresentar diversas linguagens literárias ao público brasileiro, os escritores, ilustradores e colaboradores da Kapulana são de países como Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Nigéria, Quênia e Zimbábue.

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LANÇAMENTO! Editora Kapulana lança em 20 de novembro no Brasil ESSE CORPO LAMENTADO, da escritora e ativista do Zimbábue – Tsitsi Dangarembga

Livro da escritora do Zimbábue é o último volume da trilogia com a protagonista Tambudzai 

A Kapulana lançará no Brasil, em 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), ESSE CORPO LAMENTADO (This mournable body), de autoria da escritora e ativista do Zimbábue, TSITSI DANGAREMBGA, com tradução de Carolina Kuhn Facchin, capa de Mariana Fujisawa e projeto gráfico de Daniela Miwa Taira.

ESSE CORPO LAMENTADO é o terceiro livro de uma trilogia composta por: Nervous conditions, The book of Not e This mournable body, editados no Brasil pela Kapulana como Condições nervosas (2019), O livro do Não (2022) e, agora, Esse corpo lamentado. A protagonista da trilogia é Tambu (Tambudzai Sigauke), uma adolescente de origem shona, nascida no Zimbábue (antiga Rodésia).

Esse corpo lamentado (This mournable body) foi finalista no “2020 Booker Prize for Fiction”.

Em 2023, a Kapulana lançará o livro de ensaios de Tsitsi Dangarembga: Black and Female.

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A TRILOGIA

Na trilogia, Tsitsi Dangarembga mostra corajosamente os resultados devastadores das ações destruidoras do sistema colonial inglês sobre a cultura e a formação de mulheres como Tambudzai Sigauke. É uma sequência de livros que, além de aproximar o leitor da história de um país pouco conhecido dos leitores brasileiros, emociona ao mostrar a saga de uma personagem sempre em processo de reflexão e luta, da mesma forma que a autora dessa incrível trilogia.

1º volume da trilogia – Condições Nervosas (Nervous conditions) – 11/11/2019

Tsitsi Dangarembga conta como foi a infância de Tambu com seus pais e irmãos em uma aldeia nos arredores de Umtali, na Rodésia, nos anos 60 do século XX, quando o país estava sob domínio britânico. Tambu estudava numa escola missionária na aldeia onde seu tio Babamukuru era o diretor. Depois da Independência, o país passou a se chamar Zimbábue, e a cidade, Mutare.

Condições nervosas (Nervous conditions) foi classificado pela BBC como “Um dos 100 livros que moldaram o mundo”.

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2º volume da trilogia – O livro do Não (The book of Not) – 07/02/2022

Tambu vai estudar na Escola para Moças Sagrado Coração, colégio secundário religioso para alunas da elite branca, um internato que mantinha algumas vagas para alunas negras. Depois de formada, Tambu vai trabalhar como redatora em uma empresa de marketing em Harare (antiga Salisbury), capital do país e passa a morar em um pensionato, também com maioria de residentes brancas. Nesses dois momentos de sua vida, Tambu esforça-se para atingir níveis de excelência, mas sem sucesso por sofrer discriminações de todo o tipo. Além disso, é confrontada com situações em que sua identidade é colocada à prova. A história se passa nos momentos finais da luta de libertação do país até sua independência, em 1980. Tambu, por ser de família negra, e ter estudado em colégio de elite para meninas brancas, passa a questionar os valores com que foi educada e convive com os representantes do país colonizador e também com os que lutam pela independência do país, sua irmã Netsai e seu tio Babamukuru, por exemplo.

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3º volume da trilogia – Esse corpo lamentado (This mournable body) – 20/11/2022

Nesse romance, última parte da trilogia, Tambu (Tambudzai), a protagonista, nascida no Zimbábue, é uma mulher adulta que tenta afirmar-se, depois de terminar os estudos e ter tido uma experiência profissional negativa. Em Harare, capital do país, Tambu esforça-se para atingir a excelência nas suas atividades e alcançar alguma estabilidade financeira e pessoal, mas se depara com questões desafiadoras – marcadas desde a infância e juventude – como a discriminação racial e social e o não reconhecimento de seu esforço.

Memórias, traumas e experiências do passado e a dramática e violenta experiência do presente vêm à tona nessa emocionante obra de ficção, em que Tambu consegue se reconhecer e se reconstruir numa sociedade em que forças políticas e históricas do colonialismo permanecem enraizadas no tecido social do Zimbábue.

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Trechos de ESSE CORPO LAMENTADO

“Você sente como se seu útero estivesse escorrendo entre os ossos de seu quadril e caindo numa poça no chão.”

“A boca dela é um poço. Está puxando você. Você não quer ser sepultada por ela. Baixa os olhos, mas não se afasta porque, por um lado, está cercada pela multidão. Por outro lado, se voltar à solidão, cairá dentro de si mesma, onde não há lugar para se esconder.”

“Você se preocupa que vá começar a considerar acabar com tudo, já que não tem nada pelo que viver: nem casa, nem trabalho, nem laços familiares. Esse pensamento induz um pântano de culpa.”

“Cobras, aquelas sobre as quais sua avó falava quando você era criança e perguntava a ela as coisas que não podia perguntar a sua mãe, as cobras que seguram seu útero dentro de você, abrem suas bocas ao ouvirem falar da guerra. Todo o conteúdo em seu abdômen escorre para o chão, como se as cobras tivessem liberado tudo ao abrirem suas bocas. Seu ventre se transforma em água. Você fica ali parada, sua força aniquilada.”

“As mulheres da guerra são assim, um novo tipo de ser que ninguém conhecia antes, não exatamente homens, mas não mais mulheres.”

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A autora TSITSI DANGAREMBGAhttps://www.kapulana.com.br/tsitsi-dangarembga/

TSITSI DANGAREMBGA é escritora e cineasta nascida na Rodésia, hoje Zimbábue. Iniciou sua educação na Inglaterra, onde viveu parte da infância, e concluiu o ensino básico em uma escola missionária na cidade de Mutare, Zimbábue. Estudou direção de cinema em Berlim, na Alemanha, onde produziu diversos filmes. Atualmente, Tsitsi Dangarembga vive com a família em Harare, capital do Zimbábue, onde fundou uma produtora de filmes, a Nuyerai Films. Feminista e ativista, é idealizadora e diretora de diversos projetos e programas que dão suporte financeiro e técnico para mulheres que atuam como artistas e cineastas no Zimbábue e na África como um todo. É autora de livros de ficção, para teatro e cinema e de ensaios.

Recebeu vários prêmios, com destaque para:

  • 2018 – Nervous conditions (Condições nervosas): Um dos 100 livros que moldaram o mundo (BBC).
  • 2020 – This mournable body (Esse corpo lamentado): 2020 Booker Prize for Fiction (finalista).
  • 2021: Pen Pinter Prize e “Prêmio da Paz na Feira do Livro de Frankfurt” (Peace Prize of the German Book Trade).
  • 2021: Honorary Fellowship of Sidney Sussex College, Cambridge.
  • 2022: Windham-Campbell Literature Prize (fiction).

Sobre os livros de Tsitsi Dangarembga publicados pela Kapulana:

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Sobre a Editora Kapulana

Editora voltada para a publicação e divulgação de autores brasileiros e estrangeiros com foco na literatura africana com seleção de títulos marginais, ou seja, de pouca visibilidade na mídia. O catálogo da editora Kapulana preza pela diversidade e apresenta obras voltadas para literatura infantil, jovens e adultos, assim como memórias, biografias e obras científicas. Com o compromisso de ampliar e apresentar diversas linguagens literárias ao público brasileiro, os escritores, ilustradores e colaboradores da Kapulana são de países como Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Nigéria, Quênia e Zimbábue.

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[Atualizada em 11 de novembro de 2022.]

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MUSEU DA REVOLUÇÃO, de João Paulo Borges Coelho, está entre os finalistas do Prêmio Oceanos 2022

Museu da Revolução, de João Paulo Borges Coelho, está entre os finalistas de 2022, anunciados pelo “Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa”.

O livro MUSEU DA REVOLUÇÃO, do moçambicano João Paulo Borges Coelho, finalista em 2022 do Prêmio Oceanos, foi publicado no Brasil, no primeiro semestre de 2022, pela Editora Kapulana.

A edição brasileira de Museu da Revolução tem capa de Mariana Fujisawa, e projeto gráfico de Daniela Miwa Taira.

O protagonista de Museu da Revolução, é um país: Moçambique. Nessa obra de ficção, João Paulo Borges Coelho nos mostra personagens diversas que participam da história de Moçambique. Em uma viagem em uma van – um Hiace antigo – várias pessoas se conhecem e percorrem caminhos em Moçambique à procura de sua história e de sua identidade. Nesse retrato contemporâneo do país africano da África Austral, o leitor não só é convidado a participar de uma viagem no tempo desde os tempos da luta de libertação, mas também a fazer um percurso geográfico por vários outros países que se relacionam com Moçambique de diversas formas.

Museu da Revolução é o livro mais recente de João Paulo Borges Coelho, lançado originalmente em 2021. A Kapulana é a única editora que publica livros de João Paulo Borges Coelho no Brasil.

Museu da Revolução é o 4º livro de João Paulo Borges Coelho que a Kapulana lança no Brasil. A editora também publicou As visitas do Dr. Valdez (2019), Crônica da Rua 513.2 (2020) e Quatro histórias (2021).

Trecho:

“Por vezes o futuro parece estar mesmo ao alcance da mão, mas eis que um vento inesperado o sopra para diante. Reúnem-se então as forças que descobrimos ainda ter, com o fito de reiniciar a perseguição.”

A obra: MUSEU DA REVOLUÇÃO, do moçambicano JOÃO PAULO BORGES COELHO: https://www.kapulana.com.br/produto/museu-da-revolucao/

O autor JOÃO PAULO BORGES COELHO: https://www.kapulana.com.br/joao-paulo-borges-coelho/

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 [08 de novembro de 2022]

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MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA com descontos na Kapulana

Em Novembro, Mês da Consciência Negra, a Editora Kapulana oferece descontos nos livros de sua loja online

A Kapulana sempre teve a preocupação e a iniciativa em trazer obras de autoria de negros e negras para os leitores brasileiros. 

Nesse sentido, no período de 5 a 20 de novembro de 2022, a Editora Kapulana, como forma de destacar a importância do Mês da Consciência Negra, oferece aos seus leitores desconto de 40% em todos os livros de seu catálogo online. 

O leitor encontra no catálogo da Kapulana livros para crianças e adultos. São obras de ficção, poesia,  memórias, biografias e livros de estudos sobre literatura e cinema.

Escritores e ilustradores dos livros publicados pela Kapulana são de países diversos como Angola, Brasil, Moçambique, Nigéria, Portugal, Quênia e Zimbábue.

Tsitsi Dangarembga
Ungulani Ba Ka Khosa
Akwaeke Emezi
Maria Celestina Fernandes
Mário Medeiros

Venha visitar nosso site e conhecer nossos maravilhosos livros, todos agora em promoção!

[04 de novembro de 2022]

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PEPETELA EM SÃO PAULO! Bate-papo com sessão de autógrafos

PEPETELA participa em São Paulo de bate-papo com sessão de autógrafos na Livraria da Travessa, no bairro de Pinheiros, em novembro próximo.

PEPETELA, consagrado escritor angolano, participa no dia 1º de novembro de 2022, às 19h, de bate-papo com sessão de autógrafos, na Livraria da Travessa, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. A conversa com Pepetela será mediada pelo pesquisador de literaturas africanas ISSAKA MAÏNASSARA BANO, doutorando em Sociologia pelo IFCH/ Unicamp (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas).

PEPETELA é escritor bastante premiado e autor de vasta obra publicada em Angola e em outros países, como o Brasil. Em 25 de outubro recebe em cerimônia na UFRJ o título de Doutor Honoris Causa, outorgado pela renomada universidade.

PEPETELA é bastante conhecido também por sua militância política e atuação na área de Educação. Participou da Luta de Libertação de Angola e integrou a primeira delegação do MPLA (Movimento Popular pela Libertação de Angola), como Diretor do Departamento de Educação e Cultura e do Departamento de Orientação Política. Após a independência de Angola, foi vice-ministro da Educação, passando depois a lecionar Sociologia na Universidade Agostinho Neto, em Luanda.

PEPETELA é autor de muitos livros, sendo o primeiro As aventuras de Ngunga, de 1973. Durante o evento do dia 1º de novembro de 2022, os leitores poderão conversar com o escritor e receber autógrafos dos livros publicados no Brasil pela Kapulana, da série “Vozes da África”, à venda no local.

Jaime Bunda, o Agente Secreto (2022)

O desejo de Kianda (2021)

Sua Excelência, de corpo presente (2020)

O quase fim do mundo (2019)

O cão e os caluandas (2019)

 

Saiba mais:

O EVENTO:

  • “PEPETELA – Bate-papo com sessão de autógrafos”
  • Mediação: Issaka Maïnassara Bano
  • Quando: 01/11/2022 – 19h
  • Onde: Livraria da Travessa – Pinheiros
  • Rua dos Pinheiros, 513 – São Paulo / SP  – CEP 05422-010
  • Próximo à estação Fradique Coutinho da Linha 4 do Metrô – Linha Amarela

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A Editora Kapulana agradece à equipe da LIVRARIA DA TRAVESSA mais essa oportunidade de participar de evento que reuniu escritor e leitores para a troca de ideias sobre a criação literária. Agradece também a todos e todas que participaram do emocionante encontro.

Algumas fotos do evento:

 

[Atualizada em 28 de outubro de 2022]

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Kapulana lança obra sobre o CINEMA ANGOLANO

A Editora Kapulana lança mais um livro sobre cinema africano: CineGrafias Angolanas: memórias e reflexões

A Editora Kapulana lançou em 27 de julho de 2022 a obra CineGrafias Angolanas: memórias & reflexões. Trata-se de uma coletânea de ensaios, entrevistas e depoimentos de profissionais do cinema angolano. Foi organizada por Carmen Lucia Tindó Secco (brasileira), Ana Paula Tavares (angolana), Ana Mafalda Leite (portuguesa) e José Octávio Van-Dúnem (angolano).

A  partir do conjunto de textos e fotos, a obra aproxima o leitor da história do cinema angolano, desde seu princípio como cinema documental de guerra pela independência até os dias de hoje. O leitor tem contato com a geração de cineastas que  deu os primeiros passos na cinegrafia do país até os jovens inovadores do século XXI. 

Conheça alguns dos profissionais que marcaram e marcam o cinema angolano retratados na obra:

Sarah Maldoror, Irmãos Henriques, António Ole, Ruy Duarte de Carvalho, Afonso Salgado da Costa, Óscar Gil, Asdrúbal Rebelo, Jorge António, Zézé Gamboa, José Manuel Antunes, Nguxi dos Santos, Maria João Ganga, Pocas Pascoal, Ondjaki, Fradique, Jorge Cohen, Ery Claver, Kamy Lara, Hugo Salvaterra e Tchiloia Lara.

Trecho do livro (Apresentação dos organizadores):

A ideia da publicação de um livro com entrevistas de cineastas, realizadores e produtores de Angola despontou em virtude da constatação de ser ainda pequena a bibliografia acerca do cinema angolano e por inexistir, atualmente, em Angola, uma política cultural voltada para o incentivo e a valorização de produções cinematográficas, como ocorreu nos primeiros tempos da independência angolana.

O leitor tem, ao final, um panorama não só da história do cinema de Angola como também uma representação crítica, em linguagem cinematográfica, da  história do povo angolano.

CineGrafias angolanas: memórias & reflexões é a mais recente obra da série Ciências & Artes da Editora Kapulana, com foco no cinema desenvolvido na África. A Kapulana também publicou:

Mais dados sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/cinegrafias-angolanas-memorias-reflexoes/

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[27 de julho de 2022]

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Mês do Orgulho LGBTQIA+ : descontos na loja da Editora Kapulana!

No mês de junho, a Kapulana oferece ao leitor brasileiro desconto em 4 obras de seu catálogo relacionadas à temática LGTQIA+

Em Junho de 2022, mês dedicado ao Orgulho LGBTQIA+, a Kapulana oferece desconto de 50% em 4 livros de seu catálogo. São obras de ficção e de memórias de alta qualidade, de diferentes países que, além de proporcionarem uma leitura prazerosa, levam o leitor a refletir sobre questões relacionadas à diversidade e ao direito de todes à sua cidadania plena.

Os livros em destaque para este importante mês são:

Água Doce e Pet (de Akwaeke Emezi), Um dia vou escrever sobre este lugar (de Binyavanga Wainaina) e Ovelha Colorida (de Carolina Portella).

Conheça um pouco sobre cada um e boas leituras!

Água Doce, de Akwaeke Emezi (Nigéria)

Pet, de Akwaeke Emezi (Nigéria)

Um dia vou escrever sobre este lugar, memórias de Binyavanga Wainaina (Quênia)

 

Ovelha Colorida, de Carolina Portella (Brasil)

Acompanhe a Kapulana e saiba mais sobre nosso catálogo:

 [junho de 2022]

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Editora Kapulana anuncia os próximos lançamentos de 2022! De ANGOLA e MOÇAMBIQUE

Em maio de 2022, a Kapulana oferece ao leitor brasileiro três obras de escritores de ANGOLA e MOÇAMBIQUE – Pepetela, Lucílio Manjate e João Paulo Borges Coelho

Em maio de 2022, durante a IV Feira do Livro da Unesp, a Editora Kapulana lançará 3 livros de escritores africanos de língua portuguesa, todos da série “Vozes da África”:

  • RABHIA, do moçambicano LUCÍLIO MANJATE
  • JAIME BUNDA, AGENTE SECRETO, do angolano PEPETELA
  • MUSEU DA REVOLUÇÃO, do moçambicano JOÃO PAULO BORGES COELHO

[1] RABHIA, DO MOÇAMBICANO LUCÍLIO MANJATE: https://www.kapulana.com.br/produto/rabhia/

A história começa com a descoberta do corpo de Rabhia, uma prostituta. Quem vai investigar o crime é Sthoe, detetive excêntrico que já atuou em outros livros de Lucílio Manjate. A trama parece simples, comum, semelhante à maior parte das histórias policiais. No entanto, somente a partir dos relatos de testemunhas e investigadores, é que o retrato de Rabhia é construído, ao mesmo tempo que o da cidade de Maputo, capital de Moçambique.

Rabhia é o 3º livro de Lucílio Manjate que a Kapulana lança no Brasil. A editora publicou O jovem caçador e a velha dentuça (2016) e A triste história de Barcolino, o homem que não sabia morrer (2017). Rabhia recebeu o “Prémio Literário Eduardo Costley-White”, em 2017.

Trecho:

“Nesse dia, o sal, o açúcar e o carvão foram esquecidos, o comboio chegou sem sobressaltos. Nunca se ouvira madrugada mais silenciosa no bairro, sem as ordens das balas na mira dos saqueadores. Desta vez, as ordens eram tacitamente outras, espalhar a notícia: a prostituta mais amada e odiada do Bairro Luís Cabral morreu.”

O autor Lucílio Manjate: https://www.kapulana.com.br/lucilio-manjate/

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[2] JAIME BUNDA, AGENTE SECRETO, do angolano PEPETELA: https://www.kapulana.com.br/produto/jaime-bunda-agente-secreto/

Jaime Bunda é membro de uma família tradicional angolana que sempre quis ser detetive. Consegue, por influência de um parente bem relacionado no governo, a vaga de estagiário nos serviços secretos de Angola. Inicialmente não tem muito sucesso na função pelo fato dos colegas não o levarem a sério, não só por ser novato, mas por suas características anatômicas avantajadas. Com o uso de métodos pouco convencionais e aprendidos em livros policiais americanos, finalmente, tem a oportunidade de mostrar sua capacidade de investigação no caso em que a vítima é uma adolescente. Nesse romance policial satírico, Pepetela, ao mesmo tempo em que nos apresenta Jaime Bunda, o James Bond angolano, com humor fino revela as contradições da sociedade do seu país.

Jaime Bunda, Agente Secreto é o 5º  livro de Pepetela que a Kapulana lança no Brasil. A editora publicou O cão e os caluandas (2019), O quase fim do mundo (2019), Sua Excelência, de corpo presente (2020) e O desejo de Kianda (2021).

Trecho:

“Mas foi numa aula de educação física, mais propriamente de vôlei, que surgiu a alcunha. Às tantas, o professor, irritado com a falta de jeito ou de empenho do aluno, gritou:
— Jaime, salta. Salta com a bunda, porra!
A partir daí, ficou Jaime Bunda para toda a escola.”

O autor PEPETELA: https://www.kapulana.com.br/pepetela/

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 [3] MUSEU DA REVOLUÇÃO, do moçambicano JOÃO PAULO BORGES COELHO: https://www.kapulana.com.br/produto/museu-da-revolucao/

O protagonista de Museu da Revolução, é um país: Moçambique. Nessa obra de ficção, João Paulo Borges Coelho nos mostra personagens diversas que participam da história de Moçambique. Em uma viagem em uma van – um Hiace antigo – várias pessoas se conhecem e percorrem caminhos em Moçambique à procura de sua história e de sua identidade. Nesse retrato contemporâneo do país africano da África Austral, o leitor não só é convidado a participar de uma viagem no tempo desde os tempos da luta de libertação, mas também a fazer um percurso geográfico por vários outros países que se relacionam com Moçambique de diversas formas.

Museu da Revolução é o livro mais recente de João Paulo Borges Coelho, lançado originalmente em 2021. É o 4º livro de João Paulo Borges Coelho que a Kapulana lança no Brasil. A editora publicou As visitas do Dr. Valdez (2019), Crônica da Rua 513.2 (2020) e Quatro histórias (2021).

Trecho:

“Por vezes o futuro parece estar mesmo ao alcance da mão, mas eis que um vento inesperado o sopra para diante. Reúnem-se então as forças que descobrimos ainda ter, com o fito de reiniciar a perseguição.”

O autor JOÃO PAULO BORGES COELHO: https://www.kapulana.com.br/joao-paulo-borges-coelho/

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 [04 de abril de 2022]

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Editora Kapulana lança no Brasil 2º livro de Tsitsi Dangarembga – O LIVRO DO NÃO

O livro do Não, da escritora do Zimbábue, Tsitsi Dangarembga, é o 2º da trilogia iniciada com Condições Nervosas

A Kapulana lança em 07 de fevereiro de 2022 O Livro do Não, de autoria da escritora e ativista zimbabuana Tsitsi Dangarembga, com tradução de Carolina Kuhn Facchin.

O livro do Não é o segundo livro de uma trilogia composta por: Nervous conditions, The book of Not e This mournable body. A Kapulana lançou o primeiro volume em 2019 (Condições nervosas) e agora lança o 2º: O livro do Não. O 3º livro já está em processo de tradução.

A protagonista da trilogia é Tambu (Tambudzai Sigauke) uma adolescente de origem shona. No primeiro livro (Condições Nervosas), Tsitsi Dangarembga conta como foi a infância de Tambu com seus pais e irmãos em uma aldeia nos arredores de Umtali, na Rodésia, nos anos 60 do século XX, quando o país estava sob domínio britânico. Depois da Independência, o país passou a se chamar Zimbábue, e a cidade, Mutare. No primeiro livro, Tambu estudava numa escola missionária na aldeia onde seu tio Babamukuru era o diretor. Nesse segundo livro da trilogia, O LIVRO DO NÃO, duas outras fases da vida de Tambu são retratadas: sua vida escolar em um internato para moças, na sua maioria brancas, e o início de sua vida profissional em uma agência de publicidade, após curta experiência como professora.

Após finalizar os estudos primários em sua aldeia natal, Tambu vai estudar na Escola para Moças Sagrado Coração, colégio secundário religioso para alunas da elite branca, um internato que mantinha algumas vagas para alunas negras. Depois de formada, Tambu vai trabalhar como redatora em uma empresa de marketing em Harare (antes Salisbury), capital do país e passa a morar em um pensionato, também com maioria de residentes brancas. Nesses dois momentos de sua vida, Tambu esforça-se para atingir níveis de excelência, mas não tem sucesso por sofrer discriminações de todo o tipo. Além disso, é confrontada com situações em que sua identidade é colocada à prova. A história se passa nos momentos finais da luta de libertação do país até sua independência, em 1980. Tambu, por ser de família negra, e ter estudado em colégio de elite para meninas brancas, passa a questionar os valores com que foi educada, ao mesmo tempo em que convive com os representantes do país colonizador e também com os que lutam pela independência do país, sua irmã Netsai e seu tio Babamukuru, por exemplo.

Tsitsi Dangarembga traz corajosamente à tona os resultados devastadores das ações destruidoras do sistema colonial inglês sobre a cultura e a formação de jovens como Tambudzai Sigauke. É um livro que, além de aproximar o leitor da história de um país pouco conhecido dos leitores brasileiros, emociona ao mostrar a saga de uma personagem sempre em processo de reflexão e luta, da mesma forma que a autora dessa incrível trilogia.

TRECHOS

Mai, nossa mãe, caiu. E não se levantou. Assim, novamente, algo foi exigido de mim. Eu era a menina mais velha, a filha mais velha, agora que dois irmãos estavam mortos. Esperava-se que eu agisse de forma apropriada. Então me levantei do pano Zâmbia estendido na areia que minha mãe tinha me lembrado de trazer, movendo-me lentamente, primeiro engatinhando sobre os joelhos e as mãos como uma velha, e mantendo minha cabeça baixa para invocar a paz que vem com não ver, a paz que eu tinha em tempos de guerra.

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“É horrível, né?” Ela também estava olhando pela janela. “Olha todo o combustível que gastamos apenas tendo medo. Você não tem medo, Tambu? Eu tenho! Como vamos conseguir todas essas coisas? Não vejo a gente chegando lá antes de ficarmos sem combustível.”

TSITSI DANGAREMBGA

Tsitsi Dangarembga é escritora e cineasta nascida na Rodésia, hoje Zimbábue. Iniciou sua educação na Inglaterra, onde viveu parte da infância, e concluiu o ensino básico em uma escola missionária na cidade de Mutare, Zimbábue. Estudou direção de cinema em Berlim, na Alemanha, onde produziu diversos filmes. Atualmente, Tsitsi Dangaremgba vive com a família em Harare, capital do Zimbábue, onde fundou uma produtora de filmes, a Nuyerai Films. Feminista e ativista, é idealizadora e diretora de diversos projetos e programas que dão suporte financeiro e técnico para mulheres que atuam como artistas e cineastas no Zimbábue e na África como um todo. É autora de livros de ficção e para teatro e cinema. Dois deles já publicados pela Kapulana (Condições Nervosas e O livro do Não) e um em processo de edição (This mournable body). Recebeu vários prêmios, os mais recentes em 2021: “2021 Pen Pinter Prize” e “Prêmio da Paz na Feira do Livro de Frankfurt” (Peace Prize of the German Book Trade).

Mais dados sobre o livro e a autora em:

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[19 de janeiro de 2022]

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TSITSI DANGAREMGBA, escritora do Zimbábue, recebe o Prêmio da Paz na Feira do Livro de Frankfurt

Tsitsi Dangarembga, do Zimbábue, autora da Editora Kapulana, recebe o Prêmio da Paz na Feira do Livro de Frankfurt

Tsitsi Dangarembga, escritora e cineasta, feminista e ativista pelos direitos humanos e pela paz, recebeu, em 24 de outubro passado, o prêmio do júri do “German Book Trade” da Alemanha, um dos mais importantes prêmios do país. É primeira mulher negra a receber esse prêmio. 

A Associação dos Editores e Livreiros alemães (German Publishers and Booksellers Association) concede o prêmio à personalidade que mais contribuiu para que a ideia da paz se realizasse. 

O júri referiu que o trabalho de Dangarembga na literatura, no cinema, no teatro e em outras artes, denuncia conflitos sociais e morais que ultrapassam os limites regionais e alcançam a humanidade como um todo e indicam propostas para solucionar o problema da violência.

Em seu discurso, Tsitsi falou do passado colonial de seu país, o Zimbábue, e das formas de opressão e violência que persistem no mundo de hoje. A partir daí, destacou a necessidade de novo olhar global e novas atitudes em prol da paz, colocando o racismo como causa principal da violência, e que deve ser eliminado.

Em sua trilogia literária, Tsitsi conta a história da vida e da luta da jovem protagonista Tambu (Tambudzai). 

Os livros de sua trilogia, traduzidos por Carolina Kuhn Facchin, são os seguintes:

Para conhecer um pouco mais sobre Tsitsi Dangarembga: https://www.kapulana.com.br/tsitsi-dangarembga/

Os leitores brasileiros parabenizam Tsitsi Dangarembga pelo merecido prêmio.

São Paulo, 26 de outubro de 2021.

[Atualizada em 11 de novembro de 2022.]

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Kapulana lança nova obra de literatura nigeriana: PET, de AKWAEKE EMEZI

A Editora Kapulana lança, no Brasil, em outubro, PET, de Akwaeke Emezi, com pré-venda a partir de 29 de setembro, com preço promocional

A Editora Kapulana lança no Brasil, em 21 de outubro de 2021, PET, novo romance de Akwaeke Emezi, da Nigéria, cuja obra já é bastante admirada pelos leitores brasileiros. Pet (2021) é o segundo livro de Akwaeke que a Kapulana publica no Brasil. A editora já publicou Água doce (2019), livro de grande sucesso nacional e internacional.

A capa da edição brasileira de PET é de Mariana Fujisawa e a tradução do inglês para o português é de Carolina Kuhn Facchin.

Leia mais adiante trecho da Nota da Tradutora sobre o uso da neolinguagem, também conhecida como linguagem neutra, utilizada na tradução da obra e adotada pela Kapulana.

AKWAEKE EMEZI

Nasceu em 1987, na Nigéria, em Umuahia, mas cresceu em Aba. Atualmente vive nos Estados Unidos. Identifica-se como Ọgbanje, palavra da cultura Igbo que significa um espírito intruso que nasce em uma forma humana, e que resultaria em uma criança com um terceiro gênero. Traduzindo isto para sua realidade terrena, Akwaeke nasceu em um corpo designado feminino, mas não é mulher, identificando-se como trans/não-binárie. Fez algumas cirurgias para adequar seu corpo – seu receptáculo – para que reflita sua natureza. Em Inglês, usa pronomes neutros para se referir a si mesme. 

Não era mais para haver monstros em Lucille”.  Assim começa a história de Chimia, uma adolescente trans, e seu melhor amigo Redenção. Em Lucille, a história que as crianças aprendem na escola e em casa é que os anjos expulsaram todos os monstros da cidade, e não há nada mais motivo para ter medo. Elas aprendem que lembrar é importante, porque é esquecendo que os monstros voltam. Mas será que lembrar é o mesmo que contar uma história só até certo ponto, recusando outras possibilidades? Porque se não existem mais monstros em Lucille, então por que Pet – um… monstro? Anjo? Monstranjo? – saiu de um quadro pintado pela mãe de Chimia, dizendo que estava ali para caçar um monstro na casa de Redenção? Agora, Chimia e o amigo enfrentam um dilema: como combater monstros se as pessoas não admitem que eles existem? Com seu habitual jeito sensível e direto de olhar para as coisas, Akwaeke Emezi e suas personagens perguntam: quem são os monstros, afinal? E como podemos caçá-los?

Pet é um livro de fantasia que já chama a atenção da mídia literária internacional:

  • Foi incluído na shortlist para o “National Book Awards” em 2019.
  • Foi indicado entre os “100 Melhores livros de Fantasia de todos os tempos”, na Revista Time, por um júri formado pelos principais autores de obras de fantasia. A lista indica as obras de ficção mais engajadas, inventivas e influentes do século IX até hoje: https://time.com/collection/100-best-fantasy-books/

Leia alguns trechos do livro:

Não é a mesma coisa quando monstros se vão. Você só se lembra de sombras, histórias que parecem limitadas às páginas ou telas onde você as lê. Murchas e opacas. Então, sim, as pessoas esquecem. Mas esquecer é perigoso.
É esquecendo que monstros retornam.

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Chimia fez uma cara. Mas Lucille, o prefeito e o conselho e todo mundo que se juntou para destruir monstros, elus eram anjos, não esses aí, ela disse com as mãos.

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Mas alguma coisa devia ter escapado, ter dado errado, porque agora Pet estava ali, ume exterminadore caçando o monstro erva-daninha que havia brotado no jardim reformado que era Lucille, um perigo solto e secreto.

Leia trechos da Nota da Tradutora:

Queride leitore,
Sim, já começamos a nota desse jeito, marcando um aspecto importantíssimo deste livro: o uso de neolinguagem, mais conhecida como “linguagem neutra” – mas, se nada é neutro, muito menos a língua e a linguagem, certo?

[…]

Assim, em Pet utilizei a neolinguagem para me referir a personagens que não têm gênero, ou são não-bináries.
O que isso muda? Como isso impacta o processo de leitura?
Isso nós não podemos dizer, vai depender de cada ume, e de sua disposição a desbravar um novo jeito de se referir às pessoas, e, no caso de Pet, a… monstros? Anjos? Monstranjos?

Para conhecer mais sobre Pet e Akwaeke, acesse:

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[27 de setembro de 2021]

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Kapulana lança nova obra de estudos literários sobre Angola e Moçambique, por CARMEN LUCIA TINDÓ SECCO

A Editora Kapulana lança, em novembro, no Brasil, A magia das letras africanas – Angola e Moçambique: ensaios, de Carmen Lucia Tindó Secco

A Editora Kapulana lança no Brasil, em 03 de novembro de 2021, A magia das letras africanas – Angola e Moçambique: ensaios, de Carmen Lucia Tindó Secco, renomada pesquisadora e professora titular na UFRJ, autora de múltiplos ensaios e livros sobre as literaturas africanas de língua portuguesa.

A magia das letras africanas – Angola e Moçambique, uma coletânea de ensaios sobre a prosa e a poesia de Angola e Moçambique, faz parte da série “Ciências e Artes”, da Editora Kapulana. É uma obra de referência, de leitura imprescindível para aqueles que têm interesse ou curiosidade em conhecer mais profundamente a literatura desses países africanos.

CARMEN LUCIA TINDÓ SECCO

É doutora, professora titular de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ensaísta e pesquisadora do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Cientista do nosso Estado da FAPERJ (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro). Tem artigos e livros publicados desde os anos de 1970, muitos deles publicados pela Editora Kapulana.

Alguns trechos do livro:

Os textos que estudamos – os de poesia e os de prosa – foram engendrados por cosmovisões, pensamentos, imaginações dos autores que, através da elaboração poética da linguagem, conseguiram apreender, criativamente, aspectos culturais e sociais de seus países, sentimentos e emoções de seus povos.

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Duas imagens costumam surgir com frequência: a da Mãe-África idealizada pelos lugares-comuns de uma mítica “africanidade imaginada”, configurada por sons de tambores, danças sensuais, avós contadoras de estórias; e a da África dizimada por doenças, miséria e guerras. […]
Ao focalizarmos obras das literaturas africanas, desejamos mostrar que o encantamento despertado por elas provém, em muitos casos, do grande labor estético que possuem, não podendo, portanto, receberem o rótulo de “literaturas menores”, conforme foram designadas por certos segmentos da crítica literária ocidental.

Mais dados sobre o livro e a autora em:

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[28 de outubro de 2021]

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Editora Kapulana anuncia lançamento de mais um livro de PEPETELA no Brasil: O DESEJO DE KIANDA

A Editora Kapulana lança no Brasil, em setembro, O DESEJO DE KIANDA, de Pepetela, com pré-venda a partir de 16 de agosto

A Editora Kapulana lança no Brasil, em 16 de setembro de 2021, mais um livro de Pepetela – O desejo de Kianda – romance do escritor angolano bastante admirado pelos leitores brasileiros. O desejo de Kianda (2021) é o quarto livro de Pepetela que a Kapulana lança no Brasil. A editora já publicou O cão e os caluandas (2019), O quase fim do mundo (2019) e Sua Excelência, de corpo presente (2020).

O desejo de Kianda foi publicado originalmente em 1995. A ação se desenvolve em 1994, numa Angola marcada por sequelas da guerra civil. O cenário é a cidade de Luanda, em meio ao caos que faz parte da vida de todos. O romance se inicia com o desmoronamento de um prédio no dia do casamento de João Evangelista. Outros desmoronamentos misteriosos se sucedem sem aparente motivo, alterando o ritmo de vida dos habitantes da cidade. Com uma linguagem ao mesmo tempo crítica e irônica, Pepetela nos traz Kianda, espírito que vive em todas as águas – mar, lagos e rios. Kianda é personagem determinante nessa história em que tradições angolanas e atualidade política e econômica são retratadas com maestria e sensibilidade.

Trecho:

“O primeiro prédio desabou pouco depois da partida do cortejo de automóvel levando noivos e convidados para o banquete de casamento de João Evangelista e Carmina Cara de Cu. Foi um acontecimento nacional. Todos os relatos são coincidentes. Não houve explosão, não houve fragores de tijolos contra ferros, apenas uma ligeira musiquinha de tilintares, como quando o vento bate em cortinas feitas de finas placas de vidro. As paredes foram se desfazendo, as mobílias caindo no meio dos estuques e louças sanitárias e as pessoas e os cães, papagaios e gatos, mais as ninhadas de ratos e baratas, tudo numa descida não apressada, até chegarem ao chão.”

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[13 de agosto de 2021]

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NA SEMANA DA CRIANÇA: livros com 30% de desconto na Editora Kapulana

De 9 a 17/10, na loja da Editora Kapulana os livros de autores brasileiros e africanos para crianças estão com 30% desconto!

A Editora Kapulana tem em seu catálogo livros infantis de autores de Angola, Moçambique e Brasil.

A Editora Kapulana tem em seu catálogo livros infantis de autores de Angola, Moçambique e Brasil. Conheça alguns para dar de presente e para sua própria leitura nessa semana da Criança:

de Moçambique:

de Angola

do Brasil

Consulte o link do catálogo das obras infantis publicadas pela Kapulana:

https://www.kapulana.com.br/infantis/

[8 de outubro de 2021]

YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCdg9-g5GiahREhT6Vf6of9g

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20 anos de “SANGUE NEGRO”, da moçambicana NOÉMIA DE SOUSA

Em 2021 completam-se 20 anos do lançamento da primeira edição de Sangue Negro, de Noémia de Sousa, a “Mãe dos poetas moçambicanos”

20 de setembro é uma data a ser destacada em nossos calendários! Foi nesse dia, em 1926, que nasceu Noémia de Sousa, escritora moçambicana, a Mãe dos Poetas Moçambicanos.

Em 20 de setembro de 2001, foi publicada a primeira edição de um dos livros mais importantes da literatura moçambicana – SANGUE NEGRO – coletânea de 46 poemas, escritos entre 1948 e 1951, por Noémia de Sousa (1926-2002). Essa primeira edição, da AEMO (Associação dos Escritores Moçambicanos), foi organizada por renomados pesquisadores – Fátima Mendonça, Francisco Noa e Nelson Saúte – que contribuíram com textos importantes que fazem parte da obra. A capa, de António Sopa, é um ícone da arte africana.

10 anos depois, em 2011, a editora Marimbique, sob a direção de Nelson Saúte, lançou a segunda edição do livro de Noémia de Sousa. Essa edição não só é uma homenagem à escritora, mas um marco na produção editorial de Moçambique.

Em 2016, em novembro, mês da Consciência Negra, a Editora Kapulana publica no Brasil Sangue Negro, cujos poemas já faziam parte do universo dos leitores brasileiros, mesmo não havendo ainda uma edição nacional até aquele momento. Os versos de Noémia de Sousa finalmente aportaram em território brasileiro. Um ano antes vieram pelas mãos do consagrado escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa para a casa da Kapulana.

A edição brasileira traz magnífica capa de Amanda de Azevedo, ilustrações internas inesquecíveis de Mariana Fujisawa, que nos fazem retornar à leitura de cada poema, e cuidadosa coordenação editorial de Rosana M. Weg. Os importantes ensaios da primeira edição, de Fátima Mendonça, Francisco Noa e Nelson Saúte, foram mantidos.

Além disso, a Kapulana recebeu de muitos, generosamente, textos e artes em homenagem a Noémia de Sousa, que fazem parte da edição brasileira. Encontramos aí uma conversa de inestimável valor entre a arte de Noémia de Sousa e a de emocionados amigos, parentes, conhecidos, artistas plásticos, poetas, prosadores, estudiosos, ativistas culturais; mais jovens, mais velhos; brasileiros, moçambicanos, angolanos, portugueses, goeses… A todos, a Kapulana não se cansa de agradecer:

Adelino Timóteo, Aldino Muianga, Ana Mafalda Leite, Calane da Silva, Carmen T. Secco, Clemente Bata, Domi Chirongo, Fátima Mendonça, Francisco Noa, José dos Remédios, José Luandino Vieira, José Luís Cabaço, Lucílio Manjate, Luis Carlos Patraquim, Marcelino Freire, Mariana Fujisawa, Mia Couto, Nazir Ahmed Can, Nelson Saúte, Rita Chaves, Roberto Chichorro, Sílvia Bragança, Suleiman Cassamo, Tânia Tomé, Ungulani Ba Ka Khosa e Virginia (Gina) Soares.

Os poemas de Noémia de Sousa impressionam por sua universalidade e pelo impacto que têm ainda hoje nas vidas de pessoas de várias nacionalidades. Seus versos atravessam mares, ares e terras, e encontram ressonância em todos os cantos do mundo. São lidos ou ouvidos por pequenos grupos, em reuniões familiares, em saraus; em revistas, em antologias e livros didáticos; nas redes sociais e em eventos maiores como nas feiras literárias.

Hoje, a voz de Noémia de Sousa ecoa dramaticamente por sua atualidade, por expressar o sofrimento e a luta contra o racismo, a intolerância e a opressão. Os versos de Noémia, ao mesmo tempo que emocionam por sua beleza, alertam o leitor e o ouvinte para que se mantenham sempre atentos e firmes na luta contra o opressor.

Um pouco da voz de Noémia:

NOSSA VOZ (06/08/1949)

Ao J. Craveirinha

Nossa voz ergueu-se consciente e bárbara
sobre o branco egoísmo dos homens
sobre a indiferença assassina de todos.
Nossa voz molhada das cacimbadas do sertão
nossa voz ardente como o sol das malangas
nossa voz atabaque chamando
nossa voz lança de Maguiguana
nossa voz, irmão,
nossa voz trespassou a atmosfera conformista da cidade

e revolucionou-a
arrastou-a como um ciclone de conhecimento.

E acordou remorsos de olhos amarelos de hiena
e fez escorrer suores frios de condenados
e acendeu luzes de esperança em almas sombrias de desesperados…

Nossa voz, irmão!
nossa voz atabaque chamando.

Nossa voz lua cheia em noite escura de desesperança
nossa voz farol em mar de tempestade
nossa voz limando grades, grades seculares
nossa voz, irmão! nossa voz milhares,
nossa voz milhões de vozes clamando!

Nossa voz gemendo, sacudindo sacas imundas,
nossa voz gorda de miséria,
nossa voz arrastando grilhetas
nossa voz nostálgica de ímpis
nossa voz África
nossa voz cansada da masturbação dos batuques de guerra
nossa voz negra gritando, gritando, gritando!
Nossa voz que descobriu até ao fundo,
lá onde coaxam as rãs,
a amargura imensa, inexprimível, enorme como o mundo,
da simples palavra ESCRAVIDÃO:

Nossa voz gritando sem cessar,
nossa voz apontando caminhos
nossa voz xipalapala
nossa voz atabaque chamando
nossa voz, irmão!
nossa voz milhões de vozes clamando, clamando, clamando!

Para saber mais sobre a obra: https://www.kapulana.com.br/produto/sangue-negro/
Saiba mais sobre a autora: https://www.kapulana.com.br/noemia-de-sousa/

[15 de setembro de 2021]

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Editora Kapulana anuncia lançamento de maio: O BEBÊ É MEU, de Oyinkan Braithwaite

Em 27 de maio de 2021,  a Kapulana lança no Brasil mais um livro da nigeriana Oyinkan Braithwaite.

A Editora Kapulana lançará em 27 de maio, em formato de livro de bolso, O bebê é meu, romance de Oyinkan Braithwaite, jovem escritora nigeriana, autora do Minha irmã, a serial killer, lançamento de sucesso da Kapulana em 2019.

Em O BEBÊ É MEU, da nigeriana Oyinkan Braithwaite o cenário é uma cidade da Nigéria, no período de lockdown durante a pandemia da Covid-19, quando um casal se separa. Ele, Bambi, é expulso do apartamento onde vivia com a namorada Mide, e busca refúgio na casa de seu tio – falecido durante o surto da Covid-19. Surpreende-se ao encontrar a casa habitada: pela viúva do tio, Bidemi, pela ex-amante do tio, Esohe, e por um bebê. O mistério consiste em descobrir, em meio a uma situação de isolamento, quem é a mãe do bebê: Bidemi ou Esohe?

Trechos:

Ficamos lá parados, com as pequenas fontes de luz iluminando nossas expressões vazias. Eu estava tentado a apagar minha vela, para caso minha cara dedurasse o que eu estava pensando. Ver Esohe aqui, quando minha tia também estava em casa, era bizarro. Tinha várias perguntas que eu queria fazer, mas não podia perguntar nada sem revelar meu segredo. E eu não queria ser expulso de duas casas no mesmo dia.

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“Mas não vi nenhum policial e nenhum outro carro na rua. Era só uma da manhã, mas mesmo assim… estávamos em Lagos! Abuja pode ser a capital, mas é em Lagos que todo mundo quer estar – a cidade está transbordando com vinte milhões de habitantes. Então foi estranho passar pela Rodovia Alexander e não ver quase nenhum veículo. É difícil imaginar que algum dia a vida vai voltar a ser o que era.”

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[15 de abril de 2021]

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Revista da Faculdade de Letras da UFRJ publica artigos sobre livros da Kapulana

Revista Metamorfoses, da Faculdade de Letras da UFRJ publica artigos sobre livros da Kapulana

A Revista Metamorfoses – Revista de Estudos Literários Luso Afro-brasileiros da Cátedra Jorge de Sena da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresenta em seu v. 17, n. 1 (2020), artigos de pesquisadores sobre livros de literatura e cinema de Moçambique publicados pela Editora Kapulana no Brasil, a saber:

Na seção “LER E DEPOIS”:

  • Resenha por Guilherme Rezende Machado sobre o livro:
    CineGrafias Moçambicanas: memórias & crônicas & ensaios, organizado por Carmen L. T. Secco, Ana Mafalda Leite e Luís Carlos Patraquim
  • “Lúcidos ensaios sobre a literatura moçambicana contemporânea”, por Tania Celestino Macedo, sobre o livro:
    O campo literário moçambicano. Tradução do espaço e formas de insílio, de Nazir Ahmed Can

Na seção “LITERATURAS AFRICANAS”:

  • “Ungulani Ba Ka Khosa e o fim dos mundos em Orgia dos loucos”, por Eliel Januario de Morais, sobre o livro:
    Orgia dos loucos, de Ungulani Ba Ka Khosa

 
Para ler os ensaios da revista:

https://revistas.ufrj.br/index.php/metamorfoses/issue/view/1718/showToc

 
Para conhecer mais sobre os livros da Kapulana e seus autores:

CineGrafias Moçambicanas: memórias & crônicas & ensaios, org. por Carmen L. Tindó, Ana Mafalda Leite e Luís Carlos Patraquim: https://www.kapulana.com.br/produto/cinegrafias-mocambicanas-memorias-cronicas-ensaios/

O campo literário moçambicano. Tradução do espaço e formas de insílio, de Nazir A. Can: https://www.kapulana.com.br/produto/o-campo-literario-mocambicano/

Orgia dos loucos, de Ungulani Ba Ka Khosa: https://www.kapulana.com.br/produto/orgia-dos-loucos/

São Paulo, 7 de junho de 2021.

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Pepetela recebe o título de “Doutor Honoris Causa”, pela UFRJ

Em 13 de maio de 2021,  a UFRJ concedeu ao escritor angolano Pepetela o título de  “Doutor Honoris Causa”

PEPETELA, Artur Carlos Maurício Pestana, renomado escritor angolano, recebeu do Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Consuni/UFRJ), por unanimidade e sob aclamação, o título de “Doutor Honoris Causa”.

O escritor é conhecido por sua militância política e atuação na área de Educação. Participou da Luta de Libertação de Angola e integrou a primeira delegação do MPLA (Movimento Popular pela Libertação de Angola), como Diretor do Departamento de Educação e Cultura e do Departamento de Orientação Política. Após a independência de Angola, foi vice-ministro da Educação, passando depois a lecionar Sociologia na Universidade Agostinho Neto, em Luanda.

Pepetela é escritor bastante premiado e autor de vasta obra publicada em Angola e em outros países, como o Brasil.  A Kapulana publicou três livros do autor no Brasil, e vai lançar mais um em 2021. São eles:

  • O cão e os caluandas (2019)
  • O quase fim do mundo (2019)
  • Sua Excelência, de corpo presente (2020)
  • O desejo de Kianda (2021, em edição)

Os leitores brasileiros parabenizam Pepetela pelo merecido prêmio.

Para conhecer um pouco mais sobre Pepetela e sua obra, acesse: https://www.kapulana.com.br/pepetela/

São Paulo, 16 de maio de 2021.

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Editora Kapulana anuncia lançamento de abril: A BOCA DO MURO, de Bruno Honorato

A Editora Kapulana anuncia livro inédito do brasileiro Bruno Honorato!

Em 22 de abril de 2021,  a Kapulana lança o premiado livro do brasileiro Bruno Honorato, A BOCA DO MURO, vencedor, na categoria Romance, do concurso Seja Nosso Autor-2019, promovido pela Kapulana.

Bruno Honorato conta a história de quatro amigos: Gordo, Negazul, Nina e Bonito, que formam um grupo de pixadores, os ALKIMISTAS. Cada um deles faz um pixo: GRAJAUEX, NOITE, ANGÚSTIA e BONITO.

Ao longo da leitura, as histórias de cada uma das personagens e da amizade do grupo são aprofundadas, assim como as reflexões sobre questões sociais e políticas que envolvem o pixo e a ocupação da cidade. O pano de fundo é a arte de rua paulistana e a vida na periferia de São Paulo. Na primeira parte da história, os ALKIMISTAS apanham da cidade, literal e metaforicamente, até que um acontecimento fantástico muda de forma surpreendente o rumo da narrativa.

Trechos:

“A noite feia e fria, e o dia inteiro aquele chove-não-molha. Pelo menos a garoa tinha parado. Umas dez e pouca da noite, muita nuvem e a lua quase sumindo, só aquele traço pálido que aparecia de vez em nunca. Eles vão trocando ideia, caminhando devagar. Os ALKIMISTAS estão chegando. Mais perto agora. Os ALKIMISTAS chegaram.”

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“A parede era comprida e cercava um terreno baldio. Numa ponta tinha uma guarita abandonada e na outra um poste de luz. O muro branco, para escrever o que quiser. Puta de um achado. E Gordo se achando, claro. É ou não é? Falei para vocês!”

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[atualizada: 15 de abril de 2021]

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Editora Kapulana anuncia o 1o. lançamento de 2021! de João Paulo Borges Coelho

O primeiro livro de 2021 da Editora Kapulana é do moçambicano João Paulo Borges Coelho: QUATRO HISTÓRIAS

Em 12 de fevereiro de 2021, a Editora Kapulana lança – em formato de livro de bolso – o novo livro do moçambicano João Paulo Borges Coelho: QUATRO HISTÓRIAS.

Nesse conjunto de quatro contos, João Paulo Borges Coelho conduz o leitor por caminhos, tempos e situações diversas. Ora estamos no Congo, ora em Moçambique, ora na China. A história da África, particularmente de Moçambique, aparece nesse cenário desde os inícios do século XIX. São histórias que emocionam por destacar personagens exploradas, sofredoras e resistentes.

É o terceiro livro do autor que a Kapulana publica no Brasil. Os anteriores são os romances As visitas do Dr. Valdez (2019) e Crônica da Rua 513.2 (2020).

Trechos de QUATRO HISTÓRIAS, de João Paulo Borges Coelho 

“A chegada dos captores à aldeia em Bukavu, nos confins do interior congolês, surgindo do nada como feras rapaces, ávidas de tudo quanto mexia. A fuga precipitada do povo pelo mato fora, ela puxada por um braço pela mãe apavorada, esta caindo trespassada por uma comprida lança para que aprendesse a não fugir, última e escusada lição. E a rapariga ficando ali a segurar a mão de um cadáver trespassado e inútil, até que chegou o árabe com um olho de cada cor – Ahmed lhe chamavam – […]” (Conto: “Maria Ernestina e as quatro senhoras”)

“A princípio, a coisa não me pareceu problemática. Tratava-se apenas de seguir a pista dos roubos e identificar autores, chineses ou não. Afinal, tínhamos a chamada lei do nosso lado. Todavia, à medida que a investigação prosseguia foi ficando evidente que, além da carne para canhão e dos chineses propriamente ditos, havia também peixe graúdo, se me faço entender. Autoridades. Gente que não me fica bem nomear […].” (Conto: “Pau Macau”)

Conheça um pouco mais sobre o livro e seu autor:

https://www.kapulana.com.br/produto/quatro-historias/ 

JOÃO PAULO BORGES COELHO

 

[10 de fevereiro de 2021]

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‘Sua Excelência, de corpo presente’, de Pepetela, ganha novo prêmio!

Pepetela foi vencedor do “Prémio  Literário dstangola/Camões”, com seu mais recente romance “Sua Excelência, de corpo presente”

A Editora Kapulana publicou o livro no Brasil em dezembro de 2020, com lançamento na Flipelô, Festa  Literária Internacional do Pelourinho, em Salvador, Bahia.

Neste romance do angolano PEPETELA, o protagonista, narrador da história, é um ditador africano morto, deitado em seu caixão. Durante seu próprio velório, ele vê, ouve e observa os que estão ali para se despedir dele. Passa, então a recordar as histórias vividas com os presentes – familiares, amigos, auxiliares, membros de governos dentre outros. Com suas memórias, a personagem revela a estrutura do poder político, o nepotismo, os abusos, as estratégias e ações de um regime ditatorial. Mesmo morto, o ditador não deixa de tentar controlar a sua sucessão através do seu espião-de-um-olho-só, que lhe é tão fiel na morte como era em vida. A obra surpreende por sua atualidade e universalidade.

Pepetela demonstra, como sempre, estar atento às situações de injustiça, opressão e abuso de poder que poderiam ter ocorrido em qualquer região do mundo em qualquer época. Por meio da ficção, com uma linguagem literária mordaz e, muitas vezes, irônica, Pepetela conduz o leitor ao submundo do poder opressivo.

O prêmio literário “dstangola/Camões” é uma iniciativa do dstgroup em parceria com o “Instituto Camões”, e visa distinguir, anualmente e de forma alternada, livros editados em poesia e prosa de artistas angolanos.

Além desse mais recente prêmio, de 2021, o livro foi o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa do Correntes d’Escritas 2020 e finalista do Prêmio Oceanos 2019. É o terceiro livro de Pepetela que a editora Kapulana publicou no Brasil. Em 2019 publicou O cão e os caluandas e O quase fim do mundo.

Leia um trecho:

            Estou morto.
            Estou morto, de olhos cerrados, mas percebo tudo (ou quase) do que acontece à minha volta. Sei, estou deitado dentro de um caixão, num salão cheio de flores, as quais, em vida, me fariam espirrar. As pessoas não sabem que flores de velório cheiram mal? Sabem, mas a tradição é mais forte e velório sem flores é para pobre.
            Ora, não somos pobres, dominamos uma nação.
            Estou morto, no entanto posso escutar, entender os dizeres, mesmo os sussurros e, em alguns casos, adivinhar pensamentos.

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Saiba mais sobre o escritor Pepetela: https://www.kapulana.com.br/pepetela/

Saiba mais sobre o livro: 
livro físico: https://www.kapulana.com.br/produto/sua-excelencia-de-corpo-presente/
e-book: https://www.kapulana.com.br/catalogo-de-ebooks/ 

[19 de março de 2021]

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José dos Remédios, jornalista moçambicano, publica seu primeiro livro

O primeiro livro do jornalista e ensaísta José dos Remédios, O HORIZONTE E A ESCRITA, sai sob chancela da editora Fundza, de Moçambique.

O horizonte e a escrita, de autoria de José dos Remédios, resulta de um estudo realizado sobre oito romances do escritor Adelino Timóteo, que, em 21 anos de carreira, publicou 19 títulos, sendo nove romances, sete livros de poesia, dois estudos e um livro infantojuvenil.  A Editora Kapulana publicou no Brasil dois livros de Adelino Timóteo: Cemitério dos pássaros (romance) e Na aldeia dos crocodilos (infantojuvenil).

O interesse pela realização e publicação deste ensaio, segundo José dos Remédios, decorre, primeiro, da carência de estudos sobre os autores pertencentes à geração que começa a publicar por volta do início da década de 2000, e, segundo, da necessidade de eternizar pelo menos os mais importantes criadores dessa geração.

“Um dos mecanismos a ter em consideração é a recensão literária, por via da qual se criam condições para que o espólio desses mesmos criadores não fique desvalorizado”, lê-se na introdução do livro do autor.

O lançamento do primeiro livro de José dos Remédios marca o início das celebrações dos cinco anos da existência da editora Fundza, sediada na cidade da Beira, em Moçambique. O livro, patrocinado pelo BNI, está em pré-venda desde 9 de Fevereiro.

José dos Remédios nasceu a 1 de Agosto de 1987. Tem uma formação no ensino e uma licenciatura em Literatura Moçambicana. É jornalista e ensaísta. Possui inúmeros ensaios publicados na imprensa nacional e no Brasil. Atua como assessor na organização de festivais e feiras de livro. Publicou o artigo “Noémia: a poesia do mundo”. É co-fundador da editora “Kuvaninga Cartão d’Arte” e colabora com várias outras editoras (nacionais e estrangeiras) na edição de textos e/ou na promoção da literatura moçambicana. Como jornalista, escreveu vários roteiros de vídeos em homenagem a personalidades como Marcelino dos Santos, Ungulani Ba Ka Khosa, Dom Dinis Sengulane, Mia Couto e Paulina Chiziane. Foi roteirista, técnico de som e fotógrafo do documentário “Maputo, a doropa“.

José dos Remédios é antigo colaborador da Editora Kapulana com vários artigos publicados sobre os livros do catálogo da editora: https://www.kapulana.com.br/jose-dos-remedios/

Adelino Timóteo, objeto dos ensaios do livro de José dos Remédios, tem dois livros publicados no Brasil pela Editora Kapulana: https://www.kapulana.com.br/adelino-timoteo/

[9 de fevereiro de 2021]

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Editora Kapulana anuncia os primeiros lançamentos de 2021! De João Paulo Borges Coelho e Bruno Honorato

No primeiro semestre de 2021, a Kapulana oferece ao leitor brasileiro novo livro do moçambicano João Paulo Borges Coelho e livro inédito do brasileiro Bruno Honorato

Em 12 de fevereiro de 2021, a Editora Kapulana lança – em formato de livro de bolso – o novo livro do moçambicano João Paulo Borges Coelho: QUATRO HISTÓRIAS. 

QUATRO HISTÓRIAS, de João Paulo Borges Coelho  

Nesse conjunto de quatro contos, João Paulo Borges Coelho conduz o leitor por caminhos, tempos e situações diversas. Ora estamos no Congo, ora em Moçambique, ora na China. A história da África, particularmente de Moçambique, aparece nesse cenário desde os inícios do século XIX. São histórias que emocionam por destacar personagens exploradas, sofredoras e resistentes.

É o terceiro livro do autor que a Kapulana publica no Brasil. Os anteriores são os romances  As visitas do Dr. ValdezCrônica da Rua 513.2.

Trechos de QUATRO HISTÓRIAS

“A chegada dos captores à aldeia em Bukavu, nos confins do interior congolês, surgindo do nada como feras rapaces, ávidas de tudo quanto mexia. A fuga precipitada do povo pelo mato fora, ela puxada por um braço pela mãe apavorada, esta caindo trespassada por uma comprida lança para que aprendesse a não fugir, última e escusada lição. E a rapariga ficando ali a segurar a mão de um cadáver trespassado e inútil, até que chegou o árabe com um olho de cada cor – Ahmed lhe chamavam – […]” (Conto: “Maria Ernestina e as quatro senhoras”)

“A princípio, a coisa não me pareceu problemática. Tratava-se apenas de seguir a pista dos roubos e identificar autores, chineses ou não. Afinal, tínhamos a chamada lei do nosso lado. Todavia, à medida que a investigação prosseguia foi ficando evidente que, além da carne para canhão e dos chineses propriamente ditos, havia também peixe graúdo, se me faço entender. Autoridades. Gente que não me fica bem nomear […].” (Conto: “Pau Macau”)

Conheça um pouco mais sobre o livro e seu autor:

https://www.kapulana.com.br/produto/quatro-historias/ 

JOÃO PAULO BORGES COELHO

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Ainda no primeiro semestre de 2021, em abril,  a Kapulana lança o premiado livro do brasileiro Bruno Honorato, A BOCA DO MURO, Vencedor, na categoria Romance, do concurso Seja Nosso Autor-2019, da Kapulana.

A BOCA DO MURO, de Bruno Honorato: 

Bruno Honorato conta a história de quatro amigos: Gordo, Negazul, Nina e Bonito, que formam um grupo de pixadores, os ALKIMISTAS. Cada um deles faz um pixo: GRAJAUEX, NOITE, ANGÚSTIA e BONITO.

Ao longo da leitura, as histórias de cada uma das personagens e da amizade do grupo são aprofundadas, assim como as reflexões sobre questões sociais e políticas que envolvem o pixo e a ocupação da cidade. O pano de fundo é a arte de rua paulistana e a vida na periferia de São Paulo. Na primeira parte da história, os ALKIMISTAS apanham da cidade, literal e metaforicamente, até que um acontecimento fantástico muda de forma surpreendente o rumo da narrativa.

Conheça um pouco mais sobre o livro e sobre o autor:

https://www.kapulana.com.br/produto/a-boca-do-muro/ 

BRUNO HONORATO

 

[atualizada: 09 de fevereiro de 2021]

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Neste final de ano, a Editora Kapulana presenteia o leitor brasileiro com três incríveis lançamentos!

Em novembro e dezembro de 2020, a Kapulana presenteia o leitor brasileiro com a publicação de três livros de alta qualidade de três países diferentes: Brasil, Angola e Nigéria

A Editora Kapulana lançou em novembro um livro de memórias do nigeriano WOLE SOYINKA e um de contos do brasileiro MÁRIO MEDEIROS. Em dezembro, no dia 12, lançará na Flipelô, mais um livro – o terceiro – do angolano PEPETELA. 

AKÉ: OS ANOS DE INFÂNCIA, de Wole Soyinka: Um dos 12 melhores livros africanos do século XX (ASC Library).

É a história da infância do autor no oeste da Nigéria, antes e durante a Segunda Guerra Mundial. É um emocionante livro de memórias considerado clássico no gênero. Transcende o relato lírico de vivência do autor quando criança pois acaba por revelar a cultura de um povo. Uma atenção especial é dada pelo autor nigeriano, de origem Iorubá, às expressões da cultura local, como as canções, comidas, bebidas, vestuário e religião, em um país colonizado pelos ingleses.

Conheça um pouco mais sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/ake-os-anos-de-infancia/

NUMA ESQUINA DO MUNDO, contos, de Mário Medeiros: na categoria Conto, foi Vencedor do concurso Seja Nosso Autor-2019, da Kapulana, e Finalista do Prêmio Jabuti 2020.

É um conjunto de 12 contos escritos pelo brasileiro MÁRIO MEDEIROS. Compostos com enorme força narrativa, os contos abrem um leque extremamente diverso de histórias com protagonistas negros em ambientes urbanos, passando da infância à velhice e à morte, do trem ao escritório, das ruas de São Paulo a uma esquina em Paris. A humanidade, mostrada na obra a partir de sua capacidade de agir, reagir e refletir, é afinal o que une um trabalhador no escritório, empinadores de pipas, um sindicalista morto, uma garota que não vende balas no semáforo quando chove e tantos outros que permeiam os contos. 

Conheça um pouco mais sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/numa-esquina-do-mundo/

SUA EXCELÊNCIA, DE CORPO PRESENTE, de Pepetela: Vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa do Correntes d’Escritas 2020.

Neste romance do angolano PEPETELA, o protagonista, narrador da história, é um ditador africano morto, deitado em seu caixão. Com suas memórias, a personagem revela a estrutura do poder político, o nepotismo, os abusos, as estratégias e ações de um regime ditatorial. Mesmo morto, o ditador não deixa de tentar controlar a sua sucessão através do seu espião-de-um-olho-só, que lhe é tão fiel na morte como era em vida.  Pepetela demonstra, como sempre, estar atento às situações de injustiça, opressão e abuso de poder que poderiam ter ocorrido em qualquer região do mundo em qualquer época. A obra surpreende por sua atualidade e universalidade.

Conheça mais sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/sua-excelencia-de-corpo-presente/    

[8 de dezembro de 2020]

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Editora Kapulana lança no Brasil ‘Sua Excelência, de corpo presente’, de Pepetela – agora na versão impressa

A Kapulana publica no Brasil o mais novo romance de Pepetela – um retrato dos regimes ditatoriais de qualquer tempo e lugar

A Editora Kapulana lança no Brasil a versão impressa do premiado romance de Pepetela – Sua Excelência, de corpo presente. O livro foi lançado inicialmente em versão de e-book e agora chega na versão impressa por ocasião da participação do autor na Flipelô (Festa Literária Internacional do Pelourinho),  em dezembro de 2020, quando o escritor participará de um bate-papo virtual.

Neste romance do angolano PEPETELA, o protagonista, narrador da história, é um ditador africano morto, deitado em seu caixão. Durante seu próprio velório, ele vê, ouve e observa os que estão ali para se despedir dele. Passa, então a recordar as histórias vividas com os presentes – familiares, amigos, auxiliares, membros de governos dentre outros. Com suas memórias, a personagem revela a estrutura do poder político, o nepotismo, os abusos, as estratégias e ações de um regime ditatorial. Mesmo morto, o ditador não deixa de tentar controlar a sua sucessão através do seu espião-de-um-olho-só, que lhe é tão fiel na morte como era em vida. A obra surpreende por sua atualidade e universalidade.

Pepetela demonstra, como sempre, estar atento às situações de injustiça, opressão e abuso de poder que poderiam ter ocorrido em qualquer região do mundo em qualquer época. Por meio da ficção, com uma linguagem literária mordaz e, muitas vezes, irônica, Pepetela conduz o leitor ao submundo do poder opressivo.

O livro foi o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa do Correntes d’Escritas 2020 e finalista do Prêmio Oceanos 2019. É o terceiro livro de Pepetela que a editora Kapulana publica no Brasil. Em 2019 publicou O cão e os caluandas e O quase fim do mundo.

Leia um trecho:

            Estou morto.
            Estou morto, de olhos cerrados, mas percebo tudo (ou quase) do que acontece à minha volta. Sei, estou deitado dentro de um caixão, num salão cheio de flores, as quais, em vida, me fariam espirrar. As pessoas não sabem que flores de velório cheiram mal? Sabem, mas a tradição é mais forte e velório sem flores é para pobre.
            Ora, não somos pobres, dominamos uma nação.
            Estou morto, no entanto posso escutar, entender os dizeres, mesmo os sussurros e, em alguns casos, adivinhar pensamentos.

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Saiba mais sobre o escritor Pepetela: https://www.kapulana.com.br/pepetela/

Saiba mais sobre o livro: 
livro físico: https://www.kapulana.com.br/produto/sua-excelencia-de-corpo-presente/
e-book: https://www.kapulana.com.br/catalogo-de-ebooks/ 

[2 de dezembro de 2020]

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Editora Kapulana lança no Brasil o livro de contos de Mário Medeiros: ‘Numa esquina do mundo’

Livro de contos do escritor brasileiro Mário Medeiros expõe literariamente situações e cenários trágicos de personagens que vivem à margem da sociedade

A Kapulana publica em 19 de novembro de 2020 Numa esquina do mundo, o livro de contos do brasileiro MÁRIO MEDEIROS, ficcionista e pesquisador universitário na área de Sociologia. Tanto seus contos como sua pesquisa acadêmica focam na temática sobre os marginalizados, desfavorecidos e não atendidos pelo sistema social e político brasileiro. O lançamento do livro está marcado para novembro – mês da Consciência Negra.

Numa esquina do mundo, obra vencedora, na categoria Conto, da edição de 2019 do Seja Nosso Autor, da Editora Kapulana, é um conjunto de 12 contos de Mário Medeiros, compostos com enorme força narrativa.

Com escrita precisa e terna, o autor nos revela  a humanidade de personagens marginalizadas em meio à realidade trágica do dia a dia. São histórias com protagonistas negros em ambientes urbanos, passando da infância à velhice e à morte, do trem ao escritório, das ruas de São Paulo a uma esquina em Paris. A humanidade, sem estereótipos, mostrada na obra a partir de sua capacidade de agir, reagir e refletir, é o que une personagens tão diversas como o trabalhador no escritório, empinadores de pipas, o sindicalista morto, a garota que não vende balas no semáforo quando chove e tantos outros.

Leia alguns trechos:

“Aí, tia! Deixa eu subir aí para pegar a pipa? Deixa, tia? Quebra nada não! Porra…! Tia chata do caralho! Sem cerimônia, o palavrão. Sem cerimônia também, um pé no muro, outro no portão, dois tempos em cima do telhado, driblando os cachorros no quintal, movendo a posição da antena, chiado riscando na RV. Puta que pariu! ” [Conto: “O pó da rabiola”]

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“Qual o peso de um homem negro sob o sol? Qual o peso de sua sombra?
O peso de seu passado, do pretérito dos seus? Quanto marca na balança o seu futuro?” [Conto: “Durmo no fundo dos seus olhos”]

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“Agora é a vez de Tiquinho. Vender os doces lá em cima. O negócio é assim. Os Dois lá embaixo, com os vidros. Eu, de um lado, com os paus de fogo e Nadela, do outro, pedindo, vendendo bala ou batendo pau, sem bola de fogo, jogando bola. Lá em cima, Tiquinho, moleque ranhento, não deve de ter nem oito anos. Vende bala. A gente forma uma cruz. Sinal abriu, fechou, um de nós tá sempre em ação. Hoje, Nadela não veio. “Vai chover!”, ela disse. Hoje tem grana a menos. Hoje, Nadela apanha.” [Conto: “Vaga-lume”]

Saiba mais sobre o escritor Mário Medeiros: https://www.kapulana.com.br/mario-medeiros/
Saiba mais sobre o livro:  https://www.kapulana.com.br/produto/numa-esquina-do-mundo/

[07 de novembro de 2020]

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Editora Kapulana lança no Brasil o livro de memórias de Wole Soyinka ‘Aké: os anos de infância’

Wole Soyinka, nascido na Nigéria, foi o primeiro negro africano a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1986, e “Aké: os anos de infância” está classificado entre os “12 melhores livros africanos do século XX”.

A Kapulana, editora voltada para a publicação e divulgação de obras de autores brasileiros e estrangeiros, com destaque para literaturas africanas e foco em temas marginais, lança em novembro de 2020 o livro de memórias do premiado escritor nigeriano WOLE SOYINKA. Trata-se de AKÉ: OS ANOS DE INFÂNCIA, publicado originalmente em 1981. O livro foi classificado entre os “12 melhores livros africanos do século XX” (ASC Library).

Aké: os anos de infância, do nigeriano Wole Soyinka, é uma autobiografia que transcende as biografias tradicionais centradas na pessoa do narrador. Ao relatar seus dias da primeira infância, sempre rodeado de livros, Soyinka nos presenteia com um retrato de época marcado por acontecimentos, conversas, sonhos e preocupações do narrador e de todos os que ele observa ou que com ele convivem. A chegada do rádio e da eletricidade à casa de Wole, a visão do primeiro avião em Aké, a ameaça de Hitler e a luta das mulheres por liberdade são fatos acompanhados das reflexões de uma criança curiosa que chama o pai de “Ensaio” e a mãe de “Cristã Impetuosa”. Uma atenção especial é dada pelo autor nigeriano, de origem Iorubá, às expressões da cultura local, como as canções, comidas, bebidas, vestuário e religião, em um país colonizado pelos ingleses.

Leia alguns trechos:

“Eram essas as bruxas de que nos falavam? Eu nunca tinha visto seios tão achatados, não parecia humano. Mas quando olhei de novo para as bandejas, reconheci cascas e raízes parecidas com as que meu pai comprava e enfiava em garrafas e jarros, onde elas ficavam mergulhadas por dias. Algumas nós tomávamos para certas doenças. Outras nós bebíamos em períodos comunicados misteriosamente aos nossos pais. E havia ainda mais cascas, cultivadas em panelas enormes. […]”

“Todos os avós eram Papa e Mama – e de algum jeito nós falávamos essas palavras em letras maiúsculas. Lá as vigas eram esfumaçadas, despidas do forro de teto usual. Havia objetos nos cantos do telhado, envoltos em folhas, em couro. Alguns não eram muito misteriosos, já que Papa frequentemente remexia esses embrulhos, uns que pareciam cobertos por cem anos de seca. Mas deles não saía nada mais estranho do que nozes-de-cola ou rapé.”

“Eles pareciam conversar em um novo idioma, não que falássemos iorubá com tanta desenvoltura. Ao redor de suas fogueiras no quintal, esse som enchia a noite como uma cantiga esquisita e cúltica, não muito diferente do canto dos ogboni que às vezes chegavam a nossa casa vindas de suas reuniões no Aafin.”

Saiba mais sobre Wole Soyinka: https://www.kapulana.com.br/wole-soyinka/
Saiba mais sobre o livro:  https://www.kapulana.com.br/produto/ake-os-anos-de-infancia/

[28 de setembro de 2020]

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TSITSI DANGAREMBGA é finalista no The Booker Prize 2020

Tsitsi Dangarembga, escritora do Zimbábue, é finalista em prêmio internacional altamente reconhecido.
 
A autora de Condições Nervosas, publicado pela Kapulana no Brasil, é finalista no The Booker Prize 2020 , com o livro This mournable body.
 
O livro finalista faz parte de uma trilogia escrita por Tsitsi Dangarembga, a saber:
 

1988 – Nervous conditions (Condições nervosas. Kapulana, 2019)
2006 – The Book of Not (O livro do Não. Kapulana, 2022)
2018 – This mournable body (Esse corpo lamentado. Kapulana, 2022)

 

[15 de setembro 2020]

 

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Faleceu a escritora SÍLVIA BRAGANÇA (1937-2020)

Sílvia Bragança, poeta, pintora e educadora, nascida em Goa e há muitos anos vivendo em Moçambique, morreu ontem, dia 21 de setembro de 2020.

É com enorme tristeza que a Editora Kapulana noticia o falecimento, aos 83 anos, da artista  e professora Sílvia Bragança, na última segunda-feira (21/9). A Kapulana publicou, em 2015, no Brasil, seu livro infantil Sonho da Lua, em que a autora revela grande sensibilidade no uso da palavra, encantando as crianças. A edição brasileira foi ilustrada pela artista Amanda de Azevedo. Na ocasião da edição do livro, Sílvia acompanhou todo o processo de produção editorial brasileiro, dando opinião sobre o projeto gráfico e as ilustrações que acompanham o texto.

A edição original foi publicada em 2010, em Moçambique, pela Brinduka, e contou com ilustrações da própria Sílvia e de seus sobrinhos Ariel e Luciana Dinis.

A Kapulana sente muito a perda de tão incansável educadora, na certeza que seu legado estará sempre entre nós e entre as crianças.

[22 de setembro de 2020]

Conheça mais  sobre a vida e a obra do autora: https://www.kapulana.com.br/silvia-braganca/

Conheça o livro Sonho da lua: https://www.kapulana.com.br/produto/sonho-da-lua/

 

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Prof. FRANCISCO NOA em webinar sobre Literaturas Africanas de Língua Portuguesa

Palestra do professor moçambicano Francisco Noa – “O poder da representação na literatura colonial: o caso de Moçambique” – ocorrerá em seminário promovido pela Unifesp e pela UAB.

É com grande honra que a Editora Kapulana divulga o evento online (webinar), promovido pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e UAB (Universidade Aberta do Brasil), Literaturas de Língua Portuguesa – Identidades, territórios e deslocamentos: Brasil, Moçambique e Portugal, diferentes olhares, que contará com a presença do renomado intelectual e escritor moçambicano Francisco Noa, no dia 24 de setembro próximo, às 18h, que irá proferir palestra sobre “O poder da representação na literatura colonial: o caso de Moçambique”.

Durante o mês de setembro, a Kapulana disponibilizou os livros de autoria do Prof. Noa com desconto de 30% em sua loja online:

  • Império, mito e miopia: Moçambique como invenção literária
  • Perto do Fragmento, a totalidade
  •  Uns e outros na literatura moçambicana

Loja online da Kapulana: https://www.kapulana.com.br/cientificos-e-periodicos/

Saiba mais sobre Francisco Noahttps://www.kapulana.com.br/francisco-noa/

O eventohttps://www.kapulana.com.br/eventos/webinar-com-prof-francisco-noa/

Inscrições, até 20/09/2020 (somente os inscritos receberão certificados): https://sistemas.unifesp.br/acad/proec-siex/index.php?page=INS&acao=2&code=18572

[15 de setembro 2020]

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EDITORA KAPULANA ANUNCIA O VENCEDOR NA CATEGORIA ‘CONTO’ DO ‘SEJA NOSSO AUTOR’ de 2019

NUMA ESQUINA DO MUNDO, de Mário Medeiros, foi o livro vencedor, na categoria ‘Conto’ da edição de 2019 do ‘Seja Nosso Autor’, seleção de obras literárias promovida anualmente pela editora Kapulana.

A coletânea de 12 contos do brasileiro Mário Medeiros, Numa esquina do mundo,  foi a obra selecionada pela Kapulana da categoria Conto para publicação em 2020.

As inscrições para a edição de 2019 estiveram abertas para obras em prosa de ficção (contos e romances).

Os contos, compostos com enorme força narrativa, abrem um leque extremamente diverso de histórias com protagonistas negros em ambientes urbanos, passando da infância à velhice e à morte, do trem ao escritório, das ruas de São Paulo a uma esquina em Paris.

O brasileiro Mário Medeiros é sociólogo e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É autor de obras científicas e de ficção, com destaque para o gênero Conto.

Na categoria Romance, o vencedor foi Bruno Honorato, com seu romance A boca do muro, a ser editado no primeiro semestre de 2020.

Em breve a Editora Kapulana anunciará o regulamento completo da edição do SEJA NOSSO AUTOR 2020, em seu site: https://www.kapulana.com.br/seja-nosso-autor/

Saiba mais:

sobre o escritor Mário Medeiros.
sobre o livro Numa esquina do mundo.

[17 de fevereiro de 2020.]

 

 

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EDITORA KAPULANA ANUNCIA O VENCEDOR NA CATEGORIA ‘ROMANCE’ DO ‘SEJA NOSSO AUTOR’ de 2019

A BOCA DO MURO, de Bruno Honorato, foi o livro vencedor, na categoria Romance da edição de 2019 do ‘Seja Nosso Autor’, seleção de obras literárias promovida anualmente pela editora Kapulana.

O romance A BOCA DO MURO, de Bruno Honorato, é a obra selecionada pela Kapulana para publicação em 2020. As inscrições para a edição de 2019 estiveram abertas para obras em prosa de ficção (contos e romances).

A boca do muro, primeiro livro do autor, se destaca por trazer à tona a discussão de questões sociais e culturais de moradores marginalizados das grandes cidades. A narrativa acompanha um grupo de quatro amigos pixadores da periferia da cidade de São Paulo, que se denominam ALKIMISTAS. A obra apresenta um toque de literatura fantástica e linguagem forte próxima da oralidade.

O brasileiro Bruno Honorato é tradutor, estudioso de literatura e começou a exercer a arte da ficção há três anos, após ter participado de várias oficinas literárias e cursos de preparação de escritor.

Na categoria Romance, o vencedor foi Mário Medeiros, com seu livro Numa esquina do mundo, a ser editado no primeiro semestre de 2020.

Em breve a Editora Kapulana anunciará o regulamento completo da edição do SEJA NOSSO AUTOR 2020, em seu site: https://www.kapulana.com.br/seja-nosso-autor/

Saiba mais:

sobre o escritor Bruno Honorato.
sobre o livro A boca do muro.

[Atualizada em 17 de fevereiro de 2020.]

 

 

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PEPETELA É FINALISTA DO PRÊMIO OCEANOS e VENCEDOR DO Prémio Literário CASINO DA PÓVOA

PEPETELA, consagrado escritor angolano, foi um dos 10 finalistas no prêmio OCEANOS 2019, e vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa de 2020, com o romance SUA EXCELÊNCIA, DE CORPO PRESENTE, a ser publicado pela Editora Kapulana em 2020. 

Sua Excelência, de corpo presente, publicado pela D. Quixote em 2018, e a ser publicado no Brasil pela Kapulana em 2020, foi obra finalista do Prêmio Oceanos 2019 e vencedora do Prémio Literário Casino da Póvoa, 21a. ed. do Festival Correntes d’Escritas de 2020. Nesse surpreendente romance, o protagonista, narrador, é um ditador africano já morto. Pepetela, a partir das reflexões do defunto, em seu próprio velório, nos apresenta um quadro político e social de um país africano.

Pepetela esteve no Brasil recentemente para lançar o romance O quase fim do mundo, e para divulgar O cão e os caluandas, ambos publicados pela Kapulana em 2019. Participou de várias atividades, como sessões de autógrafos e bate-papos com leitores. Concedeu também entrevistas.

“Aquilo que li, vivi e fui aprendendo influencia, sim. Muito da minha vida está nesses livros.”

PEPETELA (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos) nasceu em Benguela, Angola, em 1941. Estudou em Portugal e depois, por motivos políticos, esteve na França e na Argélia, onde militou na representação do MPLA (Movimento Popular pela Libertação de Angola). Em 1969, vai para Angola e participa ativamente da luta de libertação do país africano. Em Cabinda foi simultaneamente guerrilheiro e responsável no setor da educação, quando adota o nome de guerra Pepetela, adotado depois como pseudônimo literário. Em 1972, foi transferido para a Frente Leste de Angola, onde desempenhou a mesma atividade até ao acordo de paz de 1974 com o governo português. Seu primeiro livro, As aventuras de Ngunga, foi escrito em 1973, durante a guerrilha. Após a independência do país, exerceu cargos no governo, na área de educação, tendo sido vice-ministro de Educação.

De 1973 até agora não parou de escrever obras de ficção, muitas delas premiadas.

Para saber um pouco mais sobre o autor e seus livros, veja:
https://www.kapulana.com.br/pepetela/

[Atualizada em 02 de abril de 2020.]

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KAPULANA LANÇA LIVRO INFANTOJUVENIL DE MARCELO JUCÁ, ILUSTRADO POR RAQUEL MATSUSHITA

No sábado 19 de outubro a Editora Kapulana fez o lançamento da obra infantojuvenil, O que pegamos emprestado dos outros, de autoria do jovem e reconhecido escritor brasileiro MARCELO JUCÁ e com ilustrações da premiada designer e ilustradora RAQUEL MATSUSHITA.

O evento de lançamento, que ocorreu no auditório da Biblioteca Alceu Amoroso Lima, na região de Pinheiros, em São Paulo, contou com um bate-papo com mediação de Paula Fábrio, escritora premiada, pesquisadora e jurada do de vários editais de projetos de obras. Frente a uma plateia interessada formada por adultos e crianças, os participantes conversaram sobre o enredo, construção de personagens, cenas e processo de ilustração da obra.

Marcelo expôs o processo de elaboração do livro, desde o primeiro rascunho até a impressão da obra, passando por adaptações, mudanças e inserções de personagem. O autor buscou em suas experiências como educador de crianças em comunidades periféricas da cidade pontos, cenas, linguagens e situações que retratassem a vida de crianças e jovens ao mesmo tempo com fidelidade e poesia.

Raquel descreveu como buscou “pegar emprestado” a própria personagem Yasmin para que ela ilustrasse o livro como se fosse sua agenda. Com a ideia da agenda, foi feita então a opção pela técnica de colagem. Segundo a artista, a tentativa foi de dialogar constantemente com o autor e o texto, tomando a liberdade de inserir suas próprias interpretações da história por meio do trabalho de ilustração.

Após a conversa, houve sessão de autógrafos com o escritor e a ilustradora.

A obra, publicada pela Editora Kapulana, foi selecionada pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e será distribuída em diversas bibliotecas municipais. O enredo acompanha uma fase de autoconhecimento na vida da menina Yasmin, filha de uma família moradora da zona periférica da cidade. Em conversas com seu pai voltando da escola, Yasmin descobre que todo mundo “pega emprestado” características, manias, gostos e atitudes de outras pessoas. A partir de suas vivências, a garota procura caminhos para descobrir o que já pegou emprestado e o que ela vai assumir para sua própria personalidade.

Conheça um trecho do livro:

Tinha uma atenção de peneira, por isso espiava curiosidade em todos os vazios de uma só vez.
Corria o olho e escorria a pálpebra.
Leu o prato do dia na placa no restaurante em frente.
(Aliás, é “calabreza” ou “calabresa”?).
No Bom Prato do lado onde de vez em raro comia não tinha nem calabreza ou calabresa.
Yasmin sentiu o sol forte esquentar os seus cabelos e descer até a raiz. Encarou a gravidade e de toda forma preferiu que o tempo permanecesse daquele jeito, mesmo que ela estivesse quase virando gelatina.
(Aliás, ela descobriu como é feita gelatina e ficou com o estômago embrulhado).

Saiba mais sobre:

o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/o-que-pegamos-emprestado-dos-outros/

o autor: https://www.kapulana.com.br/marcelo-juca/

a ilustradora: https://www.kapulana.com.br/raquel-matsushita/

Fotos e Vídeoshttps://www.kapulana.com.br/19-10-2019-lancamento-o-que-pegamos-emprestado-dos-outros-de-marcelo-juca-na-biblioteca-alceu-amoroso-lima-em-sao-paulo-sp/

 

[Atualizada em 22 de outubro de 2019.]

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PEPETELA NO BRASIL EM OUTUBRO DE 2019: BATE-PAPOS, PALESTRAS, AUTÓGRAFOS, ENTREVISTAS!

 
PEPETELA, premiado escritor angolano, esteve no Brasil em outubro para lançar seu romance O quase fim do mundo, publicação da Editora Kapulana, e trocar ideias sobre esse livro e sobre O cão e os caluandas, obra do autor lançada também em 2019 pela Kapulana. Pepetela teve a oportunidade de participar de atividades em ambientes bastante diversos como auditórios, salas de aulas, áreas abertas sob árvores e ao som de música em calçada de cidade de praia. Esteve entre crianças, jovens e leitores de mais idade, todos interessados em sua trajetória como pessoa militante e como autor de vasta obra literária.

 
Acompanhe as atividades do escritor:

“Sempre um Papo”– Sesc 24 de Maio (15/10/2019 – São Paulo/SP)

Na terça-feira, 15 de outubro, Pepetela participou do programa “Sempre um Papo”, organizado por Afonso Borges, na sede do Sesc 24 de Maio, em São Paulo. Deu entrevista à imprensa e, na sequência, em mesa mediada pela jornalista Paula Rangel, respondeu às perguntas de um auditório lotado de leitores curiosos. O escritor falou sobre como e por que decidiu escrever O quase fim do mundo e comentou o cenário político atual de Angola e do Brasil. Além disso, comentou o que acredita ser a grande importância do olhar observador e crítico para um escritor:

“Aquilo que li, vivi e fui aprendendo influencia, sim. Muito da minha vida está nesses livros.”

Depois do bate-papo, houve sessão de autógrafos, durante a qual os leitores puderam conversar mais de perto com o escritor.

“Áfricas em Trânsito”– FFLCH-USP  (16/10/2019 – São Paulo/SP)

Em 16 de outubro, o escritor participou do colóquio “Áfricas em Trânsito”, organizado pelos centros da USP – Centro de Estudos Africanos (CEA-USP) e Centro de Estudos das Literaturas e Culturas de Língua Portuguesa (CELP-USP). O autor esteve em um auditório lotado, e duas outras salas com transmissão simultânea também tiveram seus lugares esgotados. A mesa era composta pelas professoras da FFLCH Rita Chaves e Tania Macêdo, e a diretora da instituição, Maria Arminda do Nascimento Arruda. Pepetela fez uma fala breve, em que expôs a satisfação de estar na universidade, e logo passou a responder a diversas perguntas dos presentes nas três salas que o assistiam. Falou sobre a guerrilha, sobre escrever “para ajudar a compreender a realidade” e sobre a importância da literatura para o despertar da consciência política. Ao ser perguntado sobre onde consegue, ainda, depositar sua fé, o escritor respondeu sem titubear:

“Ainda consigo depositar minha fé na juventude.”

Ao final, houve uma concorrida sessão de autógrafos. Apesar da longa fila, todos saíram com um livro autografado pelo escritor.

“Conversa com o Autor” – Realejo Livros (17/10/2019 – Santos/SP)

Na quinta-feira, dia 17, Pepetela participou de um lançamento mais intimista, na Realejo Livros, em Santos, próximo do local onde residiu por breve tempo na cidade. A sessão de autógrafos foi embalada pelo som do chorinho, ao vivo, e o escritor conversou longamente com velhos amigos e novos fãs moradores da cidade ou que vieram de outros lugares para prestigiá-lo.

II Encontro Literário – Áfricas, Memória e Resistência” (18/10/2019 – Perus-São Paulo/SP)

Em 18 de outubro, seu último dia no Brasil, Pepetela esteve no “II Encontro Literário – Áfricas, Memória e Resistência”, promovido pelo Coletivo de Educadores de Perus-Pirituba, para discutir questões sobre literatura, inseridas no contexto político-social-cultural de Angola e Brasil.

O bate-papo, conduzido pela Profa. Rita Chaves (FFLCH-USP), teve lugar na parte externa da Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta, em Perus, em uma área sob as árvores, o que remetia às histórias africanas contadas em locais abertos, em meio à natureza.

A plateia era composta de residentes, estudantes e trabalhadores da região, interessados em conhecer o autor e trocar ideias sobre sua obra. Esse evento foi fruto da parceria desenvolvida entre a universidade pública (USP) representada pela Profa. Rita Chaves, e educadores, alunos, pesquisadores e profissionais da biblioteca municipal, com o objetivo de aproximar interessados em literatura e escritores cuja obra os participantes conhecem ou poderão vir a conhecer a partir de agora.

Além da participação em eventos literários, Pepetela concedeu entrevistas a vários órgãos de imprensa, rádio e blogs.

Trechos dos livros:

O QUASE FIM DO MUNDO: https://www.kapulana.com.br/produto/o-quase-fim-do-mundo/

“Foi quando se deu o relâmpago, chamo-lhe assim à falta de melhor palavra. Uma luz intensa, como um flash num céu azul, indolor. As trovoadas secas são comuns na região, a chuva vem depois. Até pode não vir chuva nenhuma. E foi isso mesmo que pensei, apenas uma trovoada seca. Só muito mais tarde associei essa luz intensa e o fato de ir passando, a partir daí, por carros mal estacionados ao longo da estrada, alguns mesmo no meio da estrada, vazios, imbambas abandonadas ao deus dará, bicicletas caídas, e nem rastro de gente. Alarmado, cheguei aos bairros periféricos, onde se acumulavam os excluídos de todos os processos econômicos e sociais, milhares e milhares de seres a lutarem desesperadamente para viverem um dia a mais. E os bairros estavam vazios. Pensei, terá havido um festival de música, única razão levando toda a gente para fora dos bairros? Ou um culto monstro de uma igreja que oferece todas as curas?”

 O CÃO E OS CALUANDAS: https://www.kapulana.com.br/produto/o-cao-e-os-caluandas/

“Trata-se pois de estórias dum cão pastor-alemão na cidade de Luanda. Também se trata duma toninha, ser todo de espuma, algas como cabelos, que talvez só tenha vivido na minha cabeça. E na do cão, claro. Será mesmo só isso? Responda o leitor. Mais previno que qualquer dissemelhança com fatos ou pessoas pretendidos reais foi involuntária.”

Saiba mais sobre Pepetela e sua obrahttps://www.kapulana.com.br/pepetela/

FOTOS E VÍDEOS:

Na KAPULANA:

https://www.kapulana.com.br/15-10-2019-pepetela-na-kapulana/
https://www.youtube.com/watch?v=2GvtIlzBsXc&t=24s (entrevista)
https://www.youtube.com/watch?v=UXw5dRVgf5o (leitura de trecho de O quase fim do mundo)

No SESC 24 DE MAIO/ Programa “Sempre um Papo”:

https://www.kapulana.com.br/15-10-2019-lancamento-o-quase-fim-do-mundo-de-pepetela-no-sesc-24-de-maio-em-sao-paulo-sp/
https://www.facebook.com/pg/SempreUmPapo/photos/?tab=album&album_id=2276577982444205&ref=page_internal

Na FFLCH-USP:

https://www.kapulana.com.br/16-10-2019-africas-em-transito-conversa-com-pepetela-na-fflch-usp-em-sao-paulo-sp/
https://www.fflch.usp.br/1880?fbclid=IwAR1cqz3rX8GQ62sF-0nXlYH-40VwFNqMn9lY9FBDsod2Kd0FbpNllSEnrYI

Na REALEJO LIVROS, em Santos/SP:

https://www.kapulana.com.br/17-10-2019-pepetela-na-realejo-livros-em-santos-sp/

Na BIBLIOTECA MUNICIPAL DE PERUS:

https://www.kapulana.com.br/18-10-2019-conversa-com-pepetela-africas-memoria-e-resistencia-na-biblioteca-municipal-padre-jose-de-anchieta-perus-sp/

 

[Atualizada em 21 de novembro de 2019.]

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PEPETELA LANÇA LIVRO NO BRASIL EM OUTUBRO: “O QUASE FIM DO MUNDO”

PEPETELA, consagrado escritor angolano, participa em outubro de circuito de lançamentos no Brasil de seu  romance O quase fim do mundo, da Editora Kapulana, e de debates sobre seus livros publicados pela Kapulana.

O QUASE FIM DO MUNDO (com prefácio de Ana Paula Tavares):

Trata-se de romance distópico em que o leitor acompanha um grupo de pessoas que sobrevive a um evento apocalíptico de origem desconhecida, na cidade fictícia de Calpe, em alguma região da África Central. 

“Foi quando se deu o relâmpago, chamo-lhe assim à falta de melhor palavra. Uma luz intensa, como um flash num céu azul, indolor. As trovoadas secas são comuns na região, a chuva vem depois. Até pode não vir chuva nenhuma. E foi isso mesmo que pensei, apenas uma trovoada seca. Só muito mais tarde associei essa luz intensa e o fato de ir passando, a partir daí, por carros mal estacionados ao longo da estrada, alguns mesmo no meio da estrada, vazios, imbambas abandonadas ao deus dará, bicicletas caídas, e nem rastro de gente. Alarmado, cheguei aos bairros periféricos, onde se acumulavam os excluídos de todos os processos econômicos e sociais, milhares e milhares de seres a lutarem desesperadamente para viverem um dia a mais. E os bairros estavam vazios. Pensei, terá havido um festival de música, única razão levando toda a gente para fora dos bairros? Ou um culto monstro de uma igreja que oferece todas as curas?

O CÃO E OS CALUANDAS:

Nesse clássico, o narrador acompanha os caminhos de um cão que, sucessivamente, é adotado por pessoas diferentes. Aos poucos são reveladas as histórias das famílias que adotam o cão, o que leva o leitor a ter contato com o cenário histórico e político de Angola. 

“Trata-se pois de estórias dum cão pastor-alemão na cidade de Luanda. Também se trata duma toninha, ser todo de espuma, algas como cabelos, que talvez só tenha vivido na minha cabeça. E na do cão, claro. Será mesmo só isso? Responda o leitor.
Mais previno que qualquer dissemelhança com fatos ou pessoas pretendidos reais foi involuntária.”

Acompanhe os eventos já confirmados:

15/10/2019 (3a. f.), 19h30
Sesc 24 de maio (programa “Sempre um Papo”, org. de Afonso Borges)
R. 24 de maio, 109
São Paulo – SP
CEP: 01041-001

16/10/2019 (4a. f.), 19h
Áfricas em Trânsito
Fac. de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH-USP)
Prédio de Ciências Sociais – Sala 14
Av. Prof. Luciano Gualberto, 403 – Cidade Universitária
São Paulo – SP
CEP: 05508-010

17/10/2019 (5a. f.), 18h
Conversa com o Autor
com sessão de autógrafos
Realejo Livros
Av. Mal. Deodoro, 2 – Gonzaga 
Santos – SP
CEP: 11060-400

18/10/2019 (6a. f), 19h
Áfricas, Memória e Resistência
II Encontro Literário
Coletivo de Educadores  Perus-Pirituba
Biblioteca Pública Municipal Padre José de Anchieta
R. Antônio Maia, 658
Perus – SP
CEP: 05204-110

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Lançamento do livro CineGrafias Moçambicanas em Maputo, Moçambique

CineGrafias moçambicanas – Memórias & crônicas & ensaios, livro publicado pela editora brasileira Kapulana, em 2019, foi lançado também em Moçambique.
O evento foi organizado pela Kapicua Livros e teve lugar no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo, em 28 de agosto de 2019.
A mesa contou com as presenças de João Ribeiro (cineasta), Sol de Carvalho (cineasta) e José V. Capão (Diretor da Kapicua Livros).
O público presente era formado principalmente por estudantes de cinema e comunicação, profissionais do livro, representantes de bibliotecas e pesquisadores de artes cênicas em geral.
O livro é considerado uma obra de referência na área de estudos do cinema moçambicano pois, além de trazer informações bem documentadas sobre os cineastas e seus filmes, aponta para possíveis pesquisas futuras sobre o cinema de Moçambique.
A obra, uma coletânea de textos organizada por Carmen Tindó Secco, Ana Mafalda Leite e Luís Carlos Patraquim, é composta por entrevistas, crônicas e ensaios de pesquisadores, cineastas e escritores renomados, a saber:
 
  • Ana Mafalda Leite
  • Camilo de Sousa
  • Carmen Tindó Secco
  • Guido Convents
  • Isabel Noronha
  • João Ribeiro
  • Júlio Machado
  • Licínio Azevedo
  • Luís Carlos Patraquim
  • Olivier Hadouchi
  • Ruy Guerra
  • Sol de Carvalho
  • Ute Fendler
  • Vavy Pacheco Borges
  • Yara Costa
A Kapulana conta também em seu catálogo com outro livro do mesmo segmento: Pensando o cinema moçambicano, ensaios, organizado pela Profa. Dra. Carmen Lucia Tindó Secco (da UFRJ).

 

Sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/cinegrafias-mocambicanas-memorias-cronicas-ensaios/

Fotos do evento: https://www.kapulana.com.br/28-08-2019-lancamento-cinegrafias-mocambicanas-memorias-cronicas-ensaios-em-maputo-mocambique/

São Paulo, 30 de agosto de 2019.

 

 

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Aldino Muianga e Mariana Fujisawa representam a Kapulana na XIII Bienal Internacional do livro do Ceará

ALDINO MUIANGA (escritor moçambicano) e MARIANA FUJISAWA (artista plástica brasileira) representaram a Kapulana na XIII Bienal Internacional do livro do Ceará (2019).

Durante a Bienal, no estado do Ceará, Aldino Muianga e Mariana Fujisawa participaram de atividades diversificadas, como bate-papos, oficinas e lançamento de livro, tanto no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, como no campus da Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), em Redenção.

Aldino Muianga é autor de vasta obra literária e tem 3 livros publicados no Brasil pela Kapulana: O domador de burros e outros contos (2015), A noiva de Kebera, contos (2016), e o romance Asas quebradas (2019 – lançado na Bienal do Ceará).

Mariana Fujisawa, artista plástica, é autora da maior parte das capas e ilustrações dos livros do catálogo da Kapulana, como obras de Suleiman Cassamo, Ungulani Ba Ka Khosa, Luandino Vieira, Ana Paula Tavares, João Paulo Borges e Binyavanga Wainaina, dentre outros, além de livros dedicados ao público infantil.

Roteiro de atividades de Aldino Muianga e Mariana Fujisawa na XIII Bienal Internacional do livro do Ceará:

21/08/2019, Campus da Unilab:
Mariana Fujisawa participou da mesa intitulada “O traço e o verso das cidades” com o poeta Júlio Machado, sob mediação do Professor André Telles, em conversa sobre trajetórias, identidades e processos de criação.
Aldino Muianga conversou com os estudantes, mediado pela professora Andrea Muraro, sobre seu novo romance Asas Quebradas, a temática da representação da mulher e seus processos de escrita.
 
23/08/2019, Centro de Eventos da Bienal:
Mariana Fujisawa teve duas participações: uma conversa com crianças de escolas públicas sobre a ilustração de livros infantis e a mesa novamente compartilhada com Júlio Machado, com mediação de Andrea Muraro.
 
24/08/2019, na Bienal:
Aldino Muianga lançou oficialmente Asas Quebradas, em conversa mediada por Sueli Saraiva, que contou com intensa participação do público presente.
Como parte da “Bienal fora da Bienal”,Mariana Fujisawa visitou a biblioteca comunitária Casa Camboa, oferecendo uma oficina de ilustração para crianças da comunidade.”
 

São Paulo, 30 de agosto de 2019.

 

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Aldino Muianga, escritor moçambicano, lança no Brasil o romance “Asas quebradas”

O consagrado escritor moçambicano, Aldino Muianga, lança em agosto na XIII Bienal Internacional do livro do Ceará, seu romance Asas Quebradas, publicado pela Editora Kapulana.

ALDINO MUIANGA, autor de vasta obra literária, tem forte vínculo com o Brasil, tendo já participado de várias atividades culturais no país em 2016, ocasião em que divulgou seus dois livros anteriores. 

Asas quebradas é o terceiro livro de Aldino Muianga que a Editora Kapulana publica no Brasil, dentro de seu projeto de divulgação da literatura africana “Vozes da África”. O primeiro foi O domador de burros e outros contos (2015) e o segundo foi A noiva de Kebera, contos (2016).

Asas quebradas é um romance sobre os caminhos de duas mulheres, Maria Cecília (Macisse) e sua filha Marcela (Celinha), separadas no tempo e no espaço, em busca de suas identidades. A partir do percurso de resistência e luta dessas mulheres, que enfrentam abusos, carências, discriminação e opressão, e têm que tomar decisões dramáticas para sobreviverem, o autor nos apresenta a saga de várias gerações da família e discute questões bastante atuais sobre a situação da mulher na sociedade. De Inhambane, local de origem dos antepassados, até Maputo,  mais ao sul, dados de história, geografia e cultura do sul de Moçambique são revelados ao leitor com emoção e esmero literário.

Asas quebradas tem prefácio da Profa. Ana Beatriz Matte Braun, pesquisadora brasileira de literatura moçambicana e atualmente docente da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Guarapuava. A capa do livro é ilustrada pelo brasileiro Dan Arsky, que também ilustrou os livros anteriores de Aldino Muianga publicados pela Kapulana.

Sobre Aldino Muianga e sua vasta obra literária: https://www.kapulana.com.br/aldino-muianga/

Sobre os livros de Aldino Muianga publicados pela Kapulana:

Sobre a participação de Aldino Muianga na XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará:
https://www.kapulana.com.br/eventos/kapulana-na-xiii-bienal-internacional-do-livro-do-ceara-16-25-08-2019/

20 de agosto de 2019.

★★★

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Oyinkan Braithwaite, nigeriana, autora de “Minha irmã, a serial killer”, participa de eventos culturais no Brasil

A jovem escritora nigeriana Oyinkan Braithwaite participou de eventos culturais em Salvador e São Paulo, Brasil, no período de 07 a 14 de agosto de 2019.

Autora do aclamado Minha irmã, a serial killer, thriller psicológico traduzido por Carolina Kuhn Facchin e publicado pela Editora Kapulana, a nigeriana Oyinkan Braithwaite veio ao Brasil para participar da Festa Literária do Pelourinho (Flipelô), em Salvador, e da Pré-Balada Literária, em São Paulo. Além da participação nesses eventos,  concedeu entrevistas a jornalistas de diversas mídias.

Alguns dos eventos dos quais a escritora participou no Brasil:
 

Salvador (BA), 09/08 – sexta-feira, Festa Literária do Pelourinho (Flipelô), no Teatro SESC-SENAC Pelourinho (Largo do Pelourinho, 19 – Pelourinho), às 18h00 – Mesa: “Uma nova escrita africana”. Com: Oyinkan Braithwaite (escritora), Rodrigo Casarin (mediador) e Carolina Kuhn Facchin (intérprete). O evento foi organizado pela Fundação Casa de Jorge Amado.

Após a mesa de conversa, que contou com bastante público, a autora participou de sessão de autógrafos da edição brasileira do livro Minha irmã, a serial killer.

Durante sua estada na Bahia, a escritora teve a oportunidade de conhecer pontos históricos e culturais de Salvador, conceder entrevistas e conviver com um público bastante interessado em literatura africana.

São Paulo (SP)12/08 – segunda-feira, Pré-Balada Literária, no Centro Cultural b_arco (R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426 – Pinheiros), às 19h30. Com: Oyinkan Braithwaite (escritora), Geovani Martins (escritor convidado), Bruna Tamires (mediadora) e Carolina Kuhn Facchin (intérprete).

No Centro Cultural b_arco, em São Paulo, Oyinkan participou de bate-papo sobre o processo criativo de uma obra literária, como escolha dos temas, modos de registro e relacionamento com leitores. O debate contou com o apoio do escritor brasileiro Marcelino Freire e foi finalizado com o esclarecimento das perguntas do público e posterior sessão de autógrafos do livro pela escritora.

Ainda em São Paulo, a escritora visitou a sede da Kapulana onde gravou entrevistas, fez leitura de trechos de seu livro e participou de sessões de fotos e vídeos. 

Sobre o livro Minha irmã, a serial killer e sua autora Oyinkan Braithwaite.

“Ayoola está empoleirada no vaso sanitário, os joelhos dobrados e os braços ao redor deles. O sangue no vestido dela secou e não há risco de pingar no chão branco e, agora, brilhoso. Seus dreadlocks estão amontoados no topo da cabeça, para não encostarem no chão. Ela fica me olhando com grandes olhos castanhos, com medo que eu esteja brava, que eu logo vá levantar das minhas mãos e joelhos para dar uma bronca nela.
Não estou brava. Se estou qualquer coisa, é cansada. O suor da minha testa cai no chão e uso a esponja azul para secá-lo.”

Primeiro livro da escritora, foi lançado originalmente em Inglês, em 2018, com o título de My sister, the serial killer. O sucesso foi imediato: foi indicado como finalista no “The Booker Prize 2019”, importante prêmio literário internacional, e já foi traduzido para 26 idiomas! Várias produtoras também já reservaram o direito para o cinema.

Oyinkan nasceu na Nigéria, África, onde ainda reside, na cidade de Lagos. Em 2014, foi indicada entre as dez melhores artistas spoken word no concurso de poesia slam “Eko Poetry Slam”, em Lagos, Nigéria. Em 2016, foi finalista do “Commonwealth Short Story Prize”, que premia os melhores textos ainda não publicados do ano, e em 2019, finalista do “The Booker Prize”. 

[Notícia atualizada em 20 de agosto de 2019.]

 

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Ana Paula Tavares, escritora angolana, lançou no Brasil livro inédito de crônicas “Um rio preso nas mãos”

Ana Paula Tavares, premiada escritora e historiadora angolana, lançou no Brasil o livro inédito Um rio preso nas mãos, crônicas, publicado pela Editora Kapulana.

Um rio preso nas mãos, lançado em primeira mão no Brasil, é um conjunto de 38 crônicas publicadas anteriormente, de forma esparsa, no jornal online Rede Angola. A maestria da escritora revela-se delicadamente quando combina oralidade e escrita, passado e presente, poesia e prosa, abordando situações e temas sobre Angola que transcendem o regional, provocando reflexões sobre questões atuais e universais, como o papel e os direitos da mulher na sociedade, seja ela angolana, brasileira ou de outra região. 

Há séculos que não chove, não há música no telhado nem pingam gatos arrepiados de frio. Tudo está saturado de calor e seca.
Uma mulher antiga tem um rio preso nas mãos e guarda-o como a aranha do deserto a sua preciosa gota.

Ana Paula Tavares, poeta, cronista, historiadora e professora universitária, nasceu em Lubango, Angola. É autora de vasta obra literária em prosa e poesia e de textos científicos. A escritora tem vínculos fortes com o Brasil, com participação em pesquisa e eventos no país. 

Para lançar seu livro no Brasil, Ana Paula Tavares participou de eventos em 3 estados: Rio Grande do Norte, São Paulo e Rio de Janeiro:

Natal (RN) de 29 a 31/07/2019: III Encontro da Afrolic (Associação Internacional de Estudos Culturais e Literários Africanos)
Ana Paula Tavares foi uma das escritoras homenageadas nesse importante encontro nacional de professores e pesquisadores. Participou de várias mesas de debates e sessão de autógrafos de seu novo livro: Um rio preso nas mãos, crônicas.

A Kapulana esteve também representada na edição da Afrolic-2019 por Mariana Fujisawa (ilustradora) e Jacqueline Kaczorowski (prefaciadora).

São Paulo (SP): 

02/08/2019: Biblioteca Mário de Andrade
A escritora participou de um bate-papo mediado pela pesquisadora Larissa Lisboa, sobre sua obra em geral e o novo livro em particular. Após a mesa, houve sessão de autógrafos.

05/08/2019: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP). Sob coordenação da Profa. Tania Macêdo, com apoio do CEA-USP.
A autora participou de uma roda de conversa que contou com a participação das professoras Rita Chaves (FFLCH-USP) e Leila Leite Hernandez (CEA-USP). Em um auditório lotado, a escritora falou para alunos, professores, pesquisadores e interessados em geral na sua obra, sobre o seu trabalho de escrita na literatura: 

O que sempre me ajudou, no trabalho de escrita, foi o respeito à palavra. Eu acho que a palavra, muitas vezes, nos sai das mãos, nos escapa. Não se sai vivo do poema. Cada poema é uma pequena transformação. Esse aprendizado é uma luta imensa. Então, há de se respeitar a palavra. Porque a palavra é côncava, convexa, ela alarga, encurta. E é preciso muito cuidado. É ter rigor e ciência da palavra que está a fazer.  

Rio de Janeiro e Niterói (RJ), de 06 a 09/08/2019:
A escritora participou de mesas de debates na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade Federal Fluminense (UFF), sob a coordenação dos Profs. Carmen L. T. Secco (UFRJ) e Júlio Machado (UFF).
Além disso, ministrou na UFRJ um minicurso sobre “Cinema, poesia e história”.

[Notícia atualizada em 20 de agosto de 2019.]

SAIBA MAIS:

Sobre o livro Um rio preso nas mãos, crônicas, de Ana Paula Tavares:

O livro: https://www.kapulana.com.br/produto/um-rio-preso-nas-maos-cronicas/

A autora: https://www.kapulana.com.br/ana-paula-tavares/

O Prefácio do livro, por Carmen Lucia Tindó Secco: https://www.kapulana.com.br/avisos-a-navegacao-por-carmen-tindo-secco/

Fotos e vídeos:

Afrolic 2019 (fotos): *créditos organização Afrolic
https://www.flickr.com/photos/afrolic2019/albums

Biblioteca Mário de Andrade (fotos):
https://www.kapulana.com.br/02-08-2019-lancamento-e-sessao-de-autografos-de-um-rio-preso-nas-maos-de-ana-paula-tavares-na-biblioteca-mario-de-andrade-em-sao-paulo-sp/nggallery/page/1

Biblioteca Mário de Andrade (vídeo):
 https://www.facebook.com/ekapulana/videos/398609767702137/

FFLCH-USP (fotos):
https://www.kapulana.com.br/a-literatura-angolana-hoje-roda-de-conversa-com-ana-paula-tavares-na-fflch-usp-em-sao-paulo-sp/

FFLCH-USP (vídeo):
https://www.facebook.com/ekapulana/videos/2310952762554032/

UFRJ e UFF (fotos):
https://www.kapulana.com.br/06-08-a-09-08-de-2019-ana-paula-tavares-na-ufrj-uff-rj/

Entrevista Kapulana (vídeo): https://www.youtube.com/watch?v=Z8lA8EGbs9o&feature=youtu.be

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Martinho da Vila em circuito de lançamentos de seu livro “2018 – Crônicas de um ano atípico”.

MARTINHO DA VILA, cantor, compositor e escritor lançou em Salvador o livro “2018 – Crônicas de um ano atípico”, publicado pela Kapulana

Em continuidade ao circuito de lançamentos de seu novo livro 2018 – Crônicas de um ano atípico, publicado pela Kapulana em 2019, o escritor e músico participou de roda de conversa e sessão de autógrafos, no Sesc-Senac do Pelourinho, em Salvador (BA), em 8 de agosto. A roda de conversa “Literatura que dá samba? Somos muitos Martinhos e Helenas” fez parte da programação da Flipelô ( Festa Literária Internacional do Pelourinho) e foi mediada por Helena Theodoro. O evento contou com o apoio da Fundação Casa de Jorge Amado.

Veja fotos do circuito de lançamentos em várias cidades brasileiras:

22/05/2019: Rio de Janeiro (RJ), na Livraria da Travessa (Leblon):
https://www.kapulana.com.br/22-05-2019-lancamento-de-2018-cronicas-de-um-ano-atipico-de-martinho-da-vila-na-livraria-da-travessa-do-rio-de-janeiro-rj/

12/06/2019: São Paulo (SP), no Sesc Av. Paulista:
https://www.kapulana.com.br/lancamento-martinho-sesc/

14/07/2019: Paraty (RJ), na Casa Paratodxs, na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty):
https://www.kapulana.com.br/14-07-2019-martinho-da-vila-lanca-2018-cronicas-de-um-ano-atipico-na-flip-em-paraty-rj/

 08/08/2019: Salvador (Ba), na Flipelô (Festa Literária do Pelourinho)
https://www.kapulana.com.br/08-08-09-08-2019-martinho-da-vila-na-flipelo-em-salvador-ba/

O livro 2018 – Crônicas de um ano atípico reúne 48 crônicas divididas pelos doze meses do ano de 2018. Com humor e leveza, Martinho fala da comemoração dos seus 80 anos, da renovação dos votos de casamento com Cléo, da escola de samba Vila Isabel, da cidade do Rio de Janeiro, relembrando alguns de seus sucessos no samba e na literatura. Também aborda fatos marcantes, como o assassinato de Marielle Franco, as eleições presidenciais, a visita ao ex-presidente Lula em Curitiba e a derrota do Brasil na Copa do Mundo.

[Notícia atualizada em 20 de agosto de 2019.]

Sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/2018-cronicas-de-um-ano-atipico/

Sobre Martinho da Vila: https://www.kapulana.com.br/martinho-da-vila/

 

 

 

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Kapulana na Flip/Casa Paratodxs com lançamentos e participação de Martinho da Vila

A editora maca presença em Paraty, durante a Flip, com lançamentos de seu catálogo à venda e participação de Martinho da Vila

A Editora Kapulana participa novamente da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que acontece de 10 a 14 de julho, na organização da Casa Paratodxs, com os recentes lançamentos de seu catálogo à venda e, também, a participação de Martinho da Vila na programação.

Este ano a Casa Paratodxs completa três anos em Paraty. Formada pelas editoras Nós, Edith, Demônio Negro, Relicário, Dublinense, Kapulana, Macondo e Cepe, a Paratodxs homenageará Chico Buarque e contará, entre outras, com as presenças de diversos nomes da literatura, música, mercado editorial e cinema. O cantor, compositor e escritor Martinho da Vila marca presença com um bate-papo e lançamento do livro 2018 – Crônicas de um ano atípico, publicado pela Kapulana, no domingo, 14 de julho, ao meio-dia. A mediação da mesa de conversa ficará a cargo do escritor Paulo Lins (autor de Cidade de Deus). 

Outra grande novidade será a venda, com exclusividade na Casa, da obra Nós, os do Makulusu, do premiado escritor angolano José Luandino Vieira. Considerado um dos maiores clássicos da literatura do século XX, a obra narra a história do personagem Mais-Velho, que se junta a outras três personagens que cresceram juntas no Makulusu, bairro pobre de Luanda: Maninho, Paizinho e Kibiaka. O enredo, ambientado em um momento agudo da luta de libertação nacional de Angola, demonstra como a violência do colonialismo obriga os companheiros de aventuras infantis a escolherem caminhos inconciliáveis, alguns se envolvendo na luta armada e sendo presos, outros omitindo-se ou atendo-se apenas ao trabalho clandestino.

A Casa Paratodxs estará aberta entre os dias 11 e 14 de julho. Venha nos visitar! 

3 de julho de 2019

★★★

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O Campo de Concentração do Tarrafal, onde Luandino Vieira escreveu “Nós, os do Makulusu”

O autor passou 8 anos preso, onde escreveu muitos de seus livros, dentre eles o “Nós, os do Makusulu”

Grande parte de  Nós, os do Makulusu foi escrito por José Luandino Vieira, em 1967, quando estava preso no Campo de Concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde (Campo de Trabalho de Chão Bom), e que a Editora Kapulana publica neste mês.

CAMPO DE CONCENTRAÇÃO

Inaugurado em 1936, quando Portugal vivia no regime ditatorial do Estado Novo, sob o comando do ditador Oliveira Salazar, que pretendia, por meio da repressão, aprisionar todos que se opunham ao seu governo. Por isso, a criação do Campo de Concentração do Tarrafal, localizado na ilha de Santiago, região norte caboverdiana, Cabo Verde era colônia portuguesa e o terreno havia sido adquirido pelo Estado português, separado da jurisdição do Governo do arquipélago. Na primeira fase do campo de concentração, que foi de 1936 até 1954, passaram 360 prisioneiros, 32 morreram nesse período. 

Em junho de 1961, o Tarrafal foi reaberto, seis anos depois de seu encerramento, instituindo-se no Chão Bom, região noroeste de Cabo Verde, um Campo de Trabalho, mas, na realidade, era um novo campo de concentração de presos políticos das ex-colônias portuguesas. Com o advento da Revolução dos Cravos, em Portugal, em 1974, o regime ditatorial de Salazar foi deposto e o Campo de Trabalho de Chão Bom terminou no dia 1º de maio do mesmo ano. Todos os presos foram libertados. Nessa segunda fase, 4 pessoas morreram. Em 2009, o local foi aberto como Museu da Resistência.

ANOS DE CÁRCERE

Por sua participação nas lutas de libertação nacional de Angola, José Luandino Vieira foi preso pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) em 1961 e condenado a 14 anos de prisão e medidas de segurança. Foi, então, transferido, em 1964, para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde escreveu a obra Nós, os do Makulusu. Lá passou 8 anos, e foi libertado em 1972, em regime de residência vigiada em Lisboa. Iniciou então a publicação da sua obra, na grande maioria escrita nas diversas prisões por onde passou. Depois da independência de Angola, em 1975, Luandino voltou ao país, morando até 1992, quando se mudou para Portugal, onde vive atualmente.

Considerado um dos maiores clássicos da literatura do século XX, a obra narra a história do personagem Mais-Velho, que se junta a outras três personagens que cresceram juntas no Makulusu, bairro pobre de Luanda: Maninho, Paizinho e Kibiaka. O enredo, ambientado em um momento agudo da luta de libertação nacional de Angola, demonstra como a violência do colonialismo obriga os companheiros de aventuras infantis a escolherem caminhos inconciliáveis, alguns se envolvendo na luta armada e sendo presos, outros omitindo-se ou atendo-se apenas ao trabalho clandestino.

2 de julho de 2019

★★★

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Kapulana publica livro de crônicas da escritora angolana Ana Paula Tavares

As crônicas de Ana Paula Tavares são marcadas por uma escrita profundamente poética e incisiva

Chega às livrarias do Brasil, o livro de crônicas inéditas da premiada escritora angolana Ana Paula Tavares: Um rio preso nas mãos. Publicadas originalmente de forma esparsa no jornal Rede Angola, as 38 crônicas que compõem o livro viajam por diferentes assuntos e narrativas, deslizando entre a autobiografia e o ficcional, a oralidade e a escrita, o passado e o presente, além de abordar temas sobre Angola em uma magistral linguagem poética e incisiva: “Uma mulher antiga tem um rio preso nas mãos e guarda-o como a aranha do deserto a sua preciosa gota”. O escritor angolano Ondjaki destacou sobre esta obra de Ana Paula Tavares: “Chegam, ao Brasil, as palavras embrulhadas em pedra antiga, como um lugar feito canoa: a cultura de Angola a navegar o universo africano para pousar nessa américa tão latina”.

Ana Paula Tavares é poeta, cronista, historiadora e professora, nasceu em Lubango, Angola. Autora de textos científicos e poesia dispersa em antologias da Galícia, Itália, França e em Portugal, e de vasta obra literária em prosa e poesia. Tavares tem vínculos fortes com o Brasil, com pesquisa e participações em eventos no país. Também diz ter sido influenciada por escritores brasileiros e pela música brasileira.

1 de julho de 2019

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Leia três curiosidades sobre “Água doce”, de Akwaeke Emezi

Festejada obra de estreia de Akwaeke Emezi chega em agosto no Brasil

A Editora Kapulana publica em agosto no Brasil o aclamado livro Água doce, do autor nigeriano Akwaeke Emezi. A obra conta a história de Ada, estudante do último ano de faculdade nos EUA. Quando criança, vivendo no sul da Nigéria, a família se preocupa com ela. Seguindo a tradição, os pais rezaram para consolidar a existência da criança ainda no ventre, mas algo deu errado: talvez os deuses tenham esquecido de fechar a porta, pois Ada nasceu com “um pé do outro lado”, e começa a desenvolver diferentes personalidades. Akwaeke brilhantemente cria uma obra que traz à tona reflexões universais e questões bastante atuais como o fortalecimento de identidades e o empoderamento pela diversidade, além do diálogo entre o tradicional e o inovador.

O livro foi pré-finalista do “Carnegie Medal of Excellence” e do “The Brooklyn Public Library Literary Prize”, além de receber resenhas elogiosas de jornais internacionais como New York Times, Wall Street JournalNew YorkerGuardian e LA Times.

Separamos três curiosidade sobre a obra: 

Akwaeke Emezi: É autor nigeriano de Água doce. Akwaeke é ọgbanje e fez algumas cirurgias para adequar seu corpo – seu receptáculo – para que reflita sua natureza, incluindo a retirada do útero e redução dos seios. Por sua realidade espiritual, identifica-se como não-binário/trans e em inglês usa pronomes neutros; no Português, pede que seja referido no masculino – lido como neutro.

ọgbanje: Traduzido diretamente do Igbo, ọgbanje significa “criança que vem e vai”. São espíritos intrusos que nascem dentro de corpos humanos e não permitem que se desenvolvam até muito além da puberdade, quando, então, morrem propositalmente e retornam em outro corpo, para reiniciar o ciclo de infortúnio. Costumam afetar a mesma mãe, que, assim, perde diversos filhos durante a vida. No livro, os ọgbanje são narradores de grande parte da história e são personagens fundamentais. 

Ala: Ala é uma deusa do povo Igbo, natural do leste da Nigéria. Ela é a deusa da fertilidade, guardiã do mundo inferior e mãe da terra. Segundo a crença Igbo, as pessoas nascem na boca de Ala e, ao morrer, vão para seu ventre, que guarda o domínio dos mortos. Seu agente na terra é a cobra píton, mensageira de seus desejos e advertências. Na obra de Akwaeke Emezi, A Ada, personagem principal e ọgbanje, é filha de Ala. Ela conhece a Mãe ainda criança, uma píton enrolada no chão do banheiro, que a assusta. A jornada de A Ada para autoconhecimento e autoaceitação é a jornada de volta para a Mãe Ala.

26 de junho de 2019

★★★

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Kapulana publica no Brasil livro inédito do escritor moçambicano Adelino Timóteo

Adelino narra a história de um homem rico com ideias excêntricas, entre as quais a crença de que cada homem é, na verdade, um pássaro, e tomaria essa forma após a morte

A Editora Kapulana publica no Brasil o romance inédito do escritor moçambicano Adelino Timóteo, Cemitério dos pássaros. Na obra, Adelino narra a história de Dazanana de Araújo Simplíssimo, um homem rico com ideias excêntricas, entre as quais a crença de que cada homem é, na verdade, um pássaro, e tomaria essa forma após a morte. Seguindo essa convicção, Dazanana constrói um cemitério para seus familiares, no qual cada um é nomeado como um pássaro. A partir disso, a história se desenrola com tons de literatura fantástica. O romance faz parte da série “Vozes da África”, composta por obras de ficção em prosa e poesia, dedicadas a crianças e a adultos.

Adelino Timóteo nasceu na Beira, em Moçambique. Formou-se na área de docência em Língua Portuguesa, mas não exerceu a profissão. Ingressou no Jornalismo em 1994, na cidade da Beira, no Diário de Moçambique, e, mais tarde, tornou-se correspondente do semanário Savana, da mesma cidade. É licenciado em Direito e exerce a função de jornalista no semanário Canal de Moçambique, também da cidade da Beira. Além disso, é artista plástico e já realizou várias exposições individuais de artes, em Moçambique e no estrangeiro. Recebeu diversos prêmios, como o de “Melhor Escritor da Cidade da Beira”.

18 de junho de 2019

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Publicado pela Kapulana, Martinho da Vila lança em São Paulo o livro “2018 – Crônicas de um ano atípico”

A obra reúne 48 crônicas divididas pelos doze meses de 2018

O cantor, compositor e escritor Martinho da Vila realizou, na última quarta-feira (12), no Sesc Avenida Paulista, o lançamento de seu mais recente livro 2018 – Crônicas de um ano atípico, publicado pela Editora Kapulana. O evento, que também contou com um bate-papo com Martinho, teve a mediação do escritor e jornalista Tom Farias.

Durante a conversa, Martinho comentou sobre a elaboração do livro: “Escrever é trabalhar com a emoção. No primeiro momento, eu pensei em escrever uma crônica sobre os meus 80 anos de idade e o que aconteceu comigo nesses anos todos. Além de pegar esses momentos pessoais, também decidi escrever sobre os fatos que me cercaram. Vi que o ano de 2018 foi realmente atípico. Aí tive a ideia de colocar o título 2018 – Crônicas de um ano típico.

O livro reúne 48 crônicas divididas pelos doze meses do ano de 2018. Com humor e leveza, Martinho fala da comemoração dos seus 80 anos, da renovação dos votos de casamento com Cléo, da escola de samba Vila Isabel, da cidade do Rio de Janeiro, relembrando alguns de seus sucessos no samba e na literatura. Também aborda fatos marcantes, como o assassinato de Marielle Franco, as eleições presidenciais, a visita ao ex-presidente Lula em Curitiba e a derrota do Brasil na Copa do Mundo.

Martinho da Vila é um grande e legítimo representante da MPB, com várias composições gravadas por cantores e cantoras de diversas vertentes musicais, intérpretes consagrados no Brasil. Além disso, também é autor de quinze livros, tanto de ficção quanto de não ficção, lançados no Brasil e em Portugal, e alguns deles traduzidos para o francês. Continua em plena atividade como artista e como escritor, fazendo turnês nacionais e internacionais.

Assista trechos do bate-papo e lançamento:

 

13 de junho de 2019

★★★

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João Paulo Borges Coelho visita Kapulana, editora oficial do autor no Brasil

O premiado escritor moçambicano participou de um bate-papo audiovisual com a Profª Drª Rita Chaves na sede da Kapulana, editora que lançará dois livros do autor no Brasil

A Kapulana recebeu, no dia 6 de junho, em sua sede, a visita do premiado escritor e historiador moçambicano, João Paulo Borges Coelho, que publicará, pela primeira vez no Brasil, duas obras de sua carreira, As visitas do Dr. Valdez (setembro de 2019) e Crônica da Rua 513.2 (em 2020), pela Editora Kapulana. O autor também participou de uma entrevista audiovisual, conduzida pela Profa. Dra. Rita Chaves (USP) sobre os dois livros e a sua trajetória literária.

Na conversa com Rita Chaves, Borges Coelho comentou sobre o seu processo de escrita, o começo na ficção, o desenvolvimento e o trabalho narrativo das duas obras que a Kapulana lançará, como distingue as atividades de historiador e de escritor, assim com influências literárias que marcaram a sua escrita e os estudos universitários realizados em sua obra. O bate-papo será publicado em breve no canal da Kapulana no YouTube.

Apesar de a obra do consagrado escritor já ser objeto de muitos estudos acadêmicos no Brasil, será a primeira vez a ser publicada em nosso país.

OBRAS DA KAPULANA

13 de junho da 2019.

★★★

Saiba mais:

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Canal FX anuncia a adaptação para série do livro “Água doce”, de Akwaeke Emezi

Obra de estreia de Akwaeke Emezi será publicada no Brasil pela Editora Kapulana

O canal por assinatura FX anunciou, por meio da revista americana Variety, que está desenvolvendo a adaptação para série da obra Água doce, livro de estreia de Akwaeke Emezi, da Nigéria, e que a Editora Kapulana publica no Brasil em agosto. A obra, lançada originalmente com o nome Freshwater, foi traduzida para o português por Carolina Kuhn Facchin. Emezi também escreverá e produzirá o seriado ao lado da diretora e roteirista Tamara P. Carter. O projeto contará com a supervisão de Kevin Wandell e Lindsey Donahue. A rede televisiva FX é responsável por trazer ao público premiadas e elogiadas séries, como Atlanta, Legion, American Horror Story, Fargo, entre outras. 

A obra conta a história de Ada, estudante do último ano de faculdade nos EUA. Quando criança, vivendo no sul da Nigéria, a família se preocupa com ela. Seguindo a tradição, os pais rezaram para consolidar a existência da criança ainda no ventre, mas algo deu errado: talvez os deuses tenham esquecido de fechar a porta, pois Ada nasceu com “um pé do outro lado”, e começa a desenvolver diferentes personalidades. Akwaeke brilhantemente cria uma obra que traz à tona reflexões universais e questões bastante atuais como o fortalecimento de identidades e o empoderamento pela diversidade, além do diálogo entre o tradicional e o inovador.

O livro foi pré-finalista do “Carnegie Medal of Excellence” e do “The Brooklyn Public Library Literary Prize”, além de receber resenhas elogiosas de jornais internacionais como New York Times, Wall Street JournalNew YorkerGuardian e LA Times.

27 de maio de 2019

★★★

Saiba mais sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/agua-doce/

Saiba mais sobre Akwaeke Emezi: https://www.kapulana.com.br/akwaeke-emezi-agua-doce/

Saiba mais sobre a tradutora: https://www.kapulana.com.br/carolina-kuhn-facchin-tradutora/

Para conhecer o catálogo da Kapulana, acessehttps://www.kapulana.com.br/catalogo/

 

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“O pátio das sombras”, escrito por Mia Couto e com ilustrações de Malangatana, vence Prêmio FNLIJ 2019

Obra infantojuvenil escrita por Mia Couto e com Ilustrações de Malangatana vence Prêmio FNLIJ 2019 

A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) premiou, na categoria Literatura em Língua Portuguesa, o livro infantojuvenil O pátio das sombras, de Mia Couto e com ilustrações de Malangatana. A obra é o último volume da série “Contos de Moçambique”, que, desde 2016, é publicada no país pela Editora Kapulana. A premiação é bastante relevante para o intercâmbio cultural entre os países de língua portuguesa.

No enredo de O pátio das sombras, um menino vive com a família em uma aldeia. Um dia, a avó se nega a ir até a plantação, pois diz estar cansada. Durante o trabalho, a família escuta ruídos de festa vindos da aldeia, e todos se perguntam se a avó tinha visitantes. O menino vai checar, mas encontra a avó sozinha. O acontecimento se repete, deixando o menino cada vez mais confuso, até que a avó lhe dá explicações ensinando-lhe uma linda lição sobre a vida e a morte. As páginas são compostas pelas deslumbrantes ilustrações de Malangatana (1936-2011). Utilizando da técnica de pintura nanquim, o artista moçambicano criou desenhos que dialogam com o texto de forma fluída e fascinante. 

A FNLIJ atribuiu, também na mesma categoria,  a outros três livros publicados em 2018 pela Editora Kapulana no Brasil a indicação de Altamente Recomendável. As obras recomendadas e que concorreram ao prêmio de 2019 foram originalmente publicadas em Moçambique pela Escola Portuguesa de Moçambique. Nas edições brasileiras, foi feita a adaptação para a versão da Língua Portuguesa em vigor no Brasil, conforme o Acordo Ortográfico atual.

Conheça as obras com o selo “Altamente Recomendável” e leia alguns trechos:

SÉRIE CONTOS DE MOÇAMBIQUE – A série “Contos de Moçambique” nasceu de um projeto de colaboração entre a “Escola Portuguesa de Moçambique” e a “Fundació Contes pel Món”, de Barcelona, Espanha. Em 2015, a Editora Kapulana fez uma parceria com a “Escola Portuguesa de Moçambique” para publicar no Brasil essa magnífica coleção, com o objetivo de apresentar ao leitor brasileiro uma amostra da cultura moçambicana. A série é composta por dez volumes de contos da tradição oral de Moçambique. 

27 de maio de 2019

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Para conhecer mais sobre os outros volumes da série “Contos de Moçambique” e os demais livros infantis da Kapulanahttps://www.kapulana.com.br/infantis/

Para conhecer a FNLIJhttps://www.fnlij.org.br/

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Maria Celestina Fernandes vence prêmio Globos de Ouro Angola com a obra “Kambas para sempre”

Maria Celestina Fernandes vence importante prêmio literário em Angola

A escritora angolana Maria Celestina Fernandes recebeu, na noite do último domingo (26), prêmio dos Globos de Ouro Angola 2019 na categoria Obra literária do ano por uma Autora pelo livro Kambas para sempre. A Editora Kapulana publicou o título no Brasil, com as ilustrações da artista brasileira Mariana Fujisawa. Em seu discurso de premiação, Celestina Fernandes agradeceu à família e votantes: 

“Este Globo é dedicado, primeiro às pessoas que votaram em mim e que me depositaram confiança. Depois, à minha família, em particular aos meus filhos, que são os meus grandes inspiradores”.

Em Kambas para sempre, Celestina Fernandes narra a história de Lueji, uma menina brasileira e afrodescendente, com nome de rainha. Ela gosta de ouvir as histórias da avó, que narra os episódios contados por seus bisavós, que foram trazidos ao Brasil em navios negreiros. Nesta história, Lueji passa por diversos momentos de preconceito, porém, ao final, descobre o valor da amizade e a importância de celebrar as diferenças. 

Maria Celestina Fernandes nasceu no Lubango, província da Huíla. Ainda muito jovem foi para Luanda, onde cresceu e fez toda a sua formação. É Assistente Social e licenciada em Direito. Dentre as várias funções que exerceu, destaca-se o serviço prestado no Banco Nacional de Angola, onde chefiou o departamento social e posteriormente passou para a área jurídica, aposentando-se na categoria de subdiretora. Iniciou a carreira literária no início da década de oitenta. É autora de uma vasta obra, com destaque para a literatura infantojuvenil. Tem obras premiadas e algumas traduzidas para outros idiomas.

Os Globos de Ouro Angola são a mais importante premiação do país e que prestigia o trabalho de profissionais e artistas de diversas áreas, destacando anualmente as pessoas que mais se destacaram na sua arte e ofício. O prêmio é atribuído em iniciativa e organização conjunta da STEP e da Platina Line, além de contar com a “Academia Globos de Ouro Angola”, cujos integrantes são personalidades e profissionais convidados, especializados e reconhecidos nos ramos. As categorias de premiações são diversas e consagram artistas que se destacaram nas áreas do Teatro, Televisão, Rádio, Moda e Música, assim como na Literatura, com prêmios para a Obra Literária do Ano e o Autor do Ano

A Kapulana publicou no Brasil as seguintes obras de Maria Celestina Fernandes:

27 de maio de 2019

★★★

Saiba mais sobre a autorahttps://www.kapulana.com.br/maria-celestina-fernandes/

Saiba mais sobre o Globo de Ouro Angola: https://www.globosdeouroangola.com/

Assista a premiação: https://www.youtube.com/watch?v=q-ru31ffNug

Para conhecer o catálogo da Kapulana, acessehttps://www.kapulana.com.br/catalogo/

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Morre o escritor queniano Binyavanga Wainaina, aos 48 anos.

Binyavanga Wainaina, autor de livro Um dia vou escrever sobre este lugar, faleceu em 21 de maio de 2019.

É com enorme tristeza que a Editora Kapulana noticia o falecimento, aos 48 anos, do escritor e ativista queniano Binyavanga Wainaina, na última terça-feira (21). A Kapulana publicou, em novembro de 2018, no Brasil, a obra Um dia vou escrever sobre este lugar, em que ele entrelaça suas memórias de infância, adolescência e vida adulta à história contemporânea do continente africano.

Leitor de livros e lugares, palavras e pessoas, Binyavanga estrutura seu mundo através da linguagem. Sempre na margem e olhando para dentro, teve dificuldade para se encaixar nos padrões estipulados da sociedade. Estudou Administração na África do Sul, mas desistiu do curso, lendo vorazmente e fazendo trabalhos temporários até perceber que sua vocação era, de fato, a escrita. Seu texto “Discovering home”, sobre uma viagem com a família para Uganda, ganhou o “Caine Prize for African Writing”, em 2002, importante prêmio que reconhece o talento e a promessa de autores africanos de língua inglesa. One day I will write about this place, seu livro de memórias, foi publicado em 2011, cimentando a carreira do queniano como escritor.

22 de maio de 2019

Conheça a vida e a obra do autor:

https://www.kapulana.com.br/binyavanga-wainaina/

https://www.kapulana.com.br/produto/um-dia-vou-escrever-sobre-este-lugar-binyavanga-wainaina/

 

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Obras da Kapulana contempladas com o selo de “Altamente Recomendável” da FNLIJ – 2019

Obras de literatura infantil da Kapulana receberam o selo com a indicação de “Altamente Recomendável” da FNILJ, edição 2019

A FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) atribuiu a quatro dos livros publicados em 2018 pela Editora Kapulana no Brasil a indicação de “Altamente Recomendável”, na “Categoria Literatura em Língua Portuguesa”.

Isso significa que essas obras, em sua versão brasileira, estão concorrendo ao Prêmio FNLIJ. A lista dos vencedores será divulgada pelo site da FNLIJ, até junho de 2019.

As obras recomendadas e que estão concorrendo ao prêmio de 2019 fazem parte da Série “Contos de Moçambique” publicadas no Brasil pela Kapulana. Foram originalmente publicadas em Moçambique pela Escola Portuguesa de Moçambique. Nas edições brasileiras, foi feita a adaptação para a versão da Língua Portuguesa em vigor no Brasil, conforme o Acordo Ortográfico atual.

Para atender ao jovem leitor brasileiro, as obras da série “Contos de Moçambique” publicadas pela Kapulana,  apresentam também: um glossário de termos locais, biografias atualizadas do autor e do ilustrador e um texto explicativo sobre a técnica de ilustração utilizada no livro.

A Editora Kapulana parabeniza escritores, ilustradores e todos que participaram do processo de edição dessas obras, de modo a que sua publicação e indicação para o prêmio fossem possíveis.

A Editora Kapulana apresenta agradecimentos a Escola Portuguesa de Moçambique, cuja parceria editorial foi essencial para o sucesso da série “Contos de Moçambique” no Brasil.

São Paulo, 20 de abril de 2019.

LINKS:

Para saber mais sobre as obras e ler alguns trechos:

Para conhecer mais sobre os outros volumes da série “Contos de Moçambique” e os demais livros infantis da Kapulanahttps://www.kapulana.com.br/infantis/

Para conhecer a FNLIJhttps://www.fnlij.org.br/

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Kapulana publica livro com crônicas inéditas de Martinho da Vila

A obra reúne 48 crônicas divididas pelos doze meses do ano de 2018

O escritor, cantor e compositor Martinho da Vila publica em maio pela Editora Kapulana o livro 2018 – Crônicas de um ano atípico. A obra reúne 48 crônicas divididas pelos doze meses do ano passado. Martinho descreve com originalidade literária a comemoração de seus 80 anos, da renovação dos votos de casamento com Cléo, da amada e histórica escola de samba Vila Isabel, da cidade do Rio de Janeiro, relembrando alguns de seus sucessos no samba e na literatura. Há crônicas a respeito da sua enorme admiração aos eternos sambistas, assim como a vida artísticas pelos palcos do mundo. No decorrer da obra, Martinho também aborda fatos marcantes ocorridos em 2018, como o assassinato de Marielle Franco, as eleições presidenciais, a visita ao ex-presidente Lula em Curitiba e a derrota do Brasil na Copa do Mundo. 

MARTINHO DA VILA nasceu em Duas Barras, Estado do Rio. É músico, ativista cultural e escritor. Desde 1965, suas atividades culturais e musicais estão vinculadas à escola de Samba Unidos de Vila Isabel, daí seu nome artístico – Martinho da Vila. Ficou conhecido nacionalmente a partir de 1967, quando se apresentou no III Festival da Record, com o partido alto Menina Moça. A partir de então, sua vasta produção musical cresceu e foi reconhecida nacional e internacionalmente. Como escritor, Martinho da Vila tem livros publicados desde 1986, tanto de ficção quanto de não ficção, lançados no Brasil e em Portugal, e alguns deles traduzidos para o francês. Tem se dedicado ao romance e à crônica, com regular colaboração para jornais e revistas. Continua em plena atividade como artista e escritor, fazendo turnês nacionais e internacionais, e, em 2019, lança pela Kapulana seu mais novo livro 2018 – Crônicas de um ano atípico.

18 de abril de 2019

★★★

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Kapulana publica a obra “Minha irmã, a serial killer”, da nigeriana Oyinkan Braithwaite

A obra uma história cheia de suspense e mistério, com humor peculiar e ácido, sem deixar de lado a complexidade da mente de uma sociopata

Chega ao Brasil o aclamado livro Minha irmã, a serial killer, da escritora nigeriana Oyinkan Braithwaite. Elogiada pela crítica internacional, a autora conduz com maestria literária esse thriller psicológico que surpreende e encanta o leitor a cada página.

Com um enredo ambientado na Nigéria, Braithwaite conduz com maestria literária um thriller psicológico que conta a história assustadora sobre duas irmãs com temperamentos e atitudes bem diferentes uma da outra. Korede é amargurada, mas pragmática. Sua irmã mais nova, Ayoola, é a filha favorita e, possivelmente, com sérios distúrbios comportamentais. Seus três últimos namorados aparecem mortos. Um livro com humor peculiar e ácido, cheio de suspense e drama, sem deixar de lado as complexas relações humanas.

Ayoola me convoca dizendo: – Korede, eu o matei.
Eu tinha esperado nunca mais ouvir essas palavras.

(trecho do livro Minha irmã, a serial killer)

Oyinkan Braithwaite nasceu na Nigéria, África, onde ainda reside, na cidade de Lagos. Em 2014, foi indicada entre as dez melhores artistas spoken word no concurso de poesia slam “Eko Poetry Slam”, em Lagos, Nigéria. Em 2016, foi finalista do “Commonwealth Short Story Prize”, que premia os melhores textos ainda não publicados do ano. Minha irmã, a serial killer é o seu primeiro livro.

★★★

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Kapulana participa da II Feira do Livro da Unesp

A feira acontece entre os dias 10 e 14 de abril com o catálogo da editora a 50% de desconto

A Editora Kapulana participará da II Feira do Livro da Unesp, que acontece de 10 a 14 de abril, das 9h às 21h, no câmpus da Unesp, em São Paulo, ao lado da estação Palmeiras-Barra Funda do metrô, levando o seu catálogo com 50% de desconto, além de novidades culturais e literárias. A Kapulana ficará na bancada 177, da rua 2, do galpão de exposição (confira no mapa aqui).

Em seu segundo ano, A Universidade Estadual Paulista, por meio da Fundação Editora da Unesp, realiza a Feira do Livro da Unesp e terá acesso gratuito ao público em geral, em área anexa ao Instituto de Artes e Instituto de Física Teórica e contará com diversas editoras e uma programação cultural recheada de participações especiais.

 

NOVIDADES DA KAPULANA DURANTE A FEIRA:

  • Bate-papo e lançamento: Walter de Sousa e Mariana Fujisawa, autor e ilustradora da obra infantil NINA TEM MEDO DE PALHAÇO, conversarão sobre o processo de criação e desenvolvimento do livro infantil publicado pela Kapulana. O encontro acontece no sábado, 13 de abril, às 11h00, no auditório do Circo da Barra, localizado ao lado da área expositora. O evento contará com o lançamento da obra e sessão de autógrafos. Interessados em participar das atividades devem fazer sua pré-inscrição no site da feira (clique aqui).
  • Venda especial: O livro O Brasil na poesia africana de língua portuguesa – antologia, organizado pelas Profas. Dras. Anita M. R. Moraes e Vima Lia R. Martin, estará à venda para o público durante a II Feira do Livro da Unesp – o livro chega às livrarias no dia 18 de abril. A antologia apresenta vinte e um poemas da literatura africana de língua portuguesa que, de alguma maneira, referenciam o Brasil ou os brasileiros. Com textos de onze poetas de diferentes países africanos – Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe.

05 de abril de 2019

★★★

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“Nina tem medo de palhaço”: Kapulana promove sessões de autógrafos e mesas de conversas de seu mais recente livro infantil

Os eventos ocorrerão nas livrarias da Vila e Cultura, além de participações nas programações culturais nas Cidade do Circo e Unesp

A Kapulana realizará sessões de autógrafos e mesas de conversas de sua mais recente publicação, o livro infantil  Nina tem medo de palhaço, com as participações de Walter de Sousa e Mariana Fujisawa – autor e ilustradora da obra – e Gabi Winter, atriz e a palhaça Jurubeba, homenageada no livro.

Na obra, a jovem Nina perdeu a casa em uma tragédia e passa a viver em um campo de refugiados. O que fazer para enfrentar os medos e anseios durante a infância? É o que acontece quando Nina conhece a palhaça Jurubeba! A palhaça conforta e conversa com a protagonista sobre muitas coisas e lugares que podem ser a nossa casa. Este incrível livro, escrito por Walter de Sousa e ilustrado pela artista Mariana Fujisawa, é uma homenagem ao trabalho social e cultural da palhaça brasileira Jurubeba (Gabi Sigaud Winter), e de todas as palhaças e palhaços que divertem e confortam crianças pelo mundo todo.

 Os eventos acontecerão na cidade de São Paulo em:

★★★

Para conhecer o catálogo da Kapulana, acessehttps://www.kapulana.com.br/catalogo/

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Confira as obras da Kapulana disponíveis no formato e-book

São mais de 15 obras da editora em e-book nas diversas plataformas digitais para compra

Já está disponível o catálogo – obras em prosa – da Kapulana em formato e-book. Os livros podem ser adquiridos nas plataformas digitais Amazon Brasil, Apple Books, Google Play, Kobo, Livraria Cultura e Wook.

A Kapulana é uma editora voltada para a publicação e divulgação da literatura de autores brasileiros e estrangeiros. Atualmente, o catálogo da editora é composto por livros de ficção e científicos, para adultos e crianças, em prosa e poesia. Os autores são de países como Brasil, Angola, Moçambique, Nigéria, Portugal, Quênia e Zimbábue.

 

 

Confira as seguintes obras disponíveis em e-book:

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Para conhecer o catálogo da Kapulana, acessehttps://www.kapulana.com.br/catalogo/

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Quatro autores da Kapulana estarão presentes na primeira edição da “Travessia das Letras”, festa infantojuvenil realizada em Portugal

Kely de Castro, Lucílio Manjate, Ungulani Ba Ka Khosa e Maria Celestina Fernandes conversarão sobre o exercício do pensamento, das ideias, da construção de relações sociais e afetivas que se iniciam na infância

Os escritores da Kapulana, Kely de Castro (Brasil), Maria Celestina Fernandes (Angola),  Laucílio Manjate e Ungulani Ba Ka Khosa (Moçambique) estarão presentes na Travessia das Letras1ª Festa Infantojuvenil da Língua Portuguesa, que será realizada em Oeiras, Portugal, nos dias 30 e 31 de março, no Parque dos Poetas – Templo de Poesia. A editora é membro apoiador do evento.

A participação desses escritores no evento é uma das atividades da Editora Kapulana sobre o Dia da Língua Portuguesa, dia 05 de maio. Essa data é comemorada pelos países da língua portuguesa que fazem parte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

O evento conta com o apoio institucional da Missão do Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da Embaixada do Brasil em Lisboa, do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (I. P. do Camões,) do Centro Cultural Português em Maputo e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas do Governo Português (DGLAB).

OBRAS DOS AUTORES CONVIDADOS

A Kapulana publicou no Brasil as seguintes obras dos escritores presentes no evento:

 

Travessia das Letras – 1ª Festa Infantojuvenil da Língua Portuguesa:

Data: 30 e 31 de março

Horário: das 10h às 18h

Entrada Gratuita

Endereço: Parque dos Poetas – Templo da Poesia (Rua José de Azambuja Proença, 2780-257, Oeiras – Portugal)

Programação oficial da Travessia das Letras: http://travessia2019.blogspot.com

14 de março de 2019

★★★

Para conhecer o catálogo da Kapulana, acesse: https://www.kapulana.com.br/catalogo/

 

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Conheça as ilustrações do livro “Nina tem medo de palhaço”, realizadas pela artista Mariana Fujisawa

Além de abordar o conteúdo sobre o medo na infância, o livro também abrange as questões sociais e políticas no mundo, como as crianças em situação de risco e que passaram por várias perdas, fornecendo, assim, importante reflexão da atualidade

Nina tem medo de palhaço, escrito por Walter de Sousa, é o novo livro infantil publicado pela Kapulana. Na obra, Nina é uma menina que perdeu a casa e vive com mãe em um campo de refugiados. Corajosa, ela enfrenta de tudo, a única questão é o seu medo de palhaço. Mas e de palhaça? É quando conhece a palhaça Jurubeba que Nina aprende sobre as coisas e lugares e que o medo é um sentimento normal. Além de abordar o conteúdo sobre o medo na infância, o livro também abrange as questões sociais e políticas no mundo, como as crianças em situação de risco e que passaram por várias perdas, fornecendo, assim, importante reflexão da atualidade.

O livro é uma homenagem ao trabalho social e cultural da palhaça brasileira Gabi Sigaud Winter, a Jurubeba, e de todas as palhaças e palhaços que divertem e confortam crianças pelo mundo todo. A obra também homenageia os Palhaços sem Fronteiras (Clowns without Borders International) organização que atua desde 1993.

Nina tem medo de palhaço conta com as ilustrações de Mariana Fujisawa. Leia abaixo um depoimento da artista sobre o processo de desenvolvimento das maravilhosas artes presentes no livro:

Ilustrei o ‘Nina tem medo de palhaço’ sempre em contato com o autor e, principalmente, com a Gabi Winters – a palhaça Jurubeba. Foi uma grande preocupação que eu pudesse retratar esta história ao mesmo tempo com liberdade e fidelidade à situação vivida por crianças nos campos de refugiados ao redor do mundo. Para isso, recebi dezenas de fotos dos trabalhos da Gabi em vários países e campos, e me baseei nelas para compor personagens e cenários.  A técnica utilizada foi tinta guache e lápis de cor sobre um papel de cor terrosa. Enquanto o guache apresenta cores vibrantes, o lápis de cor enriquece as ilustrações com textura.  Procurei manter formas simples nos desenhos: a ideia é de que todos possam reconhecer e se empatizar rapidamente pelas situações vividas por Nina e seus amigos – mesmo que estas realidades pareçam muito distantes.
 
22 de fevereiro de 2019
 
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Kapulana publica a obra infantil “Nina tem medo de palhaço”

O livro trata de um tema bastante recorrente no universo infantil: os medos das crianças e como lidar com eles

Em março, a Kapulana publica Nina tem medo de palhaço, obra infantil escrita pelo brasileiro Walter de Sousa e com ilustrações da artista Mariana Fujisawa. O livro trata de um tema bastante recorrente no universo infantil: os medos das crianças e como lidar com eles. Nina, a personagem título, passa a enfrentar seus medos após conhecer a palhaça Jurubeba.  A obra já está em pré-venda.

Em um ambiente indefinido – sem fronteira e sem espaço -, e além de abordar conteúdo sobre o medo na infância, a obra também abrange as questões sociais e políticas no mundo, como as crianças em situações de risco devido as condições dos refugiados na atualidade, fornecendo, assim, uma importante reflexão. Em um trecho, pode-se destacar a competente narrativa desenvolvida pelo autor, transformando em leitura fundamental para todas as idades:

– Você tem medo de alguma coisa? – perguntou Nina.
– Todo mundo tem medo. Até palhaça.
– Tem medo de ficar sem casa?
– Tenho medo de não poder mais dar risada.
Nina entendeu que rir era a casa de Jurubeba.

HOMENAGEM

O livro Nina tem medo de palhaço é uma homenagem ao trabalho social e cultural da palhaça brasileira Gabi Sigaud Winter, a Jurubeba, e de todas as palhaças e palhaços que divertem e confortam crianças pelo mundo todo, particularmente aquelas crianças em situação de risco, vulneráveis e que passaram por várias perdas, como as crianças de campos de refugiados. A obra também é uma homenagem aos Palhaços sem Fronteiras (Clowns without Borders International) organização que atua desde 1993.

15 de fevereiro de 2019

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Saiba mais sobre a obrahttps://www.kapulana.com.br/produto/nina-tem-medo-de-palhaco/

Saiba mais sobre o autorhttps://www.kapulana.com.br/walter-sousa-jr/

Saiba mais sobre a ilustradorahttps://www.kapulana.com.br/mariana-fujisawa/

Saiba mais sobre a homenageadahttps://www.kapulana.com.br/gabi-sigaud-winter-palhaca-jurubeba/

Saiba mais sobre Palhaços sem Fronteirashttp://palhacossemfronteiras.org.br/?gclid=EAIaIQobChMImJz1_9y94AIViRCRCh0GFgQJEAAYASAAEgJzjfD_BwE

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Confira cinco curiosidades sobre o livro “O cão e os caluandas”, de Pepetela

A Kapulana destaca cinco curiosidades importantes sobre o seu próximo lançamento, a obra do premiado escritor angolano Pepetela

  1. PRIMEIRA PUBLICAÇÃO NO BRASIL: Clássico da literatura angolana, publicado originalmente em 1985 em Angola e Portugal, a obra é inédita no Brasil – em pré-venda – e conta com um maravilhoso projeto editorial da Kapulana, assim como uma incrível ilustração de capa feita pela artista Mariana Fujisawa, que explicou o seu processo para esta obra:

“A ilustração da capa foi feita com aquarela. As cores remetem à praia. Por cima da tinta foi utilizado sal, que em contato com a tinta absorve parte da umidade e cria texturas e manchas, além de novamente remeter ao mar. A imagem do cão foi feita em carvão, técnica que permite pouca definição. Isso foi pensado porque a figura do cão na obra é construída de forma fragmentada e difusa”.

  1. ORIGINALIDADE NA ESCRITA: Em mais um enredo singular da trajetória literária de Pepetela, a obra aborda as histórias em Luanda, capital de Angola, na década de 1980, e trazem episódios e anedotas sobre as andanças do cão que leva título da obra. Os relatos, coletados por um autor anônimo, contam as diversas versões da vida do cão, seus diferentes donos, e os muitos lugares por onde passou e onde foi visto. Em O cão e os caluandas, Pepetela faz uma análise profunda e crítica do período após a Independência de Angola.

 

  1. O AUTOR: Nascido em 1941, em Benguela, Angola, Pepetela é licenciado em Sociologia e trabalhou na representação do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). Autor dos clássicos As aventuras de Ngunga (1973), Mayombe (1980), A geração da utopia (1992) e O quase fim do mundo (2008) – que também será publicado pela Kapulana -. Pepetela recebeu diversas homenagens literárias, como o Prêmio Camões, em 1997, um dos maiores da literatura, pelo conjunto da obra.

 

  1. SÉRIE VOZES DA ÁFRICA: A série nasceu de um projeto da Editora Kapulana para divulgar a literatura africana no Brasil. Com esse propósito, a fundadora da editora brasileira, que é doutora em Literatura e teve experiência como docente em Moçambique, passou a coordenar, a partir de 2015, a publicação de livros de origem africana. A série é composta por obras de ficção em prosa e poesia, dedicadas a crianças e a adultos. Já foram publicadas as obras de Ungulani Ba Ka Khosa, Luís Bernardo Honwana, Suleiman Cassamo, Noémia de Sousa, entre outros.

 

  1. LEIA UM TRECHO:

As cenas que se vão narrar passaram no ano de 1980 e seguintes, nessa nossa cidade de Luanda. No século passado, portanto. Século sibilino.

Peço esforço para compreenderem a linguagem, que é a da época em que aconteceram os casos. Os que conheceram o cão pastor-alemão deixaram os documentos escritos ou gravados, que me resumi a pôr em forma publicável. Foi preciso um inquérito rigoroso, muitas solas gastas, a procurar as pessoas e, sobretudo, convencê-las a falar, a escrever, ou a darem-me na candonga fotocópias de documentos. O pouco conseguido aí está. E ficou guardado muitos anos na gaveta, por promessa feita a alguns dos informadores benévolos. Hoje, passado tanto tempo, será difícil descobrir a maior parte dos narradores. Há pessoas mal intencionadas que só leem livros para neles encontrarem alusões a conhecidos. Mas aqui os segredos ficam resguardados. E mesmo os herdeiros não me podem vir exigir os direitos de autor, o que é uma vantagem.

Trata-se pois de estórias dum cão pastor-alemão na cidade de Luanda. Também se trata duma toninha, ser todo de espuma, algas como cabelos, que talvez só tenha vivido na minha cabeça. E na do cão, claro. Será mesmo só isso? Responda o leitor.

Mais previno que qualquer dissemelhança com fatos ou pessoas pretendidos reais foi involuntária.

Calpe, ano de 2002.

O autor.

 

1 de fevereiro de 2019

 

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A obra: https://www.kapulana.com.br/produto/o-cao-e-os-caluandas/

O autor: https://www.kapulana.com.br/pepetela/

Leia também – A crítica de Pepetela, por Tania Macêdo: https://www.kapulana.com.br/a-critica-de-pepetela-tania-macedo/

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Volta às aulas: Kapulana faz indicações de leituras para estudantes da pré-escola ao ensino universitário

A Editora Kapulana indica livros de seu catálogo para estudantes da pré-escola ao ensino universitário para o ano de 2019!

INDICAÇÕES DE LEITURAS DA KAPULANA

PRÉ-ESCOLA

  • Sonho da lua – Sílvia Bragança – poesia – infantil – Moçambique.
  • Viagem pelo mundo num grão de pólen e outros poemas – Pedro P. Lopes– poesia – inf. – Moçambique.

FUNDAMENTAL I

  • Clarinha e Berenice e o Dicionário do Inesperado – Carolina Mondin – Brasil (inf./bilíngue).
  • Contos de Moçambique (volumes de 1 a 10) (contos infantis ilustrados)
  • Kalimba – Maria Celestina Fernandes – Angola (infantil).
  • Kambas para sempre – Maria Celestina Fernandes – Angola (infantil).
  • O jovem caçador e a velha dentuça – Lucílio Manjate – Moçambique (infantil).
  • Serei sereia? – Kely de Castro – Brasil (infantil/ inclusão social) .
  • Sonho da lua – Sílvia Bragança – Moçambique (poesia – infantil).
  • Titus e as galinhas – Aurélio de Macedo – Brasil (infantil/bilíngue).
  • Viagem pelo mundo num grão de pólen e outros poemas – Pedro P. Lopes – Moçambique (poesia – infantil).

FUNDAMENTAL II

  • A triste história de Barcolino, o homem que não sabia morrer – Lucílio Manjate – Moçambique (novela).
  • Nós matamos o Cão Tinhoso! – Luís Bernardo Honwana – Moçambique (novela).

MÉDIO

  • Esperança para voar – Rutendo Tavengerwei – Zimbábue (romance).
  • Nós matamos o Cão Tinhoso! – Luís Bernardo Honwana – Moçambique (novela).
  • A triste história de Barcolino, o homem que não sabia morrer – Lucílio Manjate – Moçambique (novela).
  • O caso de Pedro e Inês: Inês(quecível) até o fim do mundo – Francisco M. Silveira – Brasil (poesia/cordel).
  • O domador de burros e outros contos – Aldino Muianga – Moçambique (contos).
  • A noiva de Kebera, contos – Aldino Muianga – Moçambique (contos).
  • Sangue negro – Noémia de Sousa – Moçambique (poesia).

UNIVERSITÁRIO

  • Perto do Fragmento, a totalidade:  olhares sobre a literatura e o mundo – Francisco Noa – Moçambique (ensaios).
  • Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador – Ungulani Ba Ka Khosa – Moçambique (romance).
  • O cão e os caluandas – Pepetela – Angola (romance).
  • Império, mito e miopia:  Moçambique como invenção literária – Francisco Noa – Moçambique (ensaios).
  • Uns e outros na literatura moçambicana – Francisco Noa – Moçambique (ensaios).
  • Pensando o cinema moçambicano: ensaios  – Carmen Lucia Tindó Secco – Brasil (ensaios).
  • O cão e os caluandas – Pepetela – Angola (novela). em pré-venda.

31 de janeiro de 2019.

Saiba mais sobre as obras: https://www.kapulana.com.br/catalogo/

Saiba mais sobre os escritores: https://www.kapulana.com.br/nossos-autores/

 

 

 

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Kapulana publica obra inédita no Brasil do premiado escritor angolano Pepetela

Em O cão e os caluandas, Pepetela faz uma análise profunda e crítica da situação do período após a Independência de Angola

Inédito no Brasil, o livro O cão e os caluandas, do consagrado escritor angolano Pepetela, narra os caminhos de um cão que, sucessivamente, é adotado por pessoas diferentes. A partir desse olhar do narrador, que revela as histórias das famílias que o adotam, o leitor passa a ter contato com o cenário histórico e político de Angola. O resultado é uma análise profunda e crítica da situação do período após a Independência de Angola. A obra já está em pré-venda e chega às livrarias na metade de fevereiro.

O livro, da série Vozes da África, criada pela Kapulana, aborda as histórias em Luanda, capital de Angola, na década de 1980, e trazem episódios e anedotas sobre as andanças do cão que leva título da obra, que invade desde passeatas até reuniões de sindicato, sempre lembrando ao leitor e os caluandas – palavra para designar os moradores de Luanda – deste pedaço do colonizador deixado para trás. Os relatos, coletados por um autor anônimo, contam as diversas versões da vida do cão, seus diferentes donos, e os muitos lugares por onde passou e onde foi visto. Há um poeta, uma prostituta, um funcionário público, um mecânico, diversas pessoas que conheceram o cão de alguma maneira.

Pepetela

Nascido em 1941, em Benguela, Angola, Pepetela é licenciado em Sociologia e trabalhou na representação do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). Autor dos clássicos As aventuras de Ngunga (1973), Mayombe (1980), A geração da utopia (1992) e O quase fim do mundo (2008). Pepetela recebeu diversas homenagens literárias, como o Prêmio Camões, em 1997, um dos maiores da literatura, pelo conjunto da obra.

Série Vozes da África

A série “Vozes da África” nasceu de um projeto da Editora Kapulana para divulgar a literatura africana no Brasil. Com esse propósito, a fundadora da editora brasileira, que é doutora em Literatura e teve experiência como docente em Moçambique, passou a coordenar, a partir de 2015, a publicação de livros de origem africana. A série é composta por obras de ficção dedicadas a crianças e adultos.

29 de janeiro de 2019.

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Saiba mais sobre a obra: https://www.kapulana.com.br/produto/o-cao-e-os-caluandas/

Saiba mais sobre o autor: https://www.kapulana.com.br/pepetela/

Leia – A crítica de Pepetela, por Tania Macêdo: https://www.kapulana.com.br/a-critica-de-pepetela-tania-macedo/

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Em parceria com a Kapulana, Biblioteca Mário de Andrade realiza clube de leitura da obra “O que acontece quando um homem cai do céu”, de Lesley Nneka Arimah

Encontro literário abordou a originalidade dos contos escritos pela autora 

Na última quarta-feira, 9 de janeiro,  a Biblioteca Mário de Andrade realizou o Clube de Prosa da Mário com o livro O que acontece quando um homem cai do céu, de Lesley Nneka Arimah, publicado pela Kapulana. Com mais de trinta leitores e leitoras, foram discutidos os doze contos que contemplam a obra, destacando a originalidade e a atualidade dos temas desenvolvidos pela autora. 

Em seu livro de estreia, Arimah desenvolve as diversas formas literárias que abrangem o insólito, a distopia, as memórias da guerra na Nigéria, as relações entre mãe e filha, a convivência humana com as tecnologias, a infância e o embate entre as tradições de seus familiares e o cotidiano na América, muitas vezes com uma visão afrofuturista. Lesley nasceu no Reino Unido, viveu na Nigéria e agora mora nos EUA. O livro fez parte das listas de “Melhores de 2018” nas mídias especializadas em literatura, como o “Suplemento Pernambuco”, a “CartaCapital” e o “Plano Crítico”.

★★★

Saiba mais sobre a escritora: https://www.kapulana.com.br/lesley-nneka-arimah/

Saiba mais sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/o-que-acontece-quando-um-homem-cai-do-ceu/

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Conheça os livros da Kapulana para 2019

O catálogo inclui autores angolanos, nigerianos, moçambicanos, zimbabuenses e brasileiros, como Pepetela, Akwaeke Emezi, Adelino Timóteo, Tsitsi Dangarembga, Walter Sousa Jr. e Marcelo Jucá

A Kapulana divulgou o seu calendário de publicações para 2019. O catálogo inclui autores angolanos, moçambicanos, zimbabuenses e brasileiros. Entre os títulos estão as obras O cão e os caluandas e O quase fim do mundo, ambas do consagrado autor angolano Pepetela, e o romance Cemitério dos pássaros, do moçambicano Adelino Timóteo. A editora também lançará duas obras infantis de autores brasileiros, com temáticas que abordam reflexões socais acerca de temas atuais: Nina tem medo de palhaço, de Walter de Sousa Júnior, e Ilha, de Marcelo Jucá – este, vencedor do concurso “Seja Nosso Autor”, promovido pela Kapulana.

Dando continuidade às publicações de autores africanos de língua inglesa – projeto que teve início em 2018 para o catálogo da editora -, a Kapulana prepara o livro Nervous conditions, da escritora e cineasta Tsitsi Dangarembga, do Zimbábue, premiado e classificado entre os 12 primeiros livros no ranking dos “100 Melhores Livros Africanos do Século XX”, e contemplado, em 2018, na lista da BBC de “100 Histórias que Formaram o Mundo”. A obra retrata a história da uma família Shona, durante o período pós-colonial, no Zimbábue (Rodésia, antes da independência). O aclamado Freshwater, de Akwaeke Emezi, da Nigéria, utiliza uma linguagem crua e, ao mesmo tempo, sensível, a obra celebra a possibilidade do ser múltiplo, os muitos “eus” que podem existir dentro de qualquer um. Já em Minha irmã, a serial killer, Oyinkan Braithwaite, também da Nigéria, conta uma história ao mesmo tempo bem-humorada e assustadora sobre duas irmãs com temperamentos e atitudes bem diferentes uma da outra.

Leia as sinopses de cada obra: https://www.kapulana.com.br/proximos-lancamentos/?mc_cid=44f2daace9&mc_eid=d9a246dbcb

Conheça os autores: https://www.kapulana.com.br/nossos-autores/

Saiba mais sobre a Editora Kapulana: https://www.kapulana.com.br/a-editora/

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Kapulana participa de roda de conversa “Como Montar e Gerir Uma Editora Independente” no Sesc Paulista

Diretora e fundadora da Kapulana conversou sobre o desenvolvimento da editora em encontro no Sesc Avenida Paulista

A diretora editorial da Kapulana, Rosana Weg, participou, em novembro, no Sesc Avenida Paulista, de uma roda de conversa sobre como desenvolver uma editora independente. Intitulada “Como Montar e Gerir uma Editora Independente”, o bate-papo contou também com as presenças dos editores Eduardo Lacerda, da Patuá; Marcelo Nocelli, da Reformatório; e Marciano Ventura, da Ciclo Contínuo.  A mediação ficou a cargo do escritor e produtor cultural Jorge Ialanji Filholini. 

No encontro, os quatro editores conversaram sobre as fases do mercado editorial brasileiro, como são escolhidas as obras e autores que farão parte do catálogo, a elaboração do material físico e/ou virtual do livro, os meios de comunicação na divulgação e promoção dos livros, o lançamento, relação com as livrarias, os eventos literários e, assim, as vendas. O bate-papo aprofundou um pouco do desenvolvimento e dinâmica das editoras independentes no Brasil.

 

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Editora Kapulana traz mais uma vez ao Brasil o escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa para lançamento de novo livro sobre o imperador Gungunhana

O premiado escritor moçambicano esteve em novembro no Brasil para lançar seu novo livro e participar de diversos eventos culturais e acadêmicos no país

O premiado escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa esteve em novembro no Brasil para realizar o lançamento de seu novo livro Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador, publicada pela Editora Kapulana, além de participar de eventos pelo país onde conversou sobre a sua trajetória literária. O autor passou pelas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Salvador.

O livro é composto por duas obras em um só volume. As duas obras têm o imperador Gungunhana como elo. Na primeira história, publicada em 1987, Ualalapi, classificado em rancking internacional entre “os 100 melhores romances africanos do século XX”, conta a história de Gungunhana, de sua ascensão à sua queda. Na segunda história, As mulheres do Imperador (2018), Ungulani traz de volta a mesma personagem Gungunhana, mas as protagonistas são suas mulheres, que são separadas do Imperador no exílio e retornam a Moçambique após quinze anos de isolamento.

Em São Paulo

Na Universidade de São Paulo (USP), em 5 de novembro, seu primeiro encontro no país, o escritor compartilhou com o público, durante a programação do “XVIII Encontro de Estudos Comparados de Literatura de Língua Portuguesa”, a sua carreira na escrita literária e a nova edição de Ualalapi, obra bastante estudada no país. O encontro contou com a participação da diretora da Kapulana, Rosana Weg, que explicou o processo editorial do novo volume, e da pesquisadora Jaqueline Kaczorowski, que conversou com o autor sobre Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador. Segundo Ungulani:

“A literatura tem dessas pretensões de não moralizar os personagens que escolhemos, torna-se importante socializar essas figuras histórias. A minha vontade foi tentar deixar o Gungunhana mais humano. Já em “As mulheres do Imperador” eu quis encontrar o ponto certo e entrar naquele universo. O escritor escolhe um enredo e entrega o resultado de corpo e alma”.

Na Blooks Livraria, do Shopping Frei Caneca, em São Paulo, na noite do dia 12 de novembro, o autor bateu um papo com o jornalista e crítico literário Rodrigo Casarin. Durante a conversa, Ungulani destacou a homenagem que prestou às esposas de Gungunhana, e a todas as mulheres, em sua mais recente obra:

“Foi uma ideia que eu vinha tendo ultimamente e, de repente, enxerguei um tema que dá para eu tratar sobre isto. Procurei por documentos sobre elas e não encontrei nada. Anos depois recebi alguns documentos se tratando do exílio delas em São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, e, à medida que fui analisando, percebi o papel secundário que a História renega às mulheres”.

Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas-SP, no dia 14 de novembro, Ungulani esteve com estudantes de diversos cursos, inclusive estudiosos de suas obras. O encontro foi organizado pelo GELCA – Grupo de Estudos de Literaturas e Culturas Africanas e mediado pela Profa. Dra. Elena Brugioni. Contou com as presenças da pesquisadora Natasha Magno e da diretora da Kapulana, Rosana Weg.

Ainda em São Paulo, em 23 de novembro, Ungulani Ba Ka Khosa participou de mesa de debate no “II Seminário A língua portuguesa na educação, na literatura e na comunicação”, promovido pela CPCLP, Comissão para a Promoção de Conteúdo em Língua Portuguesa, da Câmara Brasileira do Livro (CBL), realizado no Sesc – Centro de Pesquisa e Formação. Participaram do bate-papo o escritor moçambicano e a premiada escritora brasileira Maria Valéria Rezende, sob a mediação da escritora e jornalista Josélia Aguiar. Os convidados debateram com o público presente sobre sua produção literária, sua experiência em educação, e também sobre as principais influências culturais e literárias em suas obras. Na ocasião, Ungulani realizou o lançamento, com sessão de autógrafos, da edição brasileira de Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador.

No Rio de Janeiro

Na cidade carioca, Ungulani Ba Ka Khosa, participou de dois eventos organizados para a sétima edição da Festa Literária das Periferias, FLUP, realizada no Cais do Valongo.

Em 7 de novembro, na Flup Parque, Ungulani conversou com alunos do ensino fundamental da região sobre o seu processo de desenvolvimento do livro infantil O rei mocho – que faz parte da série Contos de Moçambique, publicada pela Kapulana -, assim como sobre sua experiência como educador.

Em 9 de novembro, na Flup, realizou o lançamento nacional da obra Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador e compartilhou a sua experiência literária ao lado dos pesquisadores e escritores brasileiros Tom Farias e Djamila Ribeiro. Em uma noite de teatro cheio, Ungulani destacou a importância da literatura no país moçambicano:

“A literatura tem desempenhado o papel de recuperar a memória, porque a memória é uma amnésia em nosso país. As elites que nascem no nosso continente muitas vezes se afastam de seu chão cultural. Desta forma, as jovens gerações perdem as suas ancestralidades. No entanto, para encontrá-los e trazê-los de volta para a nossa cultura, eu faço por meio da literatura. E se não consigo desta maneira, acabo não sendo ninguém para este mundo”

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, participou de vários encontros sobre literatura e cinema de Moçambique, em seminário organizado pela Profa. Dra. Carmen Lucia Tindó Secco: “Literaturas Africanas & Cinema & História: olhares múltiplos, perspectivas críticas, leituras cruzadas”:

Em 21 de novembro, debate e lançamento do livro de ensaios organizado da Profa. Carmen L. T. Secco, publicado pela Editora Kapulana: Pensando o cinema moçambicano – ensaios.

Em 22 de novembro, debate e lançamento do livro da Kapulana, Gungunhana: Ualalapi e as Mulheres do Imperador, seguido de sessão de autógrafos.

Recebido por estudantes, professores, pesquisadores de sua obra literária e da cultura moçambicana em geral, Ungulani conversou sobre o seu processo criativo em geral e sobre a obra Ualalapi (1987), e sobre sua mais recente obra As mulheres do imperador (2018), juntas agora na edição brasileira da Kapulana.

Em Salvador

Em sua 13ª edição, a já tradicional “Balada Literária” convidou o escritor Ungulani Ba Ka Khosa para a sua programação realizada em Salvador (BA).

Em 17 de novembro, na Casa do Benin, no Pelourinho, o escritor moçambicano participou da mesa “Sei dos caminhos – Moçambique e Brasil”, ao lado dos professores e escritores Nelson Maca, também curador da Balada na Bahia, Wesley Correia e Rodrigo Dultra. Ungulani falou sobre o seu processo criativo e da sua paixão pela Literatura. Depois da conversa, o escritor moçambicano lançou Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador.

O escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa ainda visitou livrarias brasileiras, no Rio e em São Paulo, onde seus livros estão à venda. Lá encontrou os livros publicados pela Kapulana no Brasil: O rei mocho, Orgia dos Loucos e o mais recente Gungunhana. Nessas visitas, os profissionais do livro tiveram a oportunidade rara de conhecer pessoalmente um grande escritor de ficção moçambicana.

São Paulo, 27 de novembro de 2018.

***

FOTOS das atividades:

SÃO PAULO

05/11/2018 – Encontro com o escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa na USP, em São Paulo, SP.

https://www.kapulana.com.br/05-11-2018-encontro-com-o-escritor-mocambicano-ungulani-ba-ka-khosa-na-usp-em-sao-paulo-sp/

12/11/2018 – Resistência na Literatura: bate-papo com Ungulani Ba Ka Khosa, na Blooks Livraria, em São Paulo, SP.

https://www.kapulana.com.br/12-11-2018-resistencia-na-literatura-bate-papo-com-ungulani-ba-ka-khosa-na-blooks-livraria-em-sao-paulo-sp/

14/11/2018 – Encontro com o escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, na Unicamp, Campinas, SP.

https://www.kapulana.com.br/14-11-2018-encontro-com-o-escritor-mocambicano-ungulani-ba-ka-khosa-na-unicamp-sp/

23/11/2018 – Lançamento de Gungunhana: Ualalapi e as Mulheres do Imperador, de Ungulani Ba Ka Khosa, no Sesc Centro de Pesquisa e Formação, em São Paulo, SP.

https://www.kapulana.com.br/lancamento-de-gungunhana-ualalapi-e-as-mulheres-do-imperador-de-ungulani-ba-ka-khosa-no-sesc-centro-de-pesquisa-e-formacao-em-sao-paulo-sp/nggallery/page/1

 

RIO DE JANEIRO

22/11/2018 – Lançamento de Gungunhana: Ualalapi e as Mulheres do Imperador, de Ungulani Ba Ka Khosa, na UFRJ, Rio de Janeiro, RJ.

https://www.kapulana.com.br/lancamento-e-sessao-de-autografos-do-livro-gungunhana-de-ungulani-ba-ka-khosa-na-ufrj-rj/

 

SALVADOR

17/11/2018 – Ungulani Ba Ka Khosa na Balada Literária de Salvador, BA.

https://www.kapulana.com.br/ungulani-ba-ka-khosa-na-balada-literaria-de-salvador-ba/

 

VÍDEOS com o escritor:

Flup Parque (07/11/2018) – Rio de Janeiro, RJ

https://www.facebook.com/FlupRJ/videos/345874612637916/

FLUP (09/11/2018) – Rio de Janeiro, RJ

https://www.facebook.com/FlupRJ/videos/vl.1966763803623029/2109192102465286/?type=1

https://www.facebook.com/FlupRJ/videos/vl.319463598867952/254753368535403/?type=1

 

ENTREVISTAS E LEITURAS de texto com o autor, para a Editora Kapulana, São Paulo, SP.

Entrevista: https://www.kapulana.com.br/uma-entrevista-com-ungulani-ba-ka-khosa-autor-de-gungunhana-ualalapi-as-mulheres-do-imperador/

Entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=ZI-PMk9HrA4&t=8s

Leitura de trechos: https://www.youtube.com/watch?v=2X_t52b4xwA

 

ARTIGOS E MATÉRIAS sobre a obra:

Por Rita Chaves (Profa. da USP): https://www.kapulana.com.br/ualalapi-a-narrativa-e-os-ciclos-por-rita-chaves/

Por Carmen Lucia Tindó Secco (Profa. da UFRJ): https://www.kapulana.com.br/as-mulheres-do-imperador-entrelaces-de-historias-e-estorias-por-carmen-l-tindo-secco/

Por José dos Remédios (jornalista de Moçambique): https://www.kapulana.com.br/a-degradacao-da-personagem-em-gungunhana-por-jose-dos-remedios/

Jornal O GLOBO (RJ): Destaques culturais na Semana da Consciência Negra: https://oglobo.globo.com/cultura/selecionamos-destaques-culturais-na-semana-da-consciencia-negra-23244197

SOBRE OS LIVROS DO AUTOR publicados pela Kapulana:

Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador: https://www.kapulana.com.br/produto/gungunhana-ualalapi-as-mulheres-do-imperador/

O rei mocho: https://www.kapulana.com.br/produto/o-rei-mocho-1-contos-de-mocambique/

Orgia dos loucos: https://www.kapulana.com.br/produto/orgia-dos-loucos/

 

SOBRE O AUTOR: https://www.kapulana.com.br/ungulani-ba-ka-khosa/

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Cinco curiosidades sobre “Um dia vou escrever sobre este lugar”, de Binyavanga Wainaina

A Kapulana destacou cinco curiosidades importantes sobre o seu próximo lançamento, a obra de memórias de um dos escritores mais geniais da atualidade

  1. O Livro

Publicado pela primeira vez em Língua Portuguesa, com impecável trabalho editorial da Kapulana, em Um dia vou escrever sobre este lugar, Binyavanga Wainaina, a partir de suas memórias da infância à vida adulta, apresenta-nos nessa preciosa obra literária, um retrato pessoal, político e cultural da África, a partir de sua vivência no  Quênia, seu país natal, e em outros países onde viveu, como a África do Sul, Uganda, Gana e Togo. Para celebrar este livro incrível, a editora realizou uma parceria com a TAG – Experiências Literárias. O livro está à venda na TAG Loja (compre aqui) do período de 5 a 25 de novembro. No site da Kapulana e nas demais livrarias, o livro estará à venda a partir de 26 de novembro.

  1. O Autor

Binyavanga Wainaina é um defensor incansável da África, do poder do continente africano a partir de suas raízes e seu povo. Fala abertamente sobre questões referentes à realidade LGBTQ+ na África em comparação à realidade de outros países. Nasceu em Nakuru, Quênia, em 18 de janeiro de 1971.

Estudou Economia na África do Sul, mas desistiu do curso até perceber que sua vocação era, de fato, a escrita. Em 2002, ganhou o “Caine Prize for African Writing”, com “Discovering home”, sobre uma viagem com a família para Uganda. No ano de 2008, com o ensaio “How to write about Africa” ganhou reconhecimento mundial.  Em 2011 lançou o livro One day I will write about this place, seu livro de memórias. No ano de 2016, Dia Mundial de Combate à AIDS, o autor assumiu, em seu perfil do Twitter, que é HIV positivo e vive muito bem. 

  1. A obra foi indicada pela escritora Chimamanda Adichie 

Em outubro de 2017, quando foi curadora do clube de assinantes da TAG – Experiências Literárias, a renomada escritora nigeriana Chimamanda Adichie destacou Um dia vou escrever sobre este lugar, que ainda não havia sido publicado no Brasil, como um dos seus cinco livros favoritos. Confira aqui.

  1. Um livro aclamado pela crítica mundial 

“Wainaina é um cantor e pintor de palavras. Ele faz você cheirar, escutar, tocar, ver e, acima de tudo, sentir o drama e as vibrações da vida abaixo da superfície capturada de forma brilhante e concreta do Quênia e da África. Estas memórias explodem com vida e risadas e compaixão em todas as linhas e parágrafos” (Ngũgĩ wa Thiong’o, aclamado escritor queniano)

“O caminho de Wainaina até se tornar um escritor está entrelaçado à sua busca por sua identidade, por pertencer à sua família e, ao mesmo tempo, criar um retrato hilário, inteligente e cheio de nuances do que é ser Um Queniano-Ugandense-Gikuyu-Mufunbira-filho-irmão-estrangeiro-cidadão-artista no mundo, hoje” (por Caitlin Chandler, em Africa is a country)

“A linguagem é, claramente, o modo preferido pelo autor para estruturar o mundo, mas também é o brinquedo que ele usa com elegância idiossincrática e imediatismo brilhante para capturar ‘as sensações esparsas, oscilantes’ de memórias e emoções do passado” (Kirkus Prize, da edição na “BEA Big Books”)

  1. Edição brasileira conta com “capítulo perdido”

Em janeiro de 2014, após uma série de leis anti-homossexualidade terem sido aprovadas na África, Binyavanga escreveu o texto “Eu sou homossexual, Mãe”, no qual reinventa os eventos da morte da mãe, imaginando como teria sido lhe contar que é um homem gay. O texto, nomeado pelo autor como um “capítulo perdido” de suas memórias, publicadas em 2011, saiu inicialmente no site Africa is a country, e posteriormente foi publicado também no The Guardian e outros veículos da grande imprensa. Por sua coragem de se assumir como homossexual no Quênia, país no qual a homossexualidade é punida criminalmente, Binyavanga foi eleito, em 2014, uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, pela TIME. A edição brasileira de Um dia vou escrever sobre este lugar inclui este comovente e importante capítulo da vida de Binyavanga.

Leia um trecho do texto:

“- Nunca abri meu coração para você, Mamãe. Você nunca me pediu para fazer isso.

Só minha mente diz. Isso. Não minha boca. Mas com certeza o solavanco da minha respiração e do meu coração, ali, ao lado dela, foi percebido? Ela está me deixando entrar?

Ninguém, ninguém na minha vida ouviu isso, nunca. Nunca, mamãe. Eu não confiei em você. Mamãe. E. Eu. Puxei o ar com uma força e o segurei em uma bola no meu umbigo, e soltei pela boca devagar e continuamente, regular e sem tropeços, alto e claro por cima de um ombro, em seu ouvido.

– Mamãe, eu sou homossexual”.

 

Conheça o catálogo da Kapulanahttps://www.kapulana.com.br/catalogo/
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Kapulana publica o livro “Um dia vou escrever sobre este lugar”, do escritor queniano Binyavanga Wainaina

Binyavanga entrelaça suas memórias de infância, adolescência e vida adulta à história contemporânea do continente africano

A Kapulana publica em novembro um dos livros mais aguardados do ano, a obra Um dia vou escrever sobre este lugar, do queniano Binyavanga Wainaina. E para celebrar este incrível livro, a editora realizou uma parceria com a TAG – Experiências Literárias para as primeiras vendas dos exemplares.  A obra estará à venda na TAG Loja do período de 5 a 25 de novembro. No site da Kapulana e nas livrarias, o livro estará à venda a partir de 26 de novembro

Em Um dia vou escrever sobre este lugar, Binyavanga entrelaça suas memórias de infância, adolescência e vida adulta à história contemporânea do continente africano. Utilizando referências políticas, da cultura africana e da cultura popular mundial, o autor nos apresenta as constantes transformações acontecidas em países como Quênia, África do Sul, Uganda, Gana e Togo, a partir de seu próprio crescimento e amadurecimento como pessoa e, principalmente, escritor e constante observador do mundo ao seu redor.

Fascinado pelas diversas linguagens humanas, de palavras ao corpo, Binyavanga descreve, na obra, as diversas nuances e facetas de uma África gigante, complexa, mal compreendida, presenteando os leitores com histórias, acontecimentos e anedotas contadas com um olhar de dentro que não se pauta pelo externo, que não quer acomodar visões e conceitos restritos sobre África, mas, sim, explodi-los, para dar lugar a uma rica constelação de pessoas, impressões, línguas, costumes e situações, utilizando a própria vida, seus percalços, sua história para afogar ideias pré-concebidas e constantemente disseminadas sobre o continente africano.

A edição da Kapulana, traduzida por Carolina Kuhn Facchin, contém, ainda, o que o autor considera como um “capítulo perdido” de suas memórias, chamado “Mãe, eu sou homossexual”, publicado em 2014, três anos após o livro original. No texto, Binyavanga reinventa como teriam sido os últimos momentos de vida de sua mãe se ele tivesse viajado até o Quênia para estar com ela, e lhe contado que é um homem gay. Com muita sensibilidade, ele nos apresenta uma vida de autoconsciência mas, também, de restrição, devido ao medo, à vergonha e a profundas amarras culturais.

Em depoimento sobre o livro, o célebre escritor queniano Ngũgĩ wa Thiong’o destacou:

“Wainaina é um cantor e pintor de palavras. Ele faz você cheirar, escutar, tocar, ver e, acima de tudo, sentir o drama e as vibrações da vida abaixo da superfície capturada de forma brilhante e concreta do Quênia e da África”.

Para a cantora e compositora Ellen Oléria, que assina o texto de orelha da versão brasileira da obra:

“em um dia vou escrever sobre este lugar pregamos e liberamos cada passo numa teia diversa de povos, costumes, idiomas de uma áfrica múltipla em visões e memórias que falam com a verdade da autonomia, da conexão ancestral, da força de laços e rompimentos”.

Um dia vou escrever sobre este lugar é uma admirável leitura sobre o retrato reflexivo de um momento recente da história da África, pela perspectiva criativa de Binyavanga, onde a linguagem é o mote fundamental para a composição destas memórias afetivas e atenciosas, dialogando com cultura pop e tradições africanas. Uma obra mais que necessária para acompanhar a profunda jornada das sensações marcantes da escrita de um dos autores mais geniais da literatura deste começo de século.

Conheça o catálogo da Kapulanahttps://www.kapulana.com.br/catalogo/

 

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“Ilha”, de Marcelo Jucá, foi a obra selecionada pelo processo Seja Nosso Autor da Editora Kapulana

Além da qualidade literária do texto, a obra se destaca por trazer à tona a discussão de temas de relevância cultural que fazem parte do mundo da criança

Ilha, do brasileiro Marcelo Jucá, retrata, de maneira sensível, a vida de Dado, garoto que vive em um lixão. Com suas descobertas e brincadeiras, Dado tenta entender a vida na “ilha” e imaginar o mundo que fica fora dela. Para onde vão as pessoas que conseguem ir embora, mas nunca retornam? Um livro delicado sobre questões sociais difíceis para serem enfrentadas por uma criança , como fome, pobreza e trabalho infantil. É obra infantil, ilustrada, que remete adultos e crianças a fazerem reflexões sobre a realidade.

Além da qualidade literária do texto, a obra se destaca por trazer à tona a discussão de temas de relevância cultural que fazem parte do mundo da criança. Desta forma, sensibiliza tanto as crianças como os adultos a refletirem sobre questões sociais como fome, moradia inadequada, relações de afeto. O livro atende tanto ao leitor já alfabetizado, que pode fazer uma leitura independente, ao mediador de leitura, momento em que um leitor alfabetizado pode ler o texto para uma criança. As ilustrações também funcionam como complemento para a compreensão do texto, como forma de sensibilizar as crianças.

Sobre o autor

MARCELO JUCÁ, brasileiro, é escritor, educador e jornalista. É mestre em Comunicação e Semiótica com orientação psicanalítica. Tem desenvolvido sua pesquisa e produção a partir das relações, do lúdico e do tempo. É autor de obras infantis e infantojuvenis, tendo conquistado reconhecimentos literários. No processo de seleção da Editora Kapulana, edição de 2018, foi o primeiro classificado, com seu livro Ilha, dedicado ao público infantil. Atua como artista-educador em oficinas e programas da prefeitura. Como jornalista colaborou em jornais, revistas e agências de comunicação. 

 

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Premiado escritor moçambicano, Ungulani Ba Ka Khosa vem ao Brasil lançar a obra “Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador”

O autor moçambicano participa de mesas de conversas nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Salvador, além de realizar sessões de autógrafos de sua recente obra publicada pela Kapulana

O premiado escritor moçambicano virá ao Brasil em novembro para realizar o lançamento de sua obra Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador, publicada pela Editora Kapulana, além de participar de eventos pelo país sobre a sua trajetória literária. O autor estará presente nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Salvador.

O livro Gungunhana é composto por duas obras em um só volume. As duas obras têm o imperador Gungunhana como elo. Na primeira história, publicada em 1987, Ualalapi recebe a missão de matar o rei Mafename, a mando de seu próprio irmão Ngungunhane (Gungunhana) que se torna, assim, o imperador de Gaza. Este imperador é famoso pela resistência que opôs aos portugueses nos finais do séc. XIX, mas a narrativa revela que Ngungunhane era um homem cruel e violento, um tirano para o seu povo. Eleito um dos cem melhores romances africanos do século XX, conta a história de Gungunhana de sua ascensão até sua queda. Na segunda história, As mulheres do Imperador (2018), Ungulani Ba Ka Khosa traz de volta a mesma personagem Gungunhana, mas as protagonistas são suas mulheres, que acompanham o Imperador ao exílio e retornam a Moçambique após quinze anos de isolamento.

Em depoimento para a editora, Ungulani destacou o seu trabalho de pesquisa histórica e a realização de escrita de suas obras:

“Quando escrevo, deixo-me levar pelo texto, pelos personagens. Não tenho um guião à priori. O tema do livro dá-me a estrutura e o movimento dos personagens. O que me ficou dos tempos de aprendizagem, ou seja, o meu mote, foi o de construir uma narrativa que tivesse por base os movimentos do cavalo: passo, trote e galope. Quero que o texto vibre como os tambores que ressoam pela noite adentro na savana tropical. O resto não me interessa”.

<https://www.kapulana.com.br/uma-entrevista-com-ungulani-ba-ka-khosa-autor-de-gungunhana-ualalapi-as-mulheres-do-imperador/>

Com uma longa trajetória literária, o autor e também professor, em 2018 recebeu o Prêmio de Literatura José Craveirinha, um dos maiores da área literária de Moçambique. Foi também condecorado, pelo Governo do Brasil, com o grau de comendador ao receber a “Ordem de Rio Branco”.  

Ungulani participará no Brasil de encontros culturais e universitários, assim como de conversas com o público sobre o seu processo criativo e a pesquisa para a elaboração da história de uma das  figuras simbólicas de Moçambique: Gungunhana.

Confira abaixo a agenda de Ungulani Ba Ka Khosa no Brasil:

SÃO PAULO – SP

5 de novembro, segunda-feira – 19h30

LANÇAMENTO DO LIVRO GUNGUNHANA na

Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Letras, no

XVIII Encontro de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa.

Mesa: “Encontro com o escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa”

Mediação: Profa. Dra. Tania Macedo (USP)

 

12 de novembro, segunda-feira – 19h00

LANÇAMENTO DO LIVRO GUNGUNHANA na

Blooks Livraria (Shopping Frei Caneca)

Mesa: “Resistências literárias” – Bate-papo com Ungulani Ba Ka Khosa

Mediação: Rodrigo Casarin, jornalista e editor do blog literário “Página Cinco”, do UOL

 

14 de novembro, quarta-feira (cidade de Campinas) – 15h

LANÇAMENTO DO LIVRO GUNGUNHANA na

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)/ IEL

“Encontro com o escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa”

Mediação: Profa. Dra. Elena Brugioni

 

23 de novembro, sexta-feira – 10h30

LANÇAMENTO DO LIVRO GUNGUNHANA no

SESC – Centro de Pesquisa e Formação, durante o

II Seminário “A língua portuguesa na educação, na literatura e na comunicação”

Mesa: “Brasil e Moçambique: leituras, influências e produção literária”, ao lado da premiada escritora Maria Valéria Rezende

Mediação: Josélia Aguiar, jornalista e escritora

 

RIO DE JANEIRO – RJ

7 de novembro, quarta-feira – 10h40

ENCONTRO LITERÁRIO NA FLUP PARQUE (Festa Literária das Periferias)

Mesa: “Encontro literário: música e literatura”, ao lado de Carlos Carvalho

Mediação: Janine Rodrigues, professora e escritora

 

9 de novembro, sexta-feira – 18h00

LANÇAMENTO DO LIVRO GUNGUNHANA na Flup (Festa Literária das Periferias)

Mesa: “Nossos passos vêm de longe”,  ao lado da escritora e pesquisadora Djamila Ribeiro e do escritor e biógrafo Tom Farias.

Mediação: Thiago Ansel, professor e escritor

 

21 de novembro, quarta-feira – 15h25

Participação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Faculdade de Letras, no evento

“Literaturas Africanas & Cinema & História: olhares múltiplos, perspectivas críticas, leituras cruzadas”

Debate sobre o filme O silêncio da mulher, do cineasta moçambicano Gabriel Mondlane

 

22 de novembro, quinta-feira – 15h25

LANÇAMENTO DO LIVRO GUNGUNHANA na

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Faculdade de Letras, no evento

Mesa de debate sobre o livro com:

Profa. Dra. Rita Chaves (USP)

Profa. Dra. Carmen L. T. Secco (UFRJ)

Rosana M. Weg (Mediadora – Ed. Kapulana)

 

SALVADOR – BA

Balada Literária

(Ainda em desenvolvimento)

 

São Paulo, 31 de outubro de 2018.

 

LINKS

Saiba mais sobre o autor: http://kapulana.com.br/ungulani-ba-ka-khosa/

Saiba mais sobre “Gungunhana: Ualalapi | As mulheres do Imperadorhttp://kapulana.com.br/produto/gungunhana-ualalapi-as-mulheres-do-imperador/

Saiba mais sobre “Orgia dos loucos”: http://kapulana.com.br/produto/orgia-dos-loucos/

Saiba mais sobre “O rei mocho”: http://kapulana.com.br/produto/o-rei-mocho-1-contos-de-mocambique/

Leia – “A degradação da personagem em Gungunhana – por José dos Remédios”: https://www.kapulana.com.br/a-degradacao-da-personagem-em-gungunhana-por-jose-dos-remedios/

Leia – “As Mulheres do Imperador: Entrelaces de Histórias e Estórias – por Carmen L. Tindó Secco”: https://www.kapulana.com.br/as-mulheres-do-imperador-entrelaces-de-historias-e-estorias-por-carmen-l-tindo-secco/

Leia – “Ualalapi: a narrativa e os ciclos – por Rita Chaves”: https://www.kapulana.com.br/ualalapi-a-narrativa-e-os-ciclos-por-rita-chaves/

Leia – “Escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa é condecorado pelo Brasil com a Ordem de Rio Branco”: https://www.kapulana.com.br/escritor-mocambicano-ungulani-ba-ka-khosa-e-condecorado-pelo-brasil-com-a-ordem-de-rio-branco/

Leia – “Orgia dos Loucos: Moçambique sem saída de emergência – por Vanessa Ribeiro Teixeira”: https://www.kapulana.com.br/orgia-dos-loucos-mocambique-sem-saida-de-emergencia-por-vanessa-ribeiro-teixeira/

Leia – “A instabilidade social em O rei mocho, de Ungulani Ba Ka Khosa – por José dos Remédios”: https://www.kapulana.com.br/a-instabilidade-social-em-o-rei-mocho-de-ungulani-ba-ka-khosa-por-jose-dos-remedios/

 

★★

 

 

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Conheça o projeto gráfico e a capa do livro de memórias “Um dia vou escrever sobre este lugar”, de Binyavanga Wainaina – por Mariana Fujisawa e Daniela Miwa Taira

 
Capa de Mariana Fujisawa: A arte da capa de Um dia vou escrever sobre este lugar surgiu após cuidadosa leitura da obra, tendo como base a ideia de mapeamento, fazendo referência aos diversos locais geográficos e sensíveis pelos quais o autor passou ao longo de sua vida. Optou-se pela utilização de formas abstratas coloridas, preenchidas com padrões distintos em cada cor, sugerindo ao mesmo tempo diversidade e construção minuciosa – fatores marcantes da obra literária de Binyavanga Wainaina. A pintura foi elaborada com tinta acrílica sobre papel, técnica que permite cores vibrantes e interessantes texturas. No conjunto, as cores e padronagens lembram estampas de tecidos quenianos.
 
Projeto gráfico de Daniela Miwa Taira: O projeto gráfico do livro foi pensado especialmente para o leitor. Tivemos como objetivo um visual limpo e elegante. Escolhemos tipografias projetadas especialmente para textos que proporcionam ao leitor um conforto na leitura e melhor apreciação da obra. O livro foi projetado para ser menor e impresso em folhas de gramatura mais fina, de modo a ser leve e de fácil manuseio e transporte. Os guias internos, como numeração de página, foram dispostos em locais a não atrapalhar a leitura. O projeto gráfico é pensado cuidadosamente para dar a melhor experiência ao leitor de acordo com a análise do conteúdo e necessidade da obra.
 
5 de outubro de 2018
 
 
O catálogo da Kapulanahttps://www.kapulana.com.br/catalogo/
 
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Kapulana lança em outubro a obra “O pátio das sombras”, escrita por Mia Couto e com ilustrações de Malangatana

Décimo e último volume da série “Contos de Moçambique”, o livro, escrito por Mia Couto e com deslumbrantes ilustrações do célebre artista Malangatana, narra a história sobre vida e morte pela perspectiva infantil

A Editora Kapulana publica em outubro o décimo volume da série de literatura infantil “Contos de Moçambique”, o livro O pátio das sombras, escrito por Mia Couto, com ilustrações de Malangatana.  A obra já está em pré-venda.

No enredo, um menino vive com a família em uma aldeia. Um dia, a avó se nega a ir até a plantação, pois diz estar cansada. Durante o trabalho, a família escuta ruídos de festa vindos da aldeia, e todos se perguntam se a avó tinha visitantes. O menino vai checar, mas encontra a avó sozinha. O acontecimento se repete, deixando o menino cada vez mais confuso, até que a avó lhe dá explicações ensinando-lhe uma linda lição sobre a vida e a morte. Mia Couto, em depoimento para o livro, explicou o motivo da escolha desta história que faz parte da tradição oral moçambicana.  “Este conto maconde foi a história escolhida por mim como base do conto que intitulei ‘O Pátio das Sombras’ por ser um conto muito sugestivo. Através dele podemos ver que os mortos, quando lembrados, não chegam nunca a morrer […] Do ponto de vista formal, pensei que seria bom criar um clima de mistério e introduzir um núcleo de conflito que se adensaria para, no final, se resolver de forma positiva”.

O livro é composto de deslumbrantes ilustrações do artista moçambicano Malangatana. Utilizando da técnica de pintura nanquim, os desenhos dialogam com o texto de forma fluída e fascinante. Com talento reconhecido em diversas vertentes da arte, Malangatana foi também poeta, cantor, dramaturgo, músico e dançarino. Durante sua carreira artística, foi premiado e celebrado no mundo, seu nome está ligado à criação de várias instituições culturais, como o Museu Nacional de Arte, Centro de Estudos Culturais, atual Escola Nacional de Artes Visuais, Centro Cultural de Matalana, e outras organizações artísticas. Malangatana faleceu em 2011, em Portugal.

O pátio das sombras é o último volume da série “Contos de Moçambique”, que, desde 2016, é publicada no país pela Editora Kapulana, tendo como objetivo divulgar no Brasil as histórias das tradições orais moçambicanas aos leitores brasileiros. O projeto surgiu da colaboração entre a Escola Portuguesa de Moçambique e a Fundació Contes pel Món, de Barcelona, Espanha. São histórias recontadas por renomados escritores e ilustradas por artistas de diversas expressões, como pintura, desenho, escultura, batique e artesanato.

Ilustração de Malangatana, que faz parte da obra “O pátio das sombras”

 

★★★

Saiba mais sobre a obra: https://www.kapulana.com.br/produto/o-patio-das-sombras-10-contos-de-mocambique/

Saiba mais sobre o autor: https://www.kapulana.com.br/mia-couto/

Saiba mais sobre o ilustrador: https://www.kapulana.com.br/malangatana-mocambique-patio-das-sombras/

Saiba mais sobre a ilustração: https://www.kapulana.com.br/nanquim-as-ilustracoes-de-malangatana-em-o-patio-das-sombras-de-mia-couto/

Conheça a série “Contos de Moçambique”: https://www.kapulana.com.br/serie-contos-de-mocambique/

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Poeta e artista plástica moçambicana Sónia Sultuane participa de eventos no Brasil em setembro

Sónia Sultuane realiza mesas de conversas e sessões de autógrafos em eventos culturais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraíba

A Editora Kapulana trouxe em setembro para o Brasil a poeta e artista plástica moçambicana Sónia Sultuane, que publicou pela editora o livro Roda das encarnações. A poesia de Sultuane passa pelo feminismo, tradições africanas, principalmente as de Moçambique, maternidade, assim como pelo universo sensorial e místico. A poeta realizou mesas de conversas e sessões de autógrafos em eventos nas cidades de São Paulo, Campinas, São José dos Campos e Rio de Janeiro. No final do mês, a poeta ainda fará encontros literários em Recife, capital de Pernambuco, e João Pessoa, na Paraíba.

Com um vasto trabalho cultural, Sónia, além de poeta, é artista plástica e curadora de eventos. Sua poesia emociona ao trazer à tona suas impressões mais profundas, reveladoras das marcas de seu percurso como mulher, mãe, poeta e trabalhadora. Seus versos transportam o leitor por um universo sensorial e místico, com movimentos harmoniosos, no tempo e no espaço, muitas vezes em diálogo com a dicotomia vida e morte. Seus poemas transitam por mares, ares e terras, em meio a odores, sons, imagens e texturas surpreendentes.

Em São Paulo

Na cidade de São Paulo, Sónia participou, na quarta-feira (12), de bate-papo na “IV Feira Literária da Zona Sul” (Felizs), na Biblioteca Marcos Rey, em Campo Limpo, bairro da capital paulistana, ao lado do professor e escritor José de Nicola e do poeta angolano Ermi Panzo. Com a mediação da docente Érica Cristina Ferreira, a conversa teve como tema “Literatura Africana de Língua Portuguesa – Das heranças aos processos identitário de resistência”. Durante a conversa, Sónia contou sobre o seu processo criativo na literatura e nas artes plásticas, inclusive em relação à construção de seus poemas:

“A palavra para mim tem muito poder. Ela está sempre em trânsito, principalmente aqui no Brasil, onde pude trazer as linguagens que produzo no meu país, tendo sempre que buscar uma nova interpretação da linguagem”. Com um público de sua maioria professores da rede pública, Sónia destacou que “são os professores que nos formam e é incrível poder conversar e mostrar as diversidades literária de Moçambique”.

Sobre o trabalho artístico, a poeta abordou as recompensas que as artes fornecem:

“A arte tem a função de tornar as pessoas mais ricas intelectualmente. Sou mulher e sou da África e, destas formas, quero, de alguma maneira, escrever poemas de como enxergo o mundo”.

Em Campinas, na quinta-feira (13), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), localizada no interior de São Paulo, Sultuane realizou uma roda de conversa com alunos do curso de Letras, sob a mediação da mestranda Jéssica Fabricia da Silva. O evento contou com o apoio do Grupo de Estudos de Literaturas e Culturas Africanas (GELCA), do IEL-Unicamp. Sónia falou sobre as suas motivações na escrita de Roda das Encarnações:

“Eu tive um câncer e poderia ser que eu não tivesse mais a possibilidade de escrever outro livro, queria terminar o Roda das encarnações pelas pessoas que eu amo e que me apoiaram. O amor é dá genuinamente sem estar à espera de nada e o Roda foi o meu ato de amor”.

Durante a sua fala, Sónia comentou sobre a interlocução com as artes plásticas e poesias:

“A poesia e as artes plásticas têm lugares em diversas outras formas, principalmente em transmitirmos a nossa evolução artística para as pessoas”.

De volta à capital paulista, Sónia esteve presente, na sexta-feira (14), na palestra com os alunos da Universidade da São Paulo (USP). O evento, com coordenação da Profa. Dra. Tania Macêdo e da Profa. Dra. Rita Chaves, contou com apoio do Centro de Estudos Africanos (CEA) e do Centro de Estudos das Literaturas e Culturas de Língua Portuguesa (CELP), da FFLCH-USP, e teve a mediação da pesquisadora de doutorado Jacqueline Kaczorowski. A poeta moçambicana conversou sobre Literatura e o começo de sua escrita: “Fiquei grávida muito cedo, aos treze anos, e, como forma de comunhão, comecei a escrever, de modo a compartilhar os meus sentimentos”.

Sónia também falou sobre seu projeto artístico “Walking Words”, em que se veste com uma roupa confeccionada com diversas palavras, tendo como intuito caminhar pelas ruas de Moçambique a compartilhar as variadas maneiras que a linguagem fornece: “Este projeto é essencial para tornar as palavras em algo físico, que se sente, para que elas não se diluem”.

No sábado, 15 de setembro, Sónia fez parte da programação da “V Festa Literomusical” (FLIM) do Parque Vicentina Aranha, na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo. O evento, realizado entre os dias 14 e 16 deste mês, teve a curadoria do escritor Marcelino Freire. A mesa literária com o tema “Por dentro dos gêneros” contou com as participações de Sónia Sultuane, da poeta e editora Jarid Arraes e da cantora e compositora Ellen Oléria, sob a mediação da apresentadora do programa Metrópolis, da TV Cultura, Adriana Couto. Muito emocionada, Sultuane comentou com o público sobre a produção de escrita de seu livro de poemas Roda das encarnações:

“A poesia para mim é um lugar sagrado. Quem escreve poesia conta sempre um pouco de nosso interior, ou seja, é parte de nós”. “O Roda das encarnações vem todo de um processo de minha luta pelo câncer, e é uma possibilidade de estar aqui no mundo”.

No Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, Sónia participou de palestras e debates sobre a cultura moçambicana, nos dias 18 e 19 de setembro, com alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e realizou sessão de autógrafos de seu livro de poesia publicado pela Kapulana, Roda das encarnações. O evento, intitulado “África & Brasil – trânsitos culturais: literatura, cinema e educação”, foi organizado pela Profa. Dra. Carmen Lucia Tindó Secco. Durante sua participação, Sónia falou com professores, estudantes e outros pesquisadores, sobre a sua produção poética, literatura infantil e o cinema moçambicano.

Em Pernambuco

Na capital de Pernambuco, Recife, em sua última semana no Brasil, a poeta moçambicana Sónia Sultuane participou de rodas de conversas e sessões de autógrafos em duas faculdades: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE).  Sultuane falou sobre o seu processo criativo e a publicação no Brasil, do livro de poemas Roda das encarnações. As atividades foram conduzidas pelo Prof. Dr. Sávio de Freitas (UFRPE) e Profa. Dra. Luiza Reis  (UFPE).

“Escrevi este livro pensando que seria a última vez que a literatura seria o porto seguro para minhas confidências, mas o Senhor Deus mostrou que me ama e me deu a oportunidade de fazer minha roda girar no mundo como um objeto de cura da alma”

Além das participações em mesas de conversas, debates e palestras, Sónia Sultuane foi muito bem recebida em centros culturais, exposições de artes e nas grandes livrarias, tendo, assim, a oportunidade de vivenciar um pouco da vida cultural brasileira e de reencontrar seu próprio livro nas estantes à disposição do leitor brasileiro.

Na Paraíba

Em João Pessoa, capital da Paraíba, a poeta e artista plástica moçambicana Sónia Sultuane realizou uma roda de conversa sob a mediação dos docentes acadêmicos Vanessa Riambau e Sávio Freitas. No encontro, Sónia abordou o desenvolvimento do seu livro de poemas Roda das encarnações, publicado pela Kapulana, e seus mais de dezessete anos dedicados às artes. O evento aconteceu na terça-feira, 25 de setembro, às 10h00, na sala 401 CCHLA, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

“Sou mulher e mestiça, não me considero negra, respeito as discussões sobre raça, mas não devemos alimentar o discurso racista, minha literatura é livre, universal, dialoga com os propósitos da humanidade. A literatura é uma arte, não faço poesia combate, pois José Craveirinha e Noémia de Sousa já o fizeram”.

São Paulo, 20 de setembro de 2018

Saiba mais sobre o livro Roda das Encarnações:

https://www.kapulana.com.br/produto/roda-das-encarnacoes/

Saiba mais sobre a escritora Sónia Sultuane:

https://www.kapulana.com.br/sonia-sultuane/

 

Veja fotos das atividades:

SÃO PAULO

11/09/2018 – Sónia Sultuane na Editora Kapulana, em São Paulo, SP:

https://www.kapulana.com.br/sonia-sultuane-na-editora-kapulana-em-sao-paulo-sp/

12/09/2018 – Sónia Sultuane na IV Feira Literária da Zona Sul (FELIZS), em São Paulo, SP:

https://www.kapulana.com.br/sonia-sultuane-na-iv-feira-literaria-da-zona-sul-felizs-em-sao-paulo-sp/

13/09/2018 – Sónia Sultuane no IEL-Unicamp, em Campinas, SP:

https://www.kapulana.com.br/sonia-sultuane-na-unicamp-iel-em-campinas-sp/

14/09/2018 – Mesa de conversa com Sónia Sultuane na FFLCH-USP, em São Paulo, SP:

https://www.kapulana.com.br/mesa-de-conversa-com-sonia-sultuane-na-fflch-usp-em-sao-paulo-sp/

11/09/2018 – Sónia Sultuane nas livrarias brasileiras:

https://www.kapulana.com.br/sonia-sultuane-nas-livrarias-brasileiras-sao-paulo/

15/09/2018 – Sónia Sultuane na Festa Literomusical do Parque Vicentina Aranha (FLIM), em São José dos Campos, SP:

https://www.kapulana.com.br/sonia-sultuane-na-festa-literomusical-do-parque-vicentina-aranha-flim-em-sao-jose-dos-campos-sp/

RIO DE JANEIRO

19/09/2018 – Debate sobre o cinema moçambicano com Sónia Sultuane na UFRJ, no Rio de Janeiro, RJ.

LINK: https://www.kapulana.com.br/palestra-e-sessao-de-autografos-com-sonia-sultuane-na-ufrj-no-rio-de-janeiro-rj/

Assista aos vídeos com a escritora:

Entrevista: 

https://www.youtube.com/watch?v=EH1R5-uOy0c

Leitura dos poemas do livro “Roda das encarnações”: 

https://www.youtube.com/watch?v=9p7SA1VeGjQ&feature=youtu.be

Vídeo 3ª Mesa Literária: POR DENTRO DOS GÊNEROS

https://www.youtube.com/watch?v=fGXR2Pm9NkU

 

 

 

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Escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa é condecorado pelo Brasil com a Ordem de Rio Branco

O premiado autor foi consagrado pela Governo do Brasil, pelos serviços meritórios e virtudes cívicas, estimulando a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção

O escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa foi condecorado com o grau de comendador, pelo governo brasileiro, através do decreto de 18 de Abril de 2018,  pelos seus 30 anos de carreira literária, iniciada com a publicação de Ualalapi, em 1987, clássico livro do autor e considerado uma das 100 melhores obras africanas do século XX.

A “Ordem de Rio Branco” foi instituída, em 1963, com o objetivo de homenagear personalidades brasileiras e estrangeiras que, pelos seus serviços ou méritos excepcionais, são merecedoras desta distinção. A cerimônia de entrega aconteceu na última quinta-feira, 30 de agosto, no Centro Cultural Brasil-Moçambique, em Maputo, e contou com as presenças do Embaixador do Brasil Rodrigo Baena Soares e do Ministro da Cultura e Turismo Silva Armando Dunduro.

Com onze livros publicados, o autor é uma das principais referências da literatura moçambicana, tendo também recebido o prêmio literário José Craveirinha, em 2007. Ainda sobre a obra “Ualalapi”, que foi aclamado como o primeiro romance histórico moçambicano, além de vencer, em 1990, o Grande Prêmio de Ficção Narrativa Moçambicana e, mais tarde, em 1994, Prémio Nacional de Ficção.

O autor publicou pela a Editora Kapulana o livro infantil O rei mocho, primeiro volume da série “Contos de Moçambique”, e a obra Orgia dos loucos (2016), originalmente publicado em Moçambique no ano de 1990, é uma compilação de histórias sobre cruéis enchentes, secas devastadoras, devaneios e alucinações em que animais, fantasmas e gente compartilham os mesmos momentos.

Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, nasceu em 1º de agosto de 1957, em Inhaminga, distrito de Cheringoma, província de Sofala, Moçambique. Professor de carreira, exerceu funções importantes em Moçambique como as de Diretor do Instituto Nacional do Livro e do Disco e Diretor Adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique. Durante a década de 90, foi cronista assíduo de vários jornais. Atualmente exerce as funções de Diretor do Instituto Nacional do Livro e do Disco (INLD) e Secretário-Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO).

O célebre escritor tem  forte vínculo com a cultura brasileira, tendo participado de vários eventos culturais e acadêmicos no Brasil, como FlinkSampa (São Paulo/SP), Afrolic (Recife/PE), FliPoços (Poços de Caldas – MG), USP (São Paulo/SP) e Unicamp (Campinas/SP).

Ungulani durante cerimônia de entrega da Ordem de Rio Branco (Crédito: Centro Cultural Brasil-Moçambique)

Ordem de Rio Branco

A Ordem de Rio Branco foi instituída pelo Decreto nº 51.697, de 5 de fevereiro de 1963, com o objetivo de, ao distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção.

A Ordem de Rio Branco, assim intitulada em homenagem ao Patrono da diplomacia brasileira – o Barão do Rio Branco -, consta de 5 graus, a saber: Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro, além de uma Medalha anexa à Ordem.

A Ordem é dividida em dois Quadros – Ordinário e Suplementar. O primeiro, com vagas limitadas, reúne os diplomatas brasileiros da ativa e o segundo congrega os diplomatas aposentados e todas as demais pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que venham a ser agraciadas com a Ordem.

O Conselho da Ordem é constituído pelo Presidente da República, Grão-Mestre da Ordem, pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, na qualidade de Chanceler da Ordem, pelos Chefes das Casas Civil e Militar da Presidência da República e pelo Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores. O Chefe do Cerimonial do Itamaraty é o Secretário da Ordem.

31 de agosto de 2018

★★★

Sobre O rei mochohttps://www.kapulana.com.br/produto/o-rei-mocho/

Sobre Orgia dos loucoshttps://www.kapulana.com.br/produto/orgia-dos-loucos/

Sobre o autor: https://www.kapulana.com.br/ungulani-ba-ka-khosa/

Ordem de Rio Branco: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/cerimonial/5698-ordem-de-rio-branco

Crédito das fotos: Centro Cultural Brasil-Moçambique

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Kapulana lança em agosto “Leona, a filha do silêncio”, nono volume da série “Contos de Moçambique”

A série apresenta histórias tradicionais recriadas com narrativas que revelam os múltiplos universos do país

A Kapulana lança em agosto o nono volume da sérire de literatura infantil “Contos de Moçambique”, chega às livrarias o livro “Leona, a filha do silencio”, de Marcelo Panguana e ilustrações a aquarela de Luís Cardoso.

Em um lugar de mil encantos, vivem o Leão, a Leoa e sua filha, Leona. Leona é muito bela e encanta a todos que enxergam sua beleza, mas é triste e há muito tempo que não fala nada, nem ri. Um dia, seus pais viajam para um reino distante e, ao retornarem, trazem um vestido de noiva e decretam que aquele que conseguisse fazer Leona falar, a levaria ao altar. O que ninguém sabe é que Leona já está apaixonada e espera a volta do seu amado. Será que algum dia seu amor vai retornar e ela vai voltar a falar e a rir?

Marcelo Panguana nasceu em 1951, na cidade de Lourenço Marques, atual Maputo, capital de Moçambique. Escreve desde o momento em que conheceu as primeiras letras do alfabeto. Começou por pequenas histórias para as páginas e revistas culturais. A página literária “Diálogo”, do Notícias da Beira, foi o espaço onde começou a amadurecer a sua escrita. Em Maputo, junta-se a um grupo de escritores do projeto da revista “Charrua”. Deste grupo nasceram alguns dos que constituem, hoje, a nata dos melhores escritores do país. Foi fundador da Editora Lithangu.

Luís Cardoso nasceu na cidade da Beira, em Moçambique, em 1962. É artista e publicitário. Desde pequeno conviveu com o universo das cores, das artes. Participou, desde muito jovem, de núcleos de arte e cultura, onde estabeleceu seu primeiro contato com as várias vertentes das artes plásticas. Teve formação como professor de Português e História, e, mais tarde, como designer. Desenvolve, também, projetos de ilustração, onde utiliza várias técnicas como a fotografia, o desenho, a aquarela e a ilustração digital.

Arte de Luis Cardoso

CONTOS DE MOÇAMBIQUE

A série “Contos de Moçambique” surgiu da colaboração entre a Escola Portuguesa de Moçambique e a Fundació Contes pel Món, de Barcelona, Espanha. A Editora Kapulana fez uma parceria com a Escola Portuguesa de Moçambique para publicar no Brasil a coleção, com o objetivo de apresentar ao leitor brasileiro um pouco da cultura moçambicana. A série é composta por dez volumes de contos da tradição oral de Moçambique. São histórias recontadas por renomados escritores e ilustradas por artistas de diversas expressões, como pintura, desenho, escultura, batique e artesanato.

Arte de Luis Cardoso

20 de julho de 2018

★★★

Saiba mais sobre a obra: https://www.kapulana.com.br/produto/leona-a-filha-do-silencio/

Saiba mais sobre o autor: https://www.kapulana.com.br/marcelo-panguana/

Saiba mais sobre o ilustrador: https://www.kapulana.com.br/luis-cardoso/

Saiba mais sobre a ilustração: https://www.kapulana.com.br/ilustracoes-de-leona-a-filha-do-silencio-aquarela/

Conheça a série “Contos de Moçambique”: https://www.kapulana.com.br/serie-contos-de-mocambique/

À VENDA NAS SEGUINTES LIVRARIAS:

Amazon.com.br: https://amzn.to/2mvBrwz
Livraria Cultura: https://bit.ly/2mxlVjX
Livraria Travessa: https://bit.ly/2NzlNvN
Martins Fontes Paulista: https://bit.ly/2O426NG
Cia dos Livros: https://bit.ly/2uRQXXp
Fnac: https: //bit.ly/2LE8ZUo
Mundo da Leitura: https://bit.ly/2uPhTHq

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Escritora Rutendo Tavengerwei, do Zimbábue, participa de sessões de lançamento de seu livro no Brasil

Rutendo Tavengerwei, jovem escritora do Zimbábue, esteve no Brasil, nas cidades de São Paulo (SESC Paulista) e Salvador (Flipelô), de 4 a 12 de agosto de 2018, para promover seu novo livro Esperança para voar, da Editora Kapulana

Em dois bate-papos e visitas a livrarias, a autora conversou sobre seu livro Esperança para voar (Hope is our only wing), seu processo criativo e de escrita, suas opiniões e visões sobre a literatura africana e literatura negra, sua existência como mulher, negra e africana, além de questões sobre a política e a economia do Zimbábue em 2008, época dos acontecimentos do livro. Conversou também sobre a situação atual no Zimbábue e da conexão com o momento político brasileiro.

Em 7 de agosto, terça-feira, participou do bate-papo “Vozes da África”, em São Paulo, no SESC Avenida Paulista, na companhia de Luciana Bento, do Instagram @amaepreta e do canal Quilombo Literário, no YouTube, e de Bianca Gonçalves, do blog “Bianca Não É Branca” e idealizadora do projeto “Leia Mulheres Negras”.

A conversa focou na construção das personagens do livro, na dinâmica de escrita da autora e na questão dos autores negros e, principalmente, autoras negras no Brasil e no mundo, além da situação da literatura africana dentro do mercado editorial brasileiro e mundial. O público, que se envolveu ativamente nas perguntas e nos comentários acerca dos assuntos trazidos durante o evento, fez fila para cumprimentar a autora, levar para casa livros assinados e tirar fotos com Rutendo.

No dia seguinte, 8 de agosto, a escritora, acompanhada de equipe da Editora Kapulana, embarcou para Salvador, capital do estado da Bahia. A convite da “Fundação Casa de Jorge Amado”, marcou presença na 2ª Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) onde, no dia 9, quinta-feira, participou de bate-papo com a historiadora Profa. Luiza Reis (UFPE) sobre literatura “Esperança para voar – uma conversa sobre África”.

Em Salvador, as questões principais foram sobre o livro Esperança para voar, como as referências literárias presentes na obra, dentre elas os nigerianos Chimamanda Ngozi Adichie e Chinua Achebe, e a presença musical no livro, representada pela mbira, instrumento tradicional africano, que é uma personagem dentro da história.

O público, que lotou o auditório do SESC-SENAC Pelourinho, também quis conhecer as impressões de Rutendo sobre o Brasil e a Bahia e as aproximações possíveis entre Brasil e Zimbábue. Após o debate, que contou com a participação ativa do público, houve fila para a sessão de autógrafos e fotos com a autora.

Além das duas mesas de conversa para as quais foi convidada, Rutendo, acompanhada da equipe da Kapulana, também visitou diversas livrarias, nas quais assinou exemplares de seu livro que estão disponíveis para compra e fez sessões de fotos. Em São Paulo, a autora foi sempre muito bem recebida pelas equipes das livrarias Martins Fontes Paulista, Cultura do Conjunto Nacional, Giostri na Casa das Rosas e  Blooks do Shopping Frei Caneca. Em Salvador, visitou e deu autógrafos na LDM, livraria oficial da Flipelô, e foi recepcionada na Livraria Cultura do Salvador Shopping.

As atividades da escritora foram divulgadas por alguns dos maiores veículos de comunicação brasileiros, como Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Carta Capital e Geledés.

Nos bate-papos, nas visitas, nas entrevistas e em outros momentos em que trocou ideias com o público brasileiro, Rutendo Tavengerwei esteve sempre acompanhada da intérprete da Kapulana, Carolina Kuhn Facchin, a tradutora de seu livro para o Português.

A Kapulana agradece às equipes da “Fundação Casa de Jorge Amado”, de Salvador, Bahia, e do SESC Unidade Av. Paulista, de São Paulo, SP, pelo apoio dado à escritora no Brasil.

São Paulo, 17 de agosto de 2018.

 

LINKS:

Livro: https://www.kapulana.com.br/produto/esperanca-para-voar/

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=TnIMNidh-8g&t=11s

 

FOTOS:

Na Flipelô:

https://www.kapulana.com.br/09-08-2018-rutendo-tavengerwei-na-flipelo-festa-literaria-internacional-do-pelourinho-em-salvador-ba/

No Sesc Av. Paulista:

https://www.kapulana.com.br/07-08-2018-bate-papo-com-rutendo-tavengerwei-lu-bento-e-bianca-goncalves-no-sesc-avenida-paulista-em-sao-paulo-sp/

Nas livrarias:

https://www.kapulana.com.br/04-a-11-08-2018-rutendo-tavengerwei-nas-livrarias-brasileiras-sao-paulo-e-salvador/

Na Editora Kapulana:

https://www.kapulana.com.br/rutendo-tavengerwei-no-brasil/

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Rutendo Tavengerwei, escritora do Zimbábue, no Sesc Av. Paulista

Rutendo Tavengerwei participou de mesa literária no Sesc Paulista e conversou com o público de São Paulo sobre o seu romance “Esperança para voar”

A escritora Rutendo Tavengerwei, do Zimbábue, que lançou pela Kapulana o romance young adult Esperança para voar, está no Brasil para participar de conversas literárias e conhecer o seu público leitor no país. Na última terça-feira (7), a autora realizou uma mesa de conversa no Sesc Avenida Paulista ao lado das blogueiras Lu Bento, do portal A Mãe Preta e canal Quilombo Literário, e Bianca Gonçalves, do site Bianca não é Branca e do projeto Leia Mulheres Negras. A mesa também contou com a participação da tradutora da obra, Carolina Kuhn Facchin

Durante a conversa, a jovem autora comentou sobre o processo de desenvolvimento do livro e das personagens Shamiso e Tanyaradzwa, assim como da sua infância no país africano em que se passa o enredo. “O livro é muito querido por mim, pois é narrado da perspectiva de quem nasceu no Zimbábue. Isto é muito importante, que um habitante do país contasse a história e situação que ocorreu naquela época”. A obra se passa no Zimbábue de 2008, ano de forte crise financeira, social e política. Sobre as personagens, Rutendo apontou que “as duas são formadas a partir de mim, dos meus sentimentos. Elas apresentam um pouco das minhas características. Mas as circunstâncias desenvolvidas no livro foram por causa do que eu observava, além de escutar os problemas que meus amigos me passaram e nos assuntos que meus pais comentavam sobre o país”.

Em relação à sua forma de escrita, Rutendo comentou: “A primeira dica é sempre escrever. Escreva do jeito e sobre o que quiser. Não importa, pratique cada vez mais a sua escrita. Volte, releia e, dessa forma, você melhorará o seu texto”. “O mercado editorial pode ser muito cruel, mas acredite no que você escreve e terá sempre uma boa história para contar”, finalizou.

A escritora ainda participa de um bate-papo em Salvador, durante a 2ª Festa Literária Internacional do Pelourinho (FLIPELÔ), na quinta-feira, 9 de agosto, às 18h00, no Teatro Sesc-Senac, ao lado da professora e historiadora Luiza Reis.

Bianca Gonçalves, Carolina Kuhn Facchin, Rutendo Tavengrwei e Lu Bento durante conversa

Sobre o livro

Em Esperança para voar, Rutendo narra a história de amizade de duas adolescentes. Depois de anos morando no Reino Unido, Shamiso precisa voltar para o Zimbábue após a morte do pai, jornalista de oposição ao regime ditatorial da época. A obra apresenta um lugar destroçado pela corrupção e pelo autoritarismo, mas amado por seu povo resiliente. Abre-se um enredo sobre como jovens do século XXI enfrentam perdas, rupturas, dores, miséria e autoritarismo. Delicado e emocionante, ao mesmo tempo em que nos apresenta um cenário africano com muita musicalidade, a obra é contada de forma a mostrar que aqueles fatos poderiam ter ocorrido em qualquer país, em qualquer tempo.

Sobre a autora

Rutendo Tavergerwei – jovem escritora africana nasceu, cresceu e estudou no Zimbábue, onde morou até os 18 anos. Continuou, então, seus estudos na África do Sul, na área de Direito na Universidade de Witwatersrand, onde recebeu o diploma de especialização em Direito Comercial Internacional. Na Suíça, completou um Mestrado no World Trade Institute, Universidade de Berna. Atualmente, trabalha na Organização Mundial do Comércio, em Genebra. Esperança para voar (Hope is our only wing) é seu primeiro livro de ficção publicado no Brasil em 2018, pela Kapulana.

8 de agosto de 2018

★★★

 

Confira as fotos do evento: https://www.kapulana.com.br/07-08-2018-bate-papo-com-rutendo-tavengerwei-lu-bento-e-bianca-goncalves-no-sesc-avenida-paulista-em-sao-paulo-sp/

Saiba mais sobre a escritorahttps://www.kapulana.com.br/rutendo-tavengerwei/

Saiba mais sobre o livrohttps://www.kapulana.com.br/produto/esperanca-para-voar/

Saiba mais sobre a tradutorahttps://www.kapulana.com.br/carolina-kuhn-faccin/

Uma entrevista com Rutendo Tavengerwei: https://www.kapulana.com.br/uma-entrevista-com-rutendo-tavengerwei-autora-de-esperanca-para-voar/

Assista ao vídeo com Rutendo Tavengerwei: https://www.youtube.com/watch?v=0oZBCwnbfTk&t=3s

Assista o booktrailer: https://www.youtube.com/watch?v=Vu0x0XTGnkw

Leia a resenha de Lu Bentohttps://www.kapulana.com.br/esperanca-para-voar-um-livro-envolvente-e-emocionante-por-luciana-bento/

Leia as sinopses dos três livros africanos de língua inglesa: http://kapulana.com.br/em-2018-kapulana-lanca-tres-livros-de-autores-de-literaturas-africanas-de-lingua-inglesa/

 

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“Serei sereia?”, da Editora Kapulana, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo

A Kapulana participa da Bienal Internacional do Livro de São Paulo com duas mesas, uma com a autora e a ilustradora do livro, e outra com a diretora editorial Rosana M. Weg

A 25ª edição da Bienal Internacional de Livro de São Paulo terá um estande dedicado exclusivamente a livros publicados em múltiplos formatos acessíveis e inclusivos, destinados não apenas ao público com deficiência, mas a todos os tipos de leitores. Cada obra reúne vários recursos de acessibilidade, como narração em áudio, texto original e/ou em Leitura Fácil, interpretação em Libras e descrição das imagens em áudio. Os livros contam ainda com animações e trilhas sonoras desenvolvidas especialmente para as versões acessíveis.

Foram produzidos livros em domínio público, que poderão ser acessados por todo público, e livros proprietários que, segundo a legislação brasileira, são conectados de forma gratuita por pessoas com deficiência, a Coleção de Livros Acessíveis.

A coleção tem 10 títulos da literatura infantil e infantojuvenil: Uma nova amiga, de Lia Crespo; O discurso do urso, de Julio Cortàzar e O menino no espelho, de Fernando Sabino; Peter Pan, de J. M. Barrie; A volta ao mundo em 80 Dias, de Júlio Verne; Frritt-Flacc, de Júlio Verne; A bolsa amarela, de Lygia Bojunga; Bem do seu tamanho, de Ana Maria Machado e Sei por ouvir dizer, de Bartolomeu Campos de Queiros.

Publicado pela Kapulana, o livro infantil Serei sereia?, de Kely de Castro, com ilustrações de Amanda Azevedo, também faz parte dessa importante Coleção de Livros Acessíveis

Programação na BIENAL: Mesas de conversas

06/08 – 14h – estande O030: A Kapulana estará presente, na segunda-feira, 6 de agosto, na Bienal, com duas mesas de conversas. Será realizada a roda de conversa “Livro e leitura para todos”, com Rosana M. Weg, diretora da Editora Kapulana.

06/08 – 16h – estande O030: acontecerá um bate-papo com a autora Kely de Castro e a ilustradora Amanda de Azevedo.

A venda de livros será feita no Clube do Livro (estande A098).

Sobre o livro

Serei sereia? é a história de Inaê, uma menina que já nasceu com um grande desafio a vencer: o fato de não poder andar. Nessa narrativa, contada pela artista Kely de Castro, Inaê, como todas as crianças, passa por momentos de tristeza, alegria, conflito e tranquilidade. A bordo de sua cadeira de rodas, enfrenta obstáculos e, aos poucos, com o apoio de sua mãe, descobre que pode construir sua própria história. O livro é ilustrado por Amanda de Azevedo e por fotos de bonecas confeccionadas pela autora.

A Bienal

A 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontecerá de 03 a 12 de Agosto de 2018 no Pavilhão de Exposições do Anhembi. O evento é palco para o encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do país, apresentando seus mais importantes lançamentos para aproximadamente 700 mil visitantes em um espaço total de 70 mil m². Além da grande oferta de livros, a Bienal do Livro ainda conta com uma programação cultural abrangente, mesclando literatura, gastronomia, cultura e negócios.

3 de agosto de 2018

 

 

Saiba mais:

Sobre as atividades: https://www.kapulana.com.br/eventos/kapulana-na-bienal-internacional-do-livro-de-sao-paulo/

Sobre a escritora: https://www.kapulana.com.br/kely-de-castro/

Sobre a ilustradora: http://www.kapulana.com.br/amanda-de-azevedo/

Sobre a diretora editorialhttps://www.kapulana.com.br/rosana-morais-weg/

Sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/serei-sereia/

Sobre a Bienalhttp://www.bienaldolivrosp.com.br/

Conheça a Kapulanahttp://kapulana.com.br/a-editora/

 

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Kapulana participa de eventos na Flip – 2018

A Kapulana participa de programação no Sesc Paraty  e se reúne com outras editoras na Casa Paratodxs

A Editora Kapulana estará na 16ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontece de 25 a 29 de julho, em Paraty (RJ). Durante a festa, a Kapulana participa da Casa Paratodxs, ao lado das editoras Nós, Edith, Demônio Negro, Relicário, Dublinense, TAG – Experiências Literárias, assim como da Papel Pólen, com vendas de livros de seu catálogo.

A Paratodxs também está recheada de programação, com mesas de conversas, sessões de autógrafos, lançamentos e pocket show. A casa ficará localizada na Galeria Aecio Sarti (Rua Dr. Samuel Costa, 254), no Centro Histórico da cidade carioca. 

No dia 29 de julho, domingo, às 11h00, na Casa Edições Sesc (Rua Marechal Santos Dias, 43 – Rua da Matriz), no Centro Histórico, acontece a mesa de conversa “Promoção Internacional da Língua Portuguesa”. A mesa reúne profissionais que atuam na promoção da língua portuguesa junto aos países e comunidades que falam esse idioma. 

Com Paula Alves de Souza, bacharel em Relações Internacionais pelo Richmond College, mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics and Political Science e atual Diretora do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores, que abordará a agenda brasileira de promoção da língua portuguesa no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa; Lúcia Riff, agente literária que representa mais de 50 autores brasileiros e seus herdeiros, falará sobre o seu trabalho de gestão do capital literário de alguns dos nossos principais escritores; Rosana Weg, Doutora em Letras Clássicas pela USP, sócia e diretora editorial da Kapulana, falará sobre a publicação de autores africanos de língua portuguesa, no Brasil; Leonardo Tonus, professor da Paris-Sorbonne IV e criador do projeto Printemps Littèraires, tratará de alguns cenários para a divulgação de escritores brasileiros contemporâneos no mundo. Mediação: Francis Manzoni, coordenador editorial nas Edições Sesc e coordenador da Comissão para Promoção de Conteúdo em Língua Portuguesa, da Câmara Brasileira do Livro.

 

23 de julho de 2018

★★★

Saiba mais sobre a programação da Casa Paratodxshttps://www.kapulana.com.br/eventos/casa-paratodxs-kapulana-na-flip-2018/

Saiba mais sobre a programação do Sesc na Fliphttps://www.sescsp.org.br/programacao/161348_INTERCAMBIOS+DA+LINGUA+PORTUGUESA

Saiba mais sobre Rosana Morais Weghttps://www.kapulana.com.br/rosana-morais-weg/

Saiba mais sobre a Flip 2018http://flip.org.br/

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Revelação literária do Zimbábue, Rutendo Tavengerwei participa de eventos no Brasil

A jovem escritora e revelação literária do Zimbábue, Rutendo Tavengerwei, virá ao Brasil para participar em agosto de dois eventos. Em São Paulo, no Sesc Paulista, e em Salvador, na Flipelô.

Em 07/08/2018, 3a. feira, em São Paulono Sesc Paulista, Rutendo Tavengerwei, autora do livro Esperança para voar, da Editora Kapulana, participará da atividade “Vozes da África – Rutendo Tavengerwei”, um bate-papo com as blogueiras Lu Bento e Bianca Gonçalves, e a tradutora de seu livro.  .

Saiba mais sobre Rutendo no Sesc Paulista:

https://www.sescsp.org.br/programacao/161881_VOZES%20DA%20AFRICA%20RUTENDO%20TAVENGERWEI

Em 09/08/2018, 5a. feira, em Salvador, na Flipelô (2ª Festa Literária Internacional do Pelourinho), participará da “Roda de Conversa – Esperança para voar – Uma conversa sobre a África”, na companhia da Profa. Luiza Reis e da tradutora do livro, Carolina Kuhn Facchin. O evento será no Teatro do Sesc-Senac, no Pelourinho. Durante o evento, a autora, que lançou recentemente no Brasil pela Kapulana o romance young adult “Esperança para voar”, conversará sobre a obra de estreia, assim como o seu  processo criativo, a literatura young adult (jovem adulto), a  construção da narrativa, das personagens, repressão e do país em que cresceu, no Zimbábue de 2008, ano em que o país sofreu uma forte crise financeira. 

Saiba mais sobre a programação da Flipelô: www.flipelo.com.br

 

Sobre a autora

Rutendo Tavergerwei – jovem escritora africana nasceu, cresceu e estudou no Zimbábue, onde morou até os 18 anos. Continuou, então, seus estudos na África do Sul, na área de Direito na Universidade de Witwatersrand, onde recebeu o diploma de especialização em Direito Comercial Internacional. Na Suíça, completou um Mestrado no World Trade Institute, Universidade de Berna. Atualmente, trabalha na Organização Mundial do Comércio, em Genebra. Esperança para voar (Hope is our only wing) é seu primeiro livro de ficção publicado no Brasil em 2018, pela Kapulana.

Sobre o livro

Em Esperança para voar, Rutendo narra a história de amizade de duas adolescentes. Depois de anos morando no Reino Unido, Shamiso precisa voltar para o Zimbábue após a morte do pai, jornalista de oposição ao regime ditatorial da época. A obra apresenta um lugar destroçado pela corrupção e pelo autoritarismo, mas amado por seu povo resiliente. Abre-se um enredo sobre como jovens do século XXI enfrentam perdas, rupturas, dores, miséria e autoritarismo. Delicado e emocionante, ao mesmo tempo em que nos apresenta um cenário africano com muita musicalidade, a obra é contada de forma a mostrar que aqueles fatos poderiam ter ocorrido em qualquer país, em qualquer tempo.

“Quando refleti sobre 2008, percebi que a maioria das minhas lembranças e a maneira como eu via o mundo era da perspectiva de uma adolescente, então fez sentido para mim que as protagonistas fossem adolescentes”, explicou Rutendo em entrevista para a Kapulana. “Ainda mais porque lições sobre esperança e perseverança são importantes, e eu queria compartilhá-las especialmente com o público jovem”, concluiu.

2º FLIPELÔ – FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DO PELOURINHO

A 2ª Festa Literária Internacional do Pelourinho – FLIPELÔ tem como tema  a frase de Jorge Amado “a amizade é o sal da vida” e é em homenagem ao escritor itaparicano João Ubaldo Ribeiro, grande amigo de Jorge. Assim, de 8 a 12 de agosto a 2ª FLIPELÔ, uma realização da Fundação Casa de Jorge Amado, ganha as ruas, largos, praças e casarões do Centro Histórico e promove, em 13 espaços de cultura, de forma absolutamente gratuita,  uma ampla programação com mais de 50 atividades. Nos cinco do evento são esperados cerca de 50 mil participantes, apaixonados pelo mundo das palavras.

Autores locais, nacionais e internacionais estarão em contato direto com o público em mesas de debates, bate-papos com jovens, lançamentos de livros, saraus de poesia e slans e na programação infantil. Haverá também exposições, apresentações teatrais e shows musicais e, pela primeira vez, a Rota Gastronômica Amados Sabores, que contará com a participação de 20 restaurantes do Centro Histórico, que produzirão pratos com preços especiais com receitas inspiradas no livro de Paloma Amado, “A Comida Baiana de Jorge Amado”.

Nos dias da Flipelô haverá uma programação paralela promovida por instituições com sede no Centro Histórico e 46 lojas da região oferecerão descontos nas compras realizadas durante os cinco dias do evento. Nas ruas, monitores cuidarão da orientação ao público.

A 2ª edição da Festa Literária Internacional do Pelourinho, a FLIPELÔ 2018, conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, Instituto CCR, Banco do Nordeste do Brasil e TPC Logística, por meio da Lei Rouanet,  e do Estado da Bahia e Bahiagás. O evento tem ainda o apoio da CCR Metrô e do Shopping da Bahia, corealização do SESC, produção da Sole Produções e realização da Fundação Casa de Jorge Amado.

A Fundação Casa de Jorge Amado é mantida com apoio do Fundo de Cultura do Estado da Bahia e é considerada um ponto de referência na geografia cultural de Salvador.

18 de julho de 2018

★★★

Saiba mais sobre a escritorahttps://www.kapulana.com.br/rutendo-tavengerwei/

Saiba mais sobre o livrohttps://www.kapulana.com.br/produto/esperanca-para-voar/

Saiba mais sobre a tradutorahttps://www.kapulana.com.br/carolina-kuhn-faccin/

Uma entrevista com Rutendo Tavengerwei: https://www.kapulana.com.br/uma-entrevista-com-rutendo-tavengerwei-autora-de-esperanca-para-voar/

Assista ao vídeo com Rutendo Tavengerwei: https://www.youtube.com/watch?v=0oZBCwnbfTk&t=3s

Assista o booktrailer: https://www.youtube.com/watch?v=Vu0x0XTGnkw

Leia a resenha de Lu Bentohttps://www.kapulana.com.br/esperanca-para-voar-um-livro-envolvente-e-emocionante-por-luciana-bento/

Leia as sinopses dos três livros africanos de língua inglesa: http://kapulana.com.br/em-2018-kapulana-lanca-tres-livros-de-autores-de-literaturas-africanas-de-lingua-inglesa/

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Os recentes lançamentos da Kapulana, “O que acontece quando um homem cai do céu” e “Esperança para voar”, já estão disponíveis em e-book

As obras estão disponíveis nas plataformas da Amazon.com.br, Livraria Cultura, Apple iBooks Store, Google e Kobo

Os dois novos lançamentos deste ano também estão disponíveis em e-book.  Os livros Esperança para voar, de Rutendo Tavengerwei, e O que acontece quando um homem cai do céu, de Lesley Nneka Arimah, já estão disponíveis nas plataformas da Amazon.com.br, Livraria Cultura, Apple iBooks Store, Google e Kobo

A obra de estreia da jovem autora narra a história de amizade de duas adolescentes. Shamiso retorna com sua família do Reino Unido para o Zimbábue, após a morte do pai, jornalista de oposição ao regime ditatorial da época. Ocorrido em 2008, ano de grave crise política nesse país africano, o livro mostra um lugar destroçado pela corrupção e pelo autoritarismo. Abre-se um enredo de como jovens no século XXI enfrentam perdas, rupturas, dores, miséria e autoritarismo. Delicado e emocionante, ao mesmo tempo em que nos apresenta um cenário africano com muita musicalidade, a obra é uma espécie de fábula universal, cujos fatos poderiam ter ocorrido em qualquer país em qualquer tempo. O livro foi traduzido por Carolina Kuhn Facchin.

Confira as livrarias com o romance disponível em e-book:

Amazon.com.br: https://amzn.to/2Iar9KR
Livraria Cultura: https://bit.ly/2QIJaJq
Apple iBooks Store: https://apple.co/2lzBwPu
Google: http://bit.ly/2yGdlbs
Kobo: https://bit.ly/2Mpg2jN

Em O que acontece quando um homem cai do céu, a escritora Lesley Nneka desenvolve, em doze contos, diversas formas literárias que abrangem o insólito, a distopia, as memórias da guerra na Nigéria, as relações complexas entre mãe e filha, a convivência humana com as tecnologias,  a infância e o embate entre as tradições de seus familiares e o cotidiano na América, muitas vezes com uma visão afrofuturista. Lesley nasceu no Reino Unido, viveu na Nigéria e agora mora em Minnesota, nos Estados Unidos. A obra original foi publicada nos Estados Unidos, em 2017, com o título de What it means when a man falls from the sky, e será lançada pela Editora Kapulana em julho de 2018. A escritora ganhou o “Kirkus Prize”, além da obra ter recebido aclamação da crítica e de leitores internacionais.  O livro também foi traduzido por Carolina Kuhn Facchin.

Confira as livrarias com o livro de contos disponível em e-book:

Amazon.com.br: https://amzn.to/2uFfUVR
Livraria Cultura: https://bit.ly/2JFX6QV
Apple iBooks Store: https://apple.co/2uwDbdc
Google: encurtador.com.br/dnzKL
Kobo: https://bit.ly/2Lj6iY1

 

★★★

Saiba mais sobre Lesley Nneka Arimah: https://www.kapulana.com.br/lesley-nneka-arimah/

Saiba mais sobre “O que acontece quando um homem cai do céu”: https://www.kapulana.com.br/produto/o-que-acontece-quando-um-homem-cai-do-ceu/

Saiba mais sobre Rutendo Tavengerweihttps://www.kapulana.com.br/rutendo-tavengerwei/

Saiba mais sobre “Esperança para voar”https://www.kapulana.com.br/produto/esperanca-para-voar/

Saiba mais sobre a tradutora: https://www.kapulana.com.br/carolina-kuhn-faccin/

 

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Kapulana lança o aclamado livro de contos “O que acontece quando um homem cai do céu”, de Lesley Nneka Arimah

Evocativo e provocativo, O que acontece quando um homem cai do céu anuncia a chegada de uma autora com capacidade narrativa extraordinária, uma nova voz da literatura contemporânea

A Kapulana lança no Brasil nesta quinta-feira, 12 de julho, o elogiado O que acontece quando um homem cai do céu, da autora de origem nigeriana Lesley Nneka Arimah.

Em seu livro de estreia, a escritora desenvolve, em doze contos, diversas formas literárias que abrangem o insólito, a distopia, as memórias da guerra na Nigéria, as relações complexas entre mãe e filha, a convivência humana com as tecnologias, a infância e o embate entre as tradições de seus familiares e o cotidiano na América, muitas vezes com uma visão afrofuturista.

Aclamado pela crítica internacional, a autora ganhou o “Kirkus Prize” e recentemente o “Young Lions Fiction Award”, promovido por The New York Public Library, premiação que celebra os autores em ascensão no mundo da literatura. O livro também foi indicado para o “John Leonard Prize”, da National Book Critics Circle.

Evocativo e provocativo, O que acontece quando um homem cai do céu anuncia a chegada de uma autora com capacidade narrativa extraordinária, uma nova voz da literatura contemporânea. O The Washington Post, na resenha da jornalista Tayla Burney, destacou: “A voz de Arimah é vibrante e nova, os assuntos que ela traz são, ao mesmo tempo, oportunos e atemporais. Este é um volume raro que fui forçada a colocar nas mãos de amigos dizendo ‘Você tem que ler isso’”. Segundo o The New York Times Book Review, o livro é “estranho e maravilhoso. Uma contadora sagaz, oblíqua e provocativa, Arimah consegue encaixar a história de uma família em poucas páginas, e inventar parábolas utópicas, fábulas mágicas e cenários aterrorizantes”.

No Brasil, a obra, traduzida por Carolina Kuhn Facchin, já está ganhando boas críticas, como na resenha do escritor Allan da Rosa, publicada na edição de julho do Suplemento Pernambuco: “Lesley Arimah abre o ser humano como uma cebola. Despetala, corta, pica e não perdemos seu ardor. Conta histórias com excelência e seus enredos magnetizam quem ouve, como tirei a prova lendo em aulas pra turma e em casa pro meu guri. Mas como ela domina sobretudo a linguagem da escrita por seus ritmos e imagens, referências e funduras, encanta a cabeça e infla o peito de quem a lê em silêncio, desenhando no seu tempo e na sua mente as figuras e passagens que nos entortam no desfrute nem sempre doce. Com apenas este livro, compilação, Lesley Arimah já é uma das grandes”. A slammer e apresentadora, Roberta Estrela D’Alva, no texto da versão brasileira da orelha do livro escreveu: “Vozes negras de um feminino diaspórico, que sempre chegando ou partindo de algo (uma pessoa, uma lembrança, um país, um medo) criam territórios imaginários, emocionais, familiares que nos transportam para o centro da ação”.

Com lançamento em 12 de julho de 2018, O que acontece quando um homem cai do céu é o segundo livro de autores das literaturas africanas de língua inglesa que a Kapulana lança neste ano. Em maio, a editora publicou o romance Esperança para voar, da jovem escritora Rutendo Tavengerwei, do Zimbábue, e em novembro será a vez do livro de memórias Um dia vou escrever sobre este lugar, do queniano Binyavanga Wainaina.

12 de julho de 2018

 

★★★

Saiba mais sobre a escritora: https://www.kapulana.com.br/lesley-nneka-arimah/

Saiba mais sobre o livro: https://www.kapulana.com.br/produto/o-que-acontece-quando-um-homem-cai-do-ceu/

Saiba mais sobre a tradutora: https://www.kapulana.com.br/carolina-kuhn-faccin/

Assista ao booktrailer: https://www.youtube.com/watch?v=co_yxwtmq08

Leia as sinopses dos três livros africanos de língua inglesa: http://kapulana.com.br/em-2018-kapulana-lanca-tres-livros-de-autores-de-literaturas-africanas-de-lingua-inglesa/